𝕸𝖎𝖆𝖒𝖎

𝑅𝑜𝓉𝒾𝓃𝒶

𝓜𝓲𝓪𝓶𝓲, 04 𝓭𝓮 𝓶𝓪𝓲𝓸.

O alarme do meu celular parecia soar o que me fez acordar um tanto assutado, percebo alguns fechos de luz passarem pela cortina do quarto, me levanto desligando meu celular e caminhando para o banheiro de forma lerda. Era segunda feira e eu pegava no trabalho um pouco mais tarde, pra mim era ótimo, talvez eu pudesse acordar mais tarde, mas pra mim era mais fácil eu fazer minha caminhada.

Assim que saio do banheiro a toalha estava enrolada na cintura, vou até meu armário, pego um short preto junto de uma regata preta,meu tênis ficava na porta, pego minha armband o colocando no meu braço esquerdo, ajeito eu celular dentro da braçadeira, o fone sem fio estava no meu ouvido conectado ao celular.

Saio do quarto escutando movimentação no andar de baixo, provavelmente só estariam Hadson e Chumbo tomando café, Lucas havia ficado dormindo tinha feito plantão nesse último fim de semana.

- Lavem as merdas que vocês fizerem. -suspiro encarando Chumbo.

Era bem mais fácil Lucas me ouvir do que o famoso; nem tão famoso assim Hadybala. As vezes eu e perguntava se a tal fama que Hadson falava havia realmente chego para ele, sinceramente eu espero que nunca chegue por que se ego dele já é assim imagine se fosse famoso.

O alarme tocou no meu braço avisando que eu havia corrido 5 km, estava próximo de um lago que havia no condomínio, encaro a vista que parecia bonita, sol as sete da manha era algo muito bonito de se ver. Meu principal objetivo era correr pelo menos uns 10 a 15 km,mas pelo horário não daria certo. Dou meia volta correndo mais 5 km de volta para casa.

Entro em casa subindo correndo para o banheiro do meu quarto, assim que a água morna entro em contato com a minha pele eu tentei relaxar ao máximo, evitando qualquer tipo de pensamento. A água que caia na minha nuca quase me apagava naquele momento se não fosse pelo escombro que eu escuto no andar de baixo da casa.

Talvez eu não tenha nenhum dia de paz nessa merda. Saio do banheiro depois de colocar a cueca qual eu tinha pego antes de entrar no banheiro, quando o barulho de pessoas gritando no andar de baixo era cada vez mais nítido, já que a porta do meu quarto estava aberta. A calça preta e a blusa de botões de cor clara já estavam postos no meu corpo.

Deixo meu cabelo de qualquer jeito, assim que coloco meu corpo para fora do quarto vejo, um homem passar de maneira rápida pelo corredor. Puta que pariu será que todo dia tem que ter essa merda de manha? Desço as escadas sem encarar Hadson, Lucas também estava saindo de casa o que era lucro pra mim, ganharia uma carona hoje.

- Eu não aguento mais essas "festinhas" de manhã - minha voz sai em tom de deboche quando a palavra "festinhas" passa pelos meus lábios. - Hadson é um filho da puta.

A porta dos fundo da lanchonete se encontrava minha direita quando o carro finalmente parou, eu parecia ter pulado do carro pela rapidez que sai. Encaro Bianca que atendia alguém do outro lado do balcão, encaro os clientes ali e a maioria já havia sido atendido. O avental esta sob meu corpo, e não me deixa a coisa mais bonita desse mundo, mas pelo menos eu não estava usando os antigos uniformes.

- Sabe que hoje você que fecha, certo?

Bianca passava por trás de mim indo pegar alguma coisa para a mesa seis. Ok, está ai mais um motivo para eu não gostar de segunda- feira. E bom novamente você estava ali. Iria me chamar de "Jovem" outra vez? Mas agora você estava acompanhado de uma mulher, uma loira.

O dever me chama, caminho até a mesa três e novamente o apelido escapa dos finos lábios, a mulher ao lado parecia o repreender falando um nome em especifico "Daniel". O pedido era o mesmo um milkshake junto de alguma coisa a minha preferencia. Suspiro voltando para trás do balcão.

- Aquele cara parece realmente te perseguir. - a voz de Bianca surge me assustando por um instante.

A ultima mesa esta completamente limpa,me apresso para apagar as luzes, e ir embora. O avental estava novamente pendurado,meu celular no bolso, eu só pensava em uma coisa minha casa, e minha cama. Quando finalmente passo pela porta dos fundo sinto meu coração falhar uma batida, um susto para ser mais sincero. O homem de cabelos loiros estava ali com a mesma roupa demais cedo, porém agora se encontrava sozinho.

- Deu pra me perseguir agora? - a frase sai quase que automática.

- Eu tenho te observado por um tempo... - o interrompo.

- Mano,eu já sei disso, da pra perceber essa sua cara de psicopata.

-Eu não queria, causar essa impressão.

- Mas é o que todos vêem.

Aquela foi minha deixa, o deixo sozinho ali enquanto eu entrava no carro de vidro fume na esquina do estabelecimento.