𝕸𝖎𝖆𝖒𝖎

𝑀𝒶𝒾𝓈 𝒹𝑜𝓇𝑒𝓈 𝒹𝑒 𝒸𝒶𝒷𝑒𝒸𝒶

𝓜𝓲𝓪𝓶𝓲, 28 𝓭𝓮 𝓶𝓪𝓲𝓸.

Conseguia ouvir a respiração de longe, com isso meu coração acelerava, o quarto estava quase que escuro, as janelas tinham blackout bloqueavam a entrada de boa parte da luz. Sentado na cama eu me sentia aflito, eu sabia que Petrix estava ali no quarto, na mesma cama que eu, não queria estar ali, não queria estar no mesmo ambiente que ele.

Não sabia como eu saia dali, não tinha certeza se a porta estava aberta ou fechada, me levantei tentando ao máximo não fazer movimentos bruscos, respirei fundo, o outro homem do quarto direcionou seu olhar a mim, ele já estava de pé. Andei em passos apressados em direção a porta do quarto tentando abrir a porta, trancada.

O desespero começava a tomar conta de mim, a voz na minha cabeça começava a rir, cada vez mais Petrix estava próximo, respirei fundo tentando forçar meu corpo contra a porta na tentativa da porta cair. Um puxão na minha roupa fez com que eu cair no chão, a dor no meu rosto foi grande.

— Me larga.

Tirava as mãos dele do meu corpo, os meus gritos eram altos, tentava ao máximo não deixar ele encostar no meu corpo. Acertei um soco no rosto do homem, em seguida pude ouvir uma risada vindo dele, tentava empurrar ele de cima de mim.

— Me deixa em paz, caralho.

Podia sentir a mão querendo entrar na minha calça, tentei empurrar novamente o homem, ele usava seu peso para eu não sair daquela posição. A cada movimento que eu fazia contra Petrix sua risada ia aumentando aos poucos, aquilo me causava calafrios me deixando cada vez mais nervoso.

Me sentei na cama assustado, minha roupa estava molhada de suor e meu coração estava acelerado, tanto que meu peito chegava a doer, respirava fundo tentando acalmar a minha respiração. Olhei para o homem que estava ao meu lado na cama, Daniel, poderia me sentir mais calmo por ser ele a estar ao meu lado ali.

Caminhei em direção ao banheiro, mesmo com o clima frio eu sentia calor pelo sonho que tive, retirei minha camisa, liguei a água da banheira. As imagens do sonho vinham o tempo inteiro na minha cabeça, isso me causava uma sensação estranha, uma sensação ruim.

Entrei dentro da banheira após tirar a cueca, a água estava morna, o Boom Bath ainda se desfazia na água. Me arrumei na banheira e pude ver a porta do banheiro se abrir, rapidamente olhei na direção, Daniel estava apoiado na porta com uma cara de sono.

— São, duas horas da manhã, e você ta tomando banho de banheira? — ele solta uma risada baixa

Pude ver ele andando de forma devagar, olhava as roupas que estavam jogada no chão e depois voltava seu olhar para mim. Estava parado ao lado da banheira, e acariciando meu cabelo

— Aconteceu alguma coisa?

Concordei com a cabeça.

— Vou te esperar na cama, ta?

— Pode ficar aqui? Eu quero só companhia, sinto como se eu fosse enlouquecer do jeito que eu estou.

— Quer que eu entre ai?

Me arrumei na banheira dando espaço para ele e concordei respondendo sua pergunta, encaro ele retirar a roupa, ficando apenas com a roupa intima, se sentou atras de mim, eu pude encostar no homem atras de mim.

— O que aconteceu, meu amor? Quer me contar?

— Foi apenas um pesadelo. Podemos não falar sobre isso?

Poderia sentir a mão dele se posicionar a mão no meu ombro, senti um carinho ali no local, respirei fundo tentando acalmar a mim mesmo. Sorri ao sentir aquele carinho e olhei para o loiro.