— Não entendi – confessou, finalizado o solilóquio. – Isso é ruim? Vinicius gosta de você!
— Vocês, cupidos, se apaixonam? – Cupido hesitou.
— Intensamente – respondeu, finalmente. – Frequentemente por humanos.
— E como é?
— Às vezes, imediato, bastando o tempo de um sorriso. Outras, o tempo de uma vida. É o mesmo para vocês.
— Vocês não podem interagir conosco.
— Contentamo-nos em ajudá-los a se encontrar... – Cupido soava melancólico. Quantas vezes vivenciara isso? – É egoísta, mas... Queria poder tentar, sabe? Ignorar ordens e priorizar meu coração. Você pode e sempre recua.
— Não posso fingir que é recíproco. Não recuo, Cupido, mas não alcanço o que Vinicius sente.
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A Romantic Person
Teen FictionAos 20 anos de vida, Marília já havia se acostumado às pressões da família e de amigos para que mostrasse interesse por relacionamentos amorosos. Mas ela realmente não esperava que, vindo das antigas mitologias, Cupido aparecesse apenas para convenc...