𝒯𝓊𝒹𝑜 𝓉𝑒𝓂 𝓊𝓂𝒶 𝒸𝑜𝓃𝓈𝑒𝓆𝓊𝑒𝓃𝒸𝒾𝒶

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𝓜𝓲𝓪𝓶𝓲, 01 𝓭𝓮 𝓳𝓾𝓷𝓱𝓸.

A musica Bangarang tocava pela casa, eu quase pulava pelo local, um copo estava na minha mão, Chumbo ao meu lado sorrindo para mim,  passei um dos meus braços pelo ombro dele, sua mão se aproximou da minha cintura. Era estranho estar assim com ele, momentos antes ele estava tentando evitar minhas investidas e agora estamos assim.

Estava na tão esperada festa de Guilherme, sabia que não iria voltar para casa, apenas avisei Daniel que iria ficar o dia inteiro com meus amigos, não era mentira, Hadson e Lucas também estavam aqui, Lucas com a namorada e Hadson transando com alguém. Não tinha chego a muito tempo, a casa estava cheia e até então não tinha visto Guilherme.

Meus lábios colaram nos do meu amigo, era um beijo quase desesperado, desespero por contato, Easy My Mind toca de fundo, e minhas mãos se encontravam na nuca do outro, não queria quebrar o contato agora. Me soltei do outro, quando o olhei um sorriso estava estampado em seu rosto, e se aproximava de mim.

— Nunca perde a essência ein.- ele falava no meu ouvido pela musica estar alta.

— Claro, vamos sair daqui. 

Puxei ele para o lado de fora da casa, tinham menos pessoas que dentro, ainda conseguia escutar a musica vindo de lá, mas não chegava a ser algo ensurdecedor como antes. Virei o resto do copo da minha mão, engolindo o liquido ardente.

— Felipe.

Escutei a voz de Guilherme sentindo sua mão encostar no meu ombro, me virei encarando o homem tatuado, meus olhos não saiam das cicatrizes coloridas, afinal ele estava sem camisa. Voltei meu olhar para seu rosto, era fácil notar que seu cabelo estava molhado. Ele tinha saído da piscina?

— Não tinha visto vocês chegarem. Me desculpem.

— Tudo bem - Chumbo responde se encostando na parede. — De qualquer modo chegamos a pouco tempo. 

— Se ocorrer qualquer coisa, falem comigo. 

Concordei com a cabeça em resposta. Mais cedo nesse mesmo dia eu tinha conversado com Chumbo sobre o que tinha ocorrido comigo na boate, ele ficou desesperado, perguntou se eu realmente queria vir hoje, falou até que passava a noite comigo. Mas eu tinha que quebrar logo essa barreira, Petrix está preso e eu posso sim voltar a me divertir.

— Vou buscar mais bebida. - Chumbo avisa — Vem comigo, Prior?

— Eu te espero aqui.

— Tem certeza?

— Tenho sim, pode ir.

Antes de sair dali Lucas da uma última olhada em Guilherme e entra na casa. Volto meu olhar para o tatuado, eu não tinha o que falar com ele, tirando o fato de que na última sexta-feira eu o ignorei.

— Por que quer ficar comigo? A gente nem se conhece.

— Quer que saibamos algo sobre o outro?

— Sei lá, eu só achei muito estranho. Mas não to exigindo que você me conte sua vida toda, até por que eu não iria.

— Por que disse aquilo antes?

— Você só pergunta? - escuto ele rir — Eu disse aquilo por que quando descobri sobre você achei estranho.

— Então se eu te beijar agora você vai achar estranho?

Dei de ombros, eu queria mesmo beijar ele e porra ele é um puta homem gato. Seu lábio se encontrou com o meu, não era um beijo calmo muito menos desesperado, era algo muito bom, com direito a mordidas. Porra ele beija bem.

𝕸𝖎𝖆𝖒𝖎Where stories live. Discover now