Super-Soldados

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1986

 Salem Center/ Nova York

Escola Xavier para Jovens Superdotados

      Lara Lehnsherr:

  - O quê houve? - perguntei assim que entrei na sala do Xavier.

  Eu já estava na mansão, e sentia muito por ter deixado o Alex sozinho em casa, mas isso era importante; muito importante, e se meu sonho estivesse certo... perigoso e muito ruim.

  - A Jean teve um sonho... ruim - explicou Charles. - E os poderes dela reagiram de uma forma intensa.

  - De que forma? - perguntei interessada e ele suspirou.

- Ela estava desintegrando as coisas do quarto, os objetos, as paredes...

  - A que horas isso aconteceu? - perguntou uma voz familiar e eu olhei para trás, vendo Alex na porta. Eu fiquei surpresa, tenho que admitir, mas gostei da determinação.

  - Alex, oi. Desculpe atrapalhar o seu sono - falou Charles e cumprimentou meu marido com um aperto de mão.

  - Se é algo tão importante, não tem problema. - Disse o loiro e eu me voltei em sua direção.

  - Que bom que veio. - Falei e sorri, lhe dando um selinho.

  - Eu não entendo você - revoltou-se em sussurros. - Primeiro você me abandona sozinho em casa por causa de um chamado, depois você fala que é bom eu ter vindo.

  - Alex - falei calmamente. - Eu só não vim com você porque não se arrumou rápido o suficiente - sorri brincalhona, mas era verdade. - E não conseguir me entender faz parte do pacote de ficar comigo. - Brinquei e ele soltou uma risada.

  - A que horas, Charles? - o Summers voltou a perguntar e o Xavier olhou para nós.

  - Por volta das uma e vinte, ou uma e meia da madrugada. - Revelou o professor.

  - Foi quando a Lara começou a agir estranho também. - Comentou o loiro e eu o olhei confusa. 

  - Estranho? - indaguei e ele olhou para mim, depois voltou a olhar para o Xavier. 

  - Ela parecia estar tendo um pesadelo - explicou o Summers. - E então as coisas no quarto começaram a se desintegrar, tipo, simplesmente virar cinzas.

  - Sabemos o que quer dizer desintegrar. - Falei olhando para ele com a cara fechada. - Por que falou como se eu não estivesse aqui? - perguntei cruzando os braços.

  - Porquê você não viu o que aconteceu fora do seu sonho, viu? - argumentou e eu bufei, sem contra-argumentos.

  - A Jean está melhor agora? - perguntei ao Charles, preocupada.

  - Ela disse que sentia o poder crescendo dentro dela, disse que estava ficando mais forte e perigoso. Que tinha medo de ser sugada por ele - comentou ele, se aproximando de mim e falando em voz baixa. - Se tivéssemos feito as barreiras...

  - Nós não - falei olhando em seus olhos azuis. - Você. Eu não faria isso com ela. Ela tem que aprender a controlar do que é capaz, não ser escondida disso. Se tivesse feito isso, ela não saberia controlar o que controla agora e o poder surtaria de dentro para fora. Fizemos a escolha certa, ela vai conseguir. - Assim que terminei o discurso, ele apenas assentiu, olhando nos meus olhos.

  - Acho que sei o que pode ter causado essa reação em vocês duas. - Comentou Hank, que estava fazendo algumas pesquisas.

  Nós três olhamos para ele, interessados e curiosos, esperando por uma resposta que pudesse esclarecer as nossas duvidas sobre esse acontecimento incomum.

Uma Lehnsherr (Hiatus)Onde histórias criam vida. Descubra agora