Os gêmeos Maximoff

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Evan Peters as: Pietro Maximoff (Mercúrio)

Elizabeth Olsen as: Wanda Maximoff (Feiticeira Escarlate)

Lara Lehnsherr:

Charles, Logan e eu chegamos na casa dos Maximoff depois de algumas horas de viagem. Que, admito, não foi ruim. Nós conversamos bastante todo o caminho, para que pudéssemos nos conhecer melhor, sem o Xavier e eu ficarmos invadindo mentes. Foi legal até. Eu me sinto a vontade perto deles. Eu me sinto a vontade perto de todo mundo, na verdade. Sou eu mesma sempre! Só não com o Alex, em alguns momentos. Geralmente quando se trata de relacionamento ou filhos. O que, acho que já perceberam, não é legal para mim.

A casa dos Maximoff ficava no estado vizinho, em uma cidade não muito longe da divisa. Então não demoramos tanto para chegar, ainda mais comigo tirando os carros e outras coisas do caminho com minha telecinese e acelerando. Sim, eu dirigi. Por mais que eles tenham ficado relutantes quanto a isso. E o James pediu que eu seguisse suas instruções quanto ao caminho, já que pediu que eu não entrasse na mente dele para descobrir onde era o lugar. Eu respeito ele, o acho legal.

E a propósito, não demonstrei muito, mas fiquei muito feliz por ele e a Laura finalmente se conhecerem. Ela sofreu muito com todo o treinamento e experimentos que passou antes ser mandada para missões de verdade. E a missão que ela deveria ter cumprido antes de Alex e eu irmos atrás dela era vir até nós e desestabilizar todos os mutantes do Instituto. A sorte foi que eu resolvi ir atrás dela e consegui-convencê-la antes de qualquer coisa. De qualquer forma, se ela tentasse, teria se dado mal. Eu manipulo mentes e metal, se lembram?

Eu estacionei o carro na calçada. Está de tarde, o sol ainda está se pondo atrás das baixas montanhas ao longe e não há muito movimento na rua, o que facilitaria quanto ao número de testemunhas caso houvesse uma briga entre nós e os que pretendo recrutar. Mas eu sei que não vai acontecer nada porque, com um pouco de ajuda minha, eles vão se desenvolver como pessoas do meu tipo, e pessoas assim simpatizam umas com as outras. E só para deixar claro, quando digo pessoas do meu tipo, quero dizer pessoas que sabem do que são capazes e usam isso a seu favor.

Nós saímos do carro e vamos até a varanda da pequena casa. Ela não é de dois andares, não tem jardim, apenas o gramado. É pequena, tem poucas janelas e se muito um porão. São simples, mas não por opção. Os gêmeos moram com a mãe e são apenas os três desde que se lembram. Sua origem é um tanto complexa, portanto não vou entrar em detalhes. E a mãe deles, Natalya, é tão poderosa quanto a filha. Seria útil tê-la no meu time.

Bato na porta, tomando frente. E espero parada na frente, com Charles do meu lado direito e James do esquerdo. Não pretendemos atacar e sabemos que eles também não, principalmente quando verem quem nos trouxe aqui.

A porta abre e eu forço um sorriso simpático. Não há muitas justificativas que expliquem o fato de ter um homem inteligente e educado, um bêbado com cabelo igual à orelhas de cachorro e uma garota com aparência de dezesseis anos na porta da sua casa em plenas 17h00 da tarde.

- Posso ajudar? - pergunta uma mulher, nos analisando de cima abaixo de forma desconfiada.

Ela tem cabelos compridos num tom castanho-escuro e são ondulados. Há alguns fios brancos, mas ela não tem a idade tão avançada. Sua pele se enquadra num tom não tão claro, nem tão bronzeado. Há rugas nos seus olhos e dois riscos entre as sobrancelhas, que indicam que ela é uma mulher preocupada e que se irrita fácil. O que deixa claro que não devemos incomodar muito e que isso é consequência de ter gêmeos. O meu medo de ser mãe é explicado também por mulheres assim. Eu já não sou uma pessoa muito gentil e paciente, ter filhos iria melhorar muito isso.

Uma Lehnsherr (Hiatus)Onde histórias criam vida. Descubra agora