𝓜𝓲𝓪𝓶𝓲, 6 𝓭𝓮 𝓶𝓪𝓲𝓸
Eu fiquei muito nervoso com medo de não ser aceito na boate,eu sentia como se nunca tinha feito uma entrevista de emprego na minha vida, aqui na América do norte ainda existe um preconceito muito grande com estrangeiros, sejam, imigrantes, ou não, o que dificulta conseguirem algo aqui. Por isso eu me sinto tão ansioso, mas quem me olhasse agora iria duvidar que eu estivesse nervoso, minha expressão era a mais entediada possível, talvez eu fique assim sempre que eu estou pensando.
Ana já tinha falado comigo, me ligou perguntando se eu já poderia trabalhar hoje, começava as oito da noite e acabava as três ou quatro da manhã. Eu não teria quase hora para descansar, mas acho que pode dar tudo certo, e eu conversar com meu chefe na lanchonete para que eu fosse liberado mais cedo ao invés de sempre o ultimo funcionário. Assim talvez eu teria uma folga de uma hora de um local para o outro, o lado bom é que a boate fica próxima a minha casa.
Me levanto do banco onde estava sentado voltando ao meu posto algumas mesas estavam vazias, o chefe não estava na casa hoje, mas por sorte o gerente me liberou. Depois de limpar as mesas eu finalmente estava liberado para o próximo expediente. O relógio marcava quase sete horas da noite, faltavam menos que meia hora, talvez eu tivesse a sorte de passar em casa e não chegar horrível no meu primeiro dia no trabalho.
Estava na porta da boate faltando alguns minutos para as oito horas, quando ultrapasso a porta, a ruiva, identificada como Ana vem em minha direção, ela se desculpa pela pressa, mas pede para que eu vá até o segundo andar aonde tinha um "camarim", ali estaria a roupa que de agora em diante seria minha. O nome "Felipe" estava bordado em branco do lado direito.
Estava pronto só faltava eu colocar o suspensório, e era algo que eu não queria usar de jeito nenhum,mas é o primeiro dia aqui eu tenho que causar uma boa impressão pra eles. Era algo difícil de se colocar, já que tinha um jeito certo de se prender.
Assim que saio do "camarim" vou na direção de Ana, que me orienta avisando que eu ficaria na parte do salão, não era tão grande pelo fato da pista ser dividida das mesas. Me posiciono perto dos outros garçons, não iria fazer qualquer tipo de amizade, precisava estar focado hoje, afinal era um teste.
- Ah, e Felipe o dono falou, que quer esteja no escritório dele depois do expediente.
Apenas concordei com a cabeça indo para o meu posto, afinal a boate iria abrir e tinha uma fila enorme do lado de fora, o local era sim muito conhecido e disputado, isso me causava certo medo, afinal a maioria das pessoas que vinham aqui tinham bastante dinheiro. E eu imagino que se acontecesse alguma merda quem arca sou eu.
Havia hospedado muitas pessoas entre elas uma cantora que eu não conhecia, sabia apenas pelo fato de ter seguranças ao redor e não ter falado com quase ninguém. Nesse momento eu me encaminho ao escritório do dono, ficava no terceiro andar, eu não sabia que essa merda era tão grande. Abri uma das portas, assim que vejo me assusto ao ver a cabeleira loira.
É serio isso? Eu só posso ter azar na vidro, entro no escritório sentando na cadeira em frente ao homem.
- Felipe Prior. - ele tinha um meio sorriso no rosto.
- Em carne e osso.
Eu não acreditava que Daniel era o dono desse lugar, isso é completamente bizarro, me perguntava se eu estava realmente acordado ou era apenas minha cabeça brincando comigo mais uma vez, afinal eu passei o dia ansioso com esse emprego, e o fato de Daniel estar me seguindo a dias, tudo se junta. Claro isso fazia mais sentido do que eu pensar que tudo o que eu estou vivendo é real. O fato é que eu tive um surto, e por isso estou imaginando Daniel ali.
Quem quiser saber a roupa do trabalho do Prior, aqui está:
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𝕸𝖎𝖆𝖒𝖎
AdventureTempo. Tudo tem um momento certo para acontecer, acredite nada é por um acaso, está tudo direcionado. Tudo o que precisa é dar a partida, e assim tudo irá se concretizar