Capítulo 7

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Bernardo

— Senhor Bernardo?

Ouvia de longe alguém me chamar eu estava jogado no chão e tinha muito sangue escorrendo ao redor do meu corpo o barulho da sirene se aproximava e as vozes também. Eu queria me levantar, porém não sentia as minhas pernas. Abri os meus olhos e lá estava Cecília me observando com a expressão de desespero. Ela ainda quis tocar em meu ombro, mas recuou quando viu que eu já tinha acordado, pois a encarava e minha respiração estava acelerada, ela me encarava de volta com a mesma expressão. Era atração, eu sentia de longe seu desejo por mim e estava sentindo a mesma coisa. Mas jamais admitiria.

Acho que tive um pesadelo com o acidente, eu não lembro de muita coisa, mas eu estava cheio de sangue e jogado ao chão, eu estava transpirando precisava de um banho.

— Me perdoe se eu te acordei, mas o senhor estava gritando. — Disse ainda me olhando fixamente.

Não sabia o que dizer e fiquei calado esperando meus batimentos cardíacos se acalmarem. Porra eu devo estar com algum problema, só pode.

— Que horas são? — Perguntei apenas para esquecer do pesadelo, dos olhos dela em mim e a forma como meu corpo estava reagindo a sua presença seus cabelos loiros estavam presos e seus olhos verdes me olhavam de maneira que me deixava confuso.

— Já são duas horas da tarde senhor, e já está passando da hora do seu almoço e da sua medicação, a senhora Mirtes que faz a sua alimentação já deixou tudo pronto conforme a orientação do seu médico, sua dieta é a base de alimentos cicatrizantes vou pegar a bandeja com seu almoço e já volto. — De repente ela parou se virando rápido demais e uma mecha dos seu cabelo soltou do elástico e caiu em seus olhos.

— Ou o senhor prefere tomar um banho antes? — Ela caminhou mais para perto de mim. Eu já estava super incomodado com ela me chamando de senhor toda hora, por isso fiz um pedido a ela, não era muito de pedir algo para alguém, mas ela me chamar de senhor me deixava incomodado pra caralho.

— Cecília, por favor, me chame de Bernardo, Bê, ou de você, mas não me chame de senhor. Prefiro tomar um banho antes, se puder me ajudar, eu agradeço. — Ela concordou e trouxe a cadeira apropriada para o banho, não me sentia confortável, mas era necessário usar essa cadeira já que não conseguia ficar em pé sozinho por muito tempo.

Odiava depender dos outros, odiava ainda mais não ter privacidade na hora de um banho. Cecília empurrou a cadeira até o banheiro, em seguida parou perto do chuveiro, fiquei esperando ela ligar a agua, mas ela não fez isso. Já ia perguntar se ela não alcançava o registro quando sua voz baixa ecoou pelo banheiro.

— Preciso que se apoie em mim para que eu tire a sua cueca. — Levantei minha cabeça rapidamente a encarando.

— Como assim tirar a minha cueca? As palavras saíram como um raio da minha boca.

Estava me sentindo desconfortável com essa situação. Não que eu não tenha ficado nu na frente de uma mulher, mas nunca dessa forma, ela vai me dá banho, porra!

— Não vai me dizer que está com vergonha, olha o seu tamanho, você já ficou sem roupas perto de uma mulher? Sou uma enfermeira e estou acostumada com isso, relaxa. Você não seria a primeira pessoa e nem a última que eu veria sem roupas. — Ela disse, mas senti sua voz falhar mesmo que fosse por segundos.

Me levantei com muita dificuldade segurando na parede do banheiro, Cecília desceu a peça íntima pelas minhas pernas tomando cuidado com o ferro, eu não queria ficar excitado, mas foi inevitável, mas também não senti vergonha, a enfermeira deu uma olhada rapidamente e corou ficando com as bochechas vermelhas. Em seguida me sentei na cadeira e ela começou a me dar banho, não sei o que me deu, mas não tive coragem de encará-la.

Meu CEO Adormecido. DEGUSTAÇÃOOnde histórias criam vida. Descubra agora