Capítulo 10

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Oie, como vão? Vamos ver o que a Bianca vai aprontar nessa viagem? 

Me sento diante do Guilherme com um prato de macarrão instantâneo com parmesão por cima. Depois de ouvir um sermão do Gui e contar a verdade sobre o vestido por cima da camisola. Troquei de roupa. Coloquei uma calça de tecido leve e uma camiseta.

— Deveria colocar um sutiã, não tem um na sua mala? — ironiza.

— A comida é sempre assim? — Pergunto ignorando a pergunta e feliz pelo fato de estar sem sutiã o incomodar. Apesar de não ter os seios do tamanho que eu gostaria eles são bonitos e cresceram bastante nos últimos anos. E agora com a proximidade dele, pelo fato de estarmos sozinhos e por causa dos meus pensamentos obscenos estou com os bicos pontudos marcando a camiseta.

— Geralmente comemos na base antes de vir. Aqui é um lugar só para dormir. Não é um hotel, Bia. Agora me diga, o que veio fazer aqui? Como seus pais permitiram isso?

Engulo em seco antes de começar a contar como cheguei até aqui.

— Então é isso, eu vim porque acho que deveríamos conversar, eu queria pedir desculpas pela forma que agi com você naquela noite. Eu estava meio...

— Você veio até aqui para isso? — Ele cruza os braços diante do peito. — Bianca...

— Ok... — Encaro-o bem dentro dos olhos dele. — Eu... estou aqui porque sou louca por você, Gui, e eu sinto que você não é indiferente a mim...

— É mesmo? E seu namorado? O que diz disso?

— Não tenho mais namorado, terminei...

— Você tem noção da loucura que é isso tudo? Esse lugar é perigoso para você. A qualquer momento pode estourar uma guerrilha e... você precisa ir embora amanhã mesmo.

— Eu preciso é saber a verdade, Guilherme. — Me levanto e paro diante dele, inclino o corpo e falo bem próximo do seu rosto olhando dentro dos seus olhos azuis. — Eu faço qualquer loucura por você, vou até o fim do mundo só para poder ficar perto, eu sinto que você também sente alguma coisa. E eu quero só tirar a prova disso.

Me aproximo ainda mais dele.

— Bianca...

— Guilherme, dependendo da resposta eu prometo que nunca mais olho em sua direção. Volto para o Alexandre e te esqueço para sempre.

Espero que ele diga alguma coisa, que mande me afastar ou algo parecido. Mas não é o que acontece. Ele segura minha cabeça com as duas mãos e puxa meus lábios para junto dos dele. Um gemido involuntário sai da minha garganta ao passo que meu coração bate tão apressado que provavelmente ele esteja escutando. Nosso beijo é diferente do último que trocamos em Miami. Nossos lábios se encaixam perfeitamente, os dele apesar de gentis são famintos, os meus completamente desesperados. Guilherme se levanta e eu passo os braços por seu pescoço me entregando completamente ao beijo. Afasto em busca de fôlego, apesar de que eu morreria sem ar só para não me afastar dessa boca deliciosa.

— Não é possível que só eu sinta isso — exclamo enquanto olho seus olhos em busca da resposta. Eles estão mais claros e pupila dilatada. — Me diz que não estou doida, que não estou vendo coisas, quando olho dentro dos seus olhos eu vejo que existe algum sentimento por mim.

— Você não está maluca, eu sinto sim, Bia, algo muito bom por você, e não é nada fraternal — ele diz me abraçando apertado. — Mas vamos devagar, ok? Eu não sei bem o que é isso, porque você sabe que eu... eu gostava de alguém que...

— Eu vou fazer você esquecer completamente essa mulher, Gui, só me deixa tentar. — Peço cheia de esperança e feliz pelo verbo usado na frase dele estar no passado, gostava.

Minha doce obsessão - AmostraOnde histórias criam vida. Descubra agora