Capítulo 3

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Guilherme

Bianca me encara firme, seus olhos cor de âmbar de repente se enchem de lágrimas e de mágoa. Meu peito se aperta.

Estou tão surpreso que não consigo dizer nada. Minha mente tentando processar quem contou isso para ela. Então a resposta vem na hora que me lembro onde a Bia foi assim que saiu da minha casa hoje cedo, Alícia. Mas por que ela faria uma coisa dessas a essa altura de nossas vidas? Depois de tanto tempo? Perdi a conta de quantas vezes pedi a ela que me deixasse contar para a Bia o que aconteceu no passado.

Não faz sentido.

— Ficou sem palavras? — Ela dá alguns passos e para diante de mim encarando meus olhos que devem confessar a minha culpa no lugar dos meus lábios. — Foi assim que fiquei quando descobri que meu noivo e minha melhor amiga me enganaram durante anos.

— Não é assim como você está dizendo, nós...

— Alícia pode não saber o que você sentia por ela. Ela pensa que foi apenas uma ilusão de adolescente, ela acha que você nunca a amou, mas eu sei, não é, Guilherme? Eu sei porque você fez questão de passar na minha cara durante muito tempo que amava outra...

Agora percebo o quanto contar para ela que amava outra a deixou magoada. Mas eu só queria ser honesto com relação aos meus sentimentos.

— Deixa-me explicar... — Tento me aproximar, mas ela se afasta enquanto lágrimas começam a cair dos seus olhos sobre seu rosto bonito.

Bianca tem uma mistura de menina e mulher. Ela é sexy e ao mesmo tempo angelical. É linda até mesmo me olhando com essa raiva no rosto que estou acostumado a ver sorrir. Eu adoro o seu sorriso e vê-la assim me faz sentir um nada.

— Não. Eu não quero ouvir nada. Vocês dois traíram a minha confiança quando esconderam de mim durante esse tempo todo. O que mais me dá raiva é que você a amou, foi um covarde e partiu o coração da minha amiga. Você sabia que ela amava você? Sabia que precisou fazer terapia por causa do estrago que você fez na mente e no coração dela? Eu não quero mais me casar com você, Guilherme. — Ela tira a aliança do dedo e coloca em cima da mesa de vidro fazendo um barulho. — Estou te deixando livre para viver o seu amor. Vai atrás da Alícia e diz o quanto a amava. Deixa de ser um fraco e confessa que sempre a amou.

Estou tão estarrecido com a revelação dela que sequer me movo. Como assim Alícia me amava a ponto de isso mexer tanto com ela que... ela disse que não quer mais se casar? Olho ao redor na minha confusão mental causada pelo choque e percebo que minha noiva arredia se foi. Corro atrás dela, mas não chego a tempo e as portas do elevador se fecham. Desço as escadas pulando os degraus de dois em dois, até de três quase voando pelas escadas até alcançar o térreo.

Como assim viver o amor? A única mulher que eu amo é ela, minha noiva e eu não posso deixar que ela saia assim.

Quando a vejo ela está entrando no carro do outro lado da rua no estacionamento. Ela manobra habilmente e sai. Eu grito seu nome, ela me ignora. O resto acontece em câmera lenta, apesar de ter acontecido tão rápido que não vi o caminhão se aproximar, apenas o barulho e o carro da Bianca sendo jogado para cima da calçada onde bateu no muro e voltou para a pista.

— Biancaaaa.

Corro na direção do carro, a porta se abriu no baque, o airbag foi acionado e pressiona o rosto ensanguentado dela. Várias pessoas começam a se aproximar.

— Saiam, saiam de perto — grito tentando me aproximar. — Não toquem nela, saiam...

Rapidamente consigo me aproximar do carro e estou olhando seu rosto encostado no monte de tecido que ficou o airbag. Seus olhos fechados me põem ainda mais desesperado.

Minha doce obsessão - AmostraOnde histórias criam vida. Descubra agora