24º dia, 1º mês, 3º ano

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Ela esmaga seus dedos e grita com todo o ar do pulmão.

— Isso, meu amor — o marido dava apoio a encarando fixamente para não olhar a outra coisa que saía de sua mulher e desmaiar. — Está indo muito bem... Muito bem...

Continuava vermelha pelo berros de dor usada e causada no parto.

E, num piscar de olhos, tudo cessou. Um segundo de silêncio e um choro.

Os novatos pais tremeram de um sentimento recém adquirido, uma mistura de medo e amor imenso, caracterizado de infinito e intransponível.

Sorriem como bobos quando a frequência do choro muda e se opõem em escala e intervalos diferentes.

A medibruxa lhe entrega uma criança limpa e envelopada num cobertor verde e o pai o dá a mãe enquanto pegava o outro bebê nos braços que evitavam tremer para não assustá-lo.

As duas crianças berraram alto durante segundos enquanto a magia do amor se preparava para fazer os dois seres humanos maiores os preencheram até se aquietarem.

Drew chorava de felicidade.

A sensação era tão boa e a mais importante da sua vida inteira.

Olhou para Benedict que brincava com a mão minúscula do filho.

E chorou. Drewanne chorou alto e de modo interruptivo com uma carga tão forte a esmagando que preocupou ao marido.

Aqueles dois pequenos pontos de vida que surgiram no universo era a coisa que mais amava na vida e quem...

Quem além de Ben poderia lhe proporcionar isso?

Ninguém.

— São nossos — ele anunciou. — Nossos filhos, meu amor.

A beijou na testa suada.

Ela o agarrou pelo pescoço.

— Obrigada — agradeceu por lhe dar e proporcionar as pessoas e o momento mais importante de sua existência. — Obrigada, obrigada, obrigada...

A calou com um beijo.

— Eu te amo.

E ela descobriu a verdade por trás daquelas duas recém-nascidas vidas:

— Eu também.

Durante Esses Quatro Anos...Onde histórias criam vida. Descubra agora