𝐸𝓁𝑒𝓋𝒶𝒹𝑜𝓇 𝑜𝓊 𝑒𝓈𝒸𝓇𝒾𝓉𝑜𝓇𝒾𝑜

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𝓜𝓲𝓪𝓶𝓲, 22 𝓭𝓮 𝓶𝓪𝓲𝓸 

Eu não queria entrar naquela boate novamente, eu me sentia estranho pensando em todo esse assunto, o problema é que eu já tinha faltado no trabalho ontem e hoje eu nem poderia. Passo pela porta principal, eu não tinha escolha preciso dinheiro. As meninas já tinham chego como sempre, eu ainda não entendia qual era o problema; a rincha que elas tinham por mim. 

Elas não olhavam na minha cara, não passavam perto de mim, era muito raro alguém vir falar comigo, com a exceção da Mariana. Hoje a boate abriria mais tarde pelo fato de ser sexta feira, eu não sei se isso me deixava mais tranquilo ou não. Até onde eu sei os meninos vem pra cá, eu tinha quase que implorado pra eles virem hoje, eu não me sentia confiante, e caso ocorresse algo tinha duas pessoas que sabem o que fazer. 

      +🌆🕑🌃+

Havia uma cantora no palco, eu não sabia quem era, uma morena com cabelos ondulados, muitas pessoas estavam a espera dela. Eu estava parado observando o show enquanto ninguém me chamava, uma mão fria foi posta no meu antebraço. 

Não queria olhar pro lado, o perfume denunciava quem estava me segurando, meus olhos procuravam por algum dos meus amigos. Eles estavam ali agora mesmo e em segundos sumiram, a epinefrina corria pelas minhas veias sendo liberada para todo meu corpo. Meu coração acelerou quando ouvi o sussurro. 

— Suba. 

Não queria, mas algo me dizia que eu tinha que fazer isso, e infelizmente sabia que a atração que sentia por ele era nítida. Nítida por mim, mas não queria deixar escapar. De fato eu queria dinheiro, imagina só ter dinheiro sem precisar fazer absolutamente nada. 

Acho que de fato qualquer um que passasse, e olhasse para cá notaria a tensão existente. Era automático, a atmosfera mudava quando estamos juntos, no momento eu não sei descrever, mas era estranho.

Vou na direção do elevador junto do loiro e me encosto na parede metálica enquanto olhava o homem a minha frente. O elevador estava subindo, quando o loiro aperta um botão, e se vira em minha direção uma das suas mãos estava ao lado da minha cabeça apoiada no espelho, mantínhamos contato visual, ele puxou meu queixo enquanto posicionava sua perna no meio das minhas. O contato aconteceu, meus braços foram de encontro a seus ombros, era algo quase desesperador, mas eu sentia a calma.

Apos nos separarmos um botão foi apertado, fazendo o elevador parar no  terceiro andar, desencosto meu corpo do espelho, ando atrás do loiro. Eu não queria novamente entre quatro paredes com ele, mesmo que uma parte de mim queria isso. Por que eu tinha que estar ali? Já ta na hora de socar o Daniel?  Entro na sala olhando para qualquer local  naquela sala menos o rosto do loiro.

— Pensou sobre a minha proposta? — ele finalmente se pronuncia.

Solto o ar que prendia, e finalmente o encarei.

— O que acontece se eu aceitar? — questiono 

Ele solta uma risada baixa.

— Alem de você ter tudo o que quiser, não terá mais que trabalhar e ter alguém como eu. 

Solto uma risada alta. 

— Não queria se gabar não, mas eu vou aceitar sim. — cruzo os braços — Isso irá durar até quando? 

— Bom, no caso seria até quando eu quisesse, mas tenho certeza que de um ano não passa. Você irá fechar o mês trabalhando aqui e ai sim irão começar a agilizar as coisas. 

Sabia que ele tinha uma certa fama, mas não a ponto de ele não resolver os próprios problemas. Além de ser dono desse local, ele é modelo e ator, eu nunca tinha ouvido falar dele antes, mas conversando com a Bianca ela me disse que ele era famoso por aqui e até mesmo no Brasil. Me sinto um completo deslocado. Só espero que isso que estou fazendo não seja nada jogado fora. 

— Já pediu demissão no outro emprego, certo?

— Claro que não. — falo como se fosse obvio — Não tem como eu fazer algo do tipo, eu tenho amigos la, saiba disso.

Ele ri da minha fala, e se aproxima sem cortar o contato visual. Sai de trás da mesa vindo pra minha frente, com um sorriso sínico. 

 — Esqueça o contrato, meu bem. — ele coloca uma das mãos no bolso — Tudo bem pra você? Cancelamos tudo.

— O que? 

Ele ri — Ue, não era você que não queria isso?

Sim, era o que eu queria , mas não o que eu quero agora. Eu só não vou admitir isso. Não vou dizer pra ele que eu me sinto atraído. Sinto sua mão vir de encontro com meu queixo e fazer com que eu o encara, desvio meu olhar e tento sair do local. 

—  Tem algo a me dizer?

—  Até o fim da próxima semana, eu peço demissão. - suspiro.

— Isso é ótimo! —  ele sorri — Mal posso esperar, bebê.

Minha reação naquela hora foi quase que de nojo. 

Bebê? Serio?

Sinto sua mão acariciar meu queixo e seu rosto se aproximar do meu, e novamente o beijo aconteceu, diferente do que muitos dizem eu não sabia dizer do que nosso beijo tinha gosto, talvez uma pitada de licor? Eu não sei.

Definitivamente não gosto de ser colocado por baixo, ser taxado como inferior ou quase que submisso, mas por algum motivo, minha curiosidade parecia maior, eu quero saber o que ele tem a me oferecer. Talvez arrancar dinheiro dele não seja tão ruim. Não sei até aonde essa historia de morar junto em troca de dinheiro vai, mas me custa apenas gastar, ou melhor dizendo, fazer ele gastar.

♥️♠️♥️♠️

Me perdoem por ter demorado.

Eu voltei a ter aulas agora, mas sempre vou escrevendo um pouquinho, quis deixar esse capítulo um pouquinho maior pra vocês.

O que acharam? Valeu a pena esperar?

𝕸𝖎𝖆𝖒𝖎Where stories live. Discover now