Caminhos diferentes

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Cuba/ 1965
     
       Lara Lehnsherr:

  - Erik - repreendi quando ele saiu da sala da bomba nuclear. - O que você fez?

  - Acabei com uma guerra. - Disse e passou por mim enquanto o corpo de Sebastian levitava atrás de si. - Irmãos e irmãs - disse ele levitando para fora do submarino enquanto os mutantes se aproximavam para ouvi-lo. - Shaw está morto! - Declarou e soltou o corpo no chão. - A guerra acabou. - Começou a descer até chegar ao chão. - Juntem-se a mim! O inimigo está ali - apontou para os navios. - Nós somos o alvo.

  - Erik, pare. - Repreendeu Xavier e eu desci do submarino, aterrissando ao lado de meu pai.

  - Veja você mesmo, Charles. Leia a mente deles. - Falou meu pai e o telepata e eu fizemos o mesmo. Nós realmente éramos o alvo deles. - Eles temem o desconhecido, e o que eles temem...

  - Eles tentam destruir. - Completei e ele me olhou. Eu não concondava em matá-los, aqueles homens tinham família, mas faria se fosse necessário.

  Nós ficamos pensativos, mas parados cada um em seu devido lugar. Nikolay correu até mim e ficou ao meu lado, sabia que ele concordava em matar aqueles soldados se nos atacassem, Nik não se importava em matar as pessoas. Esperamos que eles fizessem algo para tomarmos nossa decisão final. Pouco tempo depois, os navios lançaram seus mísseis na direção da praia, na nossa direção. Quando estavam prestes a nos atingir, Lehnsherr os parou.

  - Erik, não faça isso. - Repreendia Charles, mas meu pai não se importava em matar as pessoas, desde que isso fosse um motivo para conseguir a confiança de mais mutantes para a sua causa. - Eles são soldados, estão apenas seguindo ordens.

  - A minha vida toda eu estive a mercê de homens que só seguiam ordens. - Argumentou meu pai. - Nunca mais. - Com um movimento de mãos, lançou os mísseis todos de volta em direção aos navios.

  - Erik, não! - Gritou Charles e Moira começou a atirar na direção do meu pai.

  Ele desviava as balas com seu magnetismo, enquanto eu puxava os mísseis para dentro da água antes que explicassem os navios. Os outros mutantes apenas observavam.

  - O que está fazendo? - Me perguntou Nikolay, me puxando pelo ombro.

  - Eles estão tentando nos matar! - retorquiu Lehnsherr, e voltou a levantar os mísseis.

  - Não, pai. Para! - Falei puxando os mísseis para baixo com dificuldade.

  - Garoto, tira ela daqui. - Pediu ele ao Ivanov. - Ela pode se machucar. - O moreno assentiu e começou a me puxar pela cintura.

  - Não! - Eu gritava enquanto meus pés eram arrastados pela areia. - Nik, me solta!

  Erik levantou os mísseis que sobraram e voltou a direcioná-los para os navios. Nikolay me puxava, mas eu não deixaria meu pai iniciar a Terceira Guerra Mundial. Dei uma cotovelada no estômago de Ivanov, mas de nada adiantou. Logo me lembrei que ele estava tão acostumado com os treinos de luta que não era fácil fazê-lo sentir dor. Optei pela solução mais óbvia: me joguei para frente com toda a força possível, fazendo ambos virarem um mortal e eu cair sob ele na areia branca e quente. Suas mãos perderam um pouco da força e eu me soltei. Me levantei e olhei para o lado, vendo Charles correndo na direção do meu pai para impedi-lo de explodir os navios, Moira atirando na direção do Erik e os mutantes paralisados. Nesse momento, tudo ficou muito lento...

  Antes que a bala os atingisse, fiz um chicote com minha energia fotônica e o lancei na direção do Xavier, enrolando-o em seu pescoço e o puxando na minha direção. Para todos os casos, empurrei Charles no chão para que a bala não o atingisse. Logo corri na direção do meu pai e fiz minha pele virar diamante, fazendo a bala ricochetear e ser desviada para o lado esquerdo, atingindo Nikolay, que havia acabado de levantar.

Uma Lehnsherr (Hiatus)Onde histórias criam vida. Descubra agora