Reforços

274 17 14
                                    

1986

Salem Center/ Nova York/ Estados Unidos

Escola Xavier para Jovens Superdotados

      Lara Lehnsherr:

  - E aí? Já sabem quem vamos chamar? - perguntou a Kinney, parecendo tão tranquila com a situação que chega a espantar. 

  Mas com o que estou espantada? Ela se regenera, não iria morrer tão fácil se fosse torturada como eu vou ser se eles me pegarem.

  Já havia amanhecido, os alunos estavam acordados e perambulando pelo prédio como em um dia comum. Pedi que Hank chamasse a Laura porque vamos precisar da ajuda dela para o "recrutamento". Ela tem garras, é ágil e se regenera. Mais útil que isso só dois disso. E nós precisaríamos de bem mais do que se dois com habilidades boas.

  - Eu tenho um plano. - Falei levantando a mão como um aluno em uma sala de aula.

  Nós estávamos na sala do Xavier. Laura, Alex, Charles, Hank e eu. Estávamos planejando o que fazer e quem chamar e eu já tinha um plano para ambas as coisas, mas eles não iam gostar.

  - Você sempre tem um plano. - Disse o meu marido, quase com tédio.

  - Vou aceitar isso como um elogio. - Falei tranquilamente e me sentei na mesa do Xavier.

  - Como pode estar tranquila com isso? Eles pretendem matar você! - Reclamou ele, um pouco alterado.

  - Não é a primeira vez que alguém quer me matar, e amenos que eu morra, não será a última. - Comentei brincalhona, mas ele estava realmente preocupado. Ainda mais agora que sabia que seria papai, faria de qualquer coisa para não me colocar em risco, e Charles sabia que eu correria direto para o risco. - Eu não tenho medo de morrer, Alexander. - Falei séria dessa vez e ele apenas escutou, pesaroso. - Para alguém fez coisas ruins, ajudou pessoas, e viveu tanto quanto eu, a morte tardou.

  - Não vamos permitir que eles te matem, Lara. - Falou Hank, tímido.

  Nós podíamos não ser tão próximos, mas eu estava lá quando ele aceitou a si próprio como é, eu o ajudei, e agora eu "precisava" de ajuda. Ele achava muito justo me ajudar como pudesse graças a isso. 

  O ruim de ser uma pessoa boa e ajudar as outras é que depois, quando você precisa de ajuda, muitas delas querem retribuir o favor e podem acabar morrendo por você. Esse é o ruim de se apegar. Isso te torna vulnerável. Eu estou disposta a morrer, mas não quero que nenhum deles morra por minha causa.

  - A decisão não é de vocês. - Falei com firmeza na voz.

  - O bebê que você carrega também é meu. - argumentou Alex. - Isso também é decisão minha! - bufei e passei diretamente para a parte do plano.

  - O plano é o seguinte: - falei e ele bufou, incomodado com a minha ignorância. - Eu vou falar com o meu pai e a Irmandade Mutante, tentar convencê-los a nos ajudar e eu sei que vou conseguir. O Hank fica aqui protegendo as crianças de qualquer ataque que possa vir de fora. O último ataque dos soldados foi em Washington, não é tão longe daqui, o que significa que sabem onde estou e podem atacar a qualquer momento. - Ele assentiu e saiu da sala. - Charles - falei e olhei para ele - localize o Logan e vá atrás dele com a Laura. Ele conhece pessoas que podem ser úteis.

  - Quem é Logan mesmo? - questionou a Kinney, confusa e tentando puxar na memória pois achava o nome familiar e sabia que eu tinha dito ele antes.

  - O seu pai, Laura. - Falei séria e ela suspirou um pouco incerta. - Vai dar tudo certo, não se preocupa. - Garanti e ela assentiu.

  - E eu faço o quê? - perguntou Alex, vendo que eu o deixei de fora do meu plano.

Uma Lehnsherr (Hiatus)Onde histórias criam vida. Descubra agora