Meu CEO Adormecido. DEGUSTAÇÃO

Capítulo 6

                      Bernardo

Conhecido por suas habilidades na área de administração, o CEO das lojas B&A sofreu um acidente e ficou mais de dez dias em coma. Uma fonte nos assegura que a loja principal foi assaltada e teve uma vítima ferida, ainda não sabemos muito. Mais detalhes em breve, estamos em frente ao hospital aguardando a saída do Bernardo. Quem sabe não conseguimos uma entrevista exclusiva com o todo poderoso? 

Bufei irritado uma mulher baixinha estava na entrada do hospital fazendo uma transmissão ao vivo para algum site de fofoca. Eu odiava ser alvo de fofocas desses sites de quinta categoria. Ainda nem tinha resolvido o meu assunto com a loira do trânsito que vai ser minha enfermeira particular e já tinha mais problemas pela frente.

Por que eu não fiquei dormindo por um ano até as coisas se ajeitarem?

Me sentia cansado não queria ter que lidar com esses problemas agora, isso envolve minha irmã que é a pessoa que eu mais amo nesse mundo, fora que está grávida temo por ela e ainda tem meu pai que não está bem de saúde, seu Olavo é guerreiro, mas se tratando da sua caçulinha tenho certeza que ele  não reagirá bem quando souber o que eu descobri a respeito do assalto em uma das lojas do grupo B&A. Quando recebi a ligação do Amarildo me avisando sobre as imagens que ele recuperou na tarde do assalto, pois um dos assaltantes atirou na câmera de vigilância. Na hora que ele citou o nome do Arthur eu nem percebi que estava em um cruzamento, e que o sinal fechou para mim, eu errei por atender uma ligação dirigindo fui impudente sim, não só com a minha vida, mas com a vida das outras pessoas, e agora pagando pelo meu erro.

Olhei para os seguranças que rápido foram para fora do hospital pedir para os repórteres saírem da entrada, nunca me dei bem com esses fotógrafos e jornalistas, são uns verdadeiros abutres. Mas parece que não funcionou. Não podia nem pensar em movimentar meus braços sem soltar um grunhido de dor. Porra odiava ficar assim a mercê dos outros. Nunca fui de depender de ninguém e hoje não posso nem tomar um copo d’água sozinho, imagina fazer as outras coisas. Estava muito longe de ser o homem que eu era antes, mas nesse momento tinha que aceitar a minha condição, ou enlouqueceria.

— Senhor Amorim achamos mais seguro o senhor sair pela entrada dos funcionários do hospital, por aqui pela frente está impossível. — Nestor meu segurança particular me avisou, assim que soube que estava de alta o chamei, antes ele me acompanhava na empresa agora vai me acompanhar em casa também.

— Vou pegar o carro e encontro vocês na saída dos funcionários. — Disse levando as minhas malas.

A enfermeira estava calada em seu canto e achei melhor mesmo ela não abrir a boca para falar nem uma besteira. Eu não estava nos meus melhores dias.

— Por que não me disse que chamou o Nestor para te levar para casa? Me pouparia tempo. — Anabela disse empurrando a cadeira de rodas, ela me parecia bem cansada.

Assim que entrei dentro do carro senti muita dor, ainda bem que o meu carro é espaçoso não sei o que faria se esse ferro da minha perna encostasse em algo. Alguns flashes dispararam em nossa direção, mas Nestor foi mais rápido acelerou o carro nos tirando do alvo dos fotógrafos.

Chegamos em casa foi muito difícil sair do carro, mas sempre soube que podia contar com ajuda do Nestor meu amigo desde a adolescência, depois que os pais dele se separaram ele foi embora com a mãe para o interior voltando quase dez anos depois para São Paulo, na época ele me procurou e ofereceu seus serviço como segurança particular. Eu estava precisando de alguém de confiança o cara tem quase dois metros de altura pesa mais de cem quilos e manda muito bem nas artes marciais, o mais importante é temido e respeitado.