Capítulo 11

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Andamos por horas no meio da selva densa. Guilherme parecia conhecer todo o trajeto, poucas vezes ele ficou confuso com a direção a tomar, mas acabamos seguindo pelo caminho certo. Na curiosidade, perguntei para ele como ele sabia aonde ir, então ele colocou o dedo nos lábios indicando que eu deveria fazer silêncio. Podíamos ouvir ao longe o barulho de algo explodindo, olhei para trás e pude ver fumaça e fogo. Meu coração se apertou. Ele puxa minha mão para continuarmos.

Corremos em meio a floresta escura. Guilherme sempre segurando minha mão e me indicando por onde andar. Segurando galhos para mim, me ajudando a pular obstáculos no caminho.

— Gui...

— Xiii — Coloca a mão em meus lábios e então entendi que não era para falar nada, em momento algum. O que era frustrante.

Várias vezes olhei no celular para ver se tinha sinal, mas nada.

Continuamos andando em meio a escuridão, gotas de chuva começaram a cair sobre a selva nos deixando encharcados. Depois de horas ele parou em frente a um arbusto, abriu espaço com a mão, fez sinal de que não era o lugar que procurava. Continuamos a andar, mesmo com a chuva forte.

— Você deve estar muito cansada, aguenta mais um pouco, já estamos chegando — sussurra em meu ouvido. Apesar da gravidade do momento meu corpo se arrepia por inteiro muito mais do que o frio da chuva.

— Chegando aonde?

— Tem um esconderijo que podemos descansar um pouco, lá tem comida e é seguro para passarmos o resto da noite.

— Obrigada, já não estava mais aguentando.

Enfim ele olhou no mapa e parou analisando o local. Eu já estava rezando para ser esse. Minhas pernas tremiam.

— Bia, me ajuda com isso. — Pediu puxando um galho caído e levantando outro de uma enorme planta rasteira. Segurei as pontas da planta e ele encontrou o que procurava. Abriu uma espécie de tampa de madeira em um buraco. Indicou com a mão que eu entrasse primeiro. Peguei a lanterna e iluminei o buraco. Não entraria em um lugar desses sem olhar, nunca. Desci pela escada e logo o Gui desceu atrás de mim. Antes ele arrumou os arbustos e depois fechou a porta de madeira. Ele pegou a lanterna e fez uma vistoria minuciosa por cada canto. Depois pegou uma sacola de viagem que estava no canto e abriu retirando um saco de dormir.

— Deite-se, descanse um pouco. Sairemos antes do amanhecer.

— E você? Tem espaço para nós dois aqui.

— Eu vou ficar de vigia.

— Não vou me deitar sem você.

— Você é teimosa. — Ergui a sobrancelha em desafio e ele sacudiu a cabeça rendendo-se.

Peguei o celular para ver se conseguia ao menos iluminar o lugar, mas havia acabado a bateria.

— Droga, não tem como carregar, o seu acabou também?

— Sim, infelizmente, estamos incomunicáveis.

— Eu confesso que adoraria estar presa em quarto escuro com você. Mas em outras circunstâncias — digo coçando o braço por conta de uma picada de mosquito. — Porque sinceramente, esses pernilongos estão me matando.

Os mosquitos estavam se alimentando muito bem de nós. Provavelmente não teria um pedaço sequer de pele sem marcas de picada. Lembrei-me então de que havia trazido repelente na mochila de emergência. Corro e pego o frasco passando nas partes mais expostas do corpo.

Minha doce obsessão - AmostraOnde histórias criam vida. Descubra agora