Um completo egoísta.

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Notas da autora:

Eu costumo fazer os meus personagens bem OOC. Por quê? Porque eu acho diferente. Divertido... então espero que não se importem.

No mais, boa leitura!

Notas recentes da autora:

Algumas coisas foram modificadas, e são de grande importância.

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— Aí eu cheguei nele e falei — Midoriya abriu o zíper da calça e a abaixou num movimento só. Deixando-me sem saber para onde ou o que olhar. Será que fica estranho se eu encarar suas pernas? — Eu quero te contar algo seríssimo — Ele está apenas de boxer, alerta, Little Todo, ele está apenas de boxer! —, mas ele nem pareceu ligar.

— É? Ah que pena seria, não é? — respondi simplista, pegando o pacote de bolacha que estava ao meu lado e o abri, enfiando duas bolachas ao mesmo tempo dentro da boca. Duvido que assim Izuku me peça conselhos.

— Que pena nada! Eu quero a tua ajuda! — Alguém jogue uma roupa neste garoto ou o meu jeans não irá aguentar! Que merda!

— Hum? Hum Hum! — respondi com a boca cheia, engolindo a comida logo em seguida, evitando olhá-lo. — Eu não! Se vire! O "amor" é seu! — fiz sinal de aspas com os dedos e ele estreitou o olhar, aproximando-se de mim.

Somente de boxer, vestindo agora uma camiseta minha e com uma toalha em volta do pescoço, é assim que o meu crush se encontra, parado a minha frente, no meu quarto. E o meu coração, como fica? Na outra vida com certeza eu fui uma pessoa horrível... não tem outra resposta.

— Você que me propôs isso! É sua obrigação me ajudar! — Ele parou a centímetros de mim, cruzou os braços e fez um bico de raiva.

Uma completa criança mimada.

Só uma vez, somente uma vez, por que você não percebe, Izuku? Eu consigo ouvir os pedaços do meu coração se quebrando ainda mais, a cada vez que você fala sobre o Kaachan.

— Você é um idiota, sabia, Midoriya?

Sem perceber quando ou como, eu havia me colocado de pé e agarrado um de seus pulsos, puxando-o para os meus braços. Não que eu me arrependa, mas, quando eu o abracei? Cara! Espero que ele não perceba o quanto meu coração está acelerado. Nem no quanto eu estou tremendo — e excitado.

— Foi mal, eu... — sussurrei em seu ouvido, recebendo um "não tem problema" abafado como resposta — Você, por que você não dorme aqui hoje?

O que eu estou fazendo? Não que seja algo que Izuku nunca faça, mas... é estranho. Eu sinto como se todo o meu interior estivesse derretendo. Desde hoje à tarde, quando dividimos o mesmo guarda-chuva voltando da escola, desde quando entramos naquela lojinha para comprar um doce qualquer... Eu quero que ele fique ao meu lado, para sempre.

— Milagres acontecem, hein? Logo você, me pedindo para dormir na sua casa? — respondeu, afastando o rosto de meu peito e encarou-me. Tão lindo! — Já que sou sempre eu que me ofereço para dormir aqui, não vou negar o seu primeiro pedido.

— É-É só porque está chovendo, não quero que você fique doente ou coisa do tipo. Sem falar que temos trabalho para entregar ainda esta semana — revirei os olhos, tentando demonstrar que eu não estava nem aí, mas acho que a forma qual eu esbocei um sorriso de orelha a orelha não ajudou muito.

— Claro — Se afastou de mim e me mostrou a língua. — O bom é que assim, você me ajuda a bolar um plano para que eu consiga falar com o Kaachan — murmurou e riu —, né?

Como (não) perder o BV em 30 dias │em revisãoOnde histórias criam vida. Descubra agora