- Hey! Terra chamando Donna.
- Ah! – Donna piscou os olhos rapidamente. – O que foi?
- Você parece que saiu fora do ar. Tá tudo bem?
- Sim, sim. Foi só... Cansaço.
- Tem certeza? – A mulher riu. – Ou será que foi efeito do bonitão?
- O quê? – Donna virou-se para a amiga e colocou as mãos na cintura. – E eu lá sou mulher de me afetar por causa de homem? Eu sou Donna Paulsen, meu bem.
- E como é! – A mulher riu e sacudiu a cabeça, se preparando para atender o cliente que esperava na fila. – É só que eu sei bem como é quando Harvey se aproxima... – Ela murmurou.
- Harvey?
- É. Descobri pelo cartão de crédito... Hoje foi a segunda vez que ele veio aqui, eu tento fazer ele me notar, mas ele não tá muito a fim.
- Será que é gay? – Donna perguntou fazendo biquinho assim que a amiga terminou de atender o cliente.
- Não. Sei que não. Só... Deve ser casado, ou algo assim. – Ela deu de ombros e foi para a cozinha. – Você assume aqui, tá?
Como não tinha escolha, Donna apenas foi para trás da caixa registradora e ficou observando o pessoal que estava na cafeteria. Tantas pessoas, tantas histórias diferentes, tantas coisas pra contar... Ela se perdeu em seus pensamentos e, quando voltou a si, percebeu que pensava no momento em que Harvey havia tocado em seus dedos. Por mais simples que aquilo tinha sido, sem dúvida tinha acendido um lado dela que ela acharia melhor deixar adormecido.
- Moça? – Uma menina a chamou.
- Sim... – Ela respondeu, voltando à realidade. – Pois não?
xx
- Cinco minutos! – Donna gritou para a colega, que estava na cozinha. – Só mais um pouquinho e já podemos abrir o final de semana!
No sábado a cafeteria não abria, então Donna poderia dormir até tarde e passar o dia fazendo coisas que ela adorava fazer, mas nunca tinha tempo durante a semana.
- Tá, mas por que tinha que ser aqui? E por que agora? – Justo quando Donna já estava dando o expediente por encerrado, dois homens entraram na cafeteria. O mais jovem, que entrou primeiro, tinha os cabelos claros e, apesar do terno, parecia um menino de ensino médio. Ele usava uma pasta pendurada a tiracolo e sua pele era bem clarinha. Já o outro homem, mais ao lado, era mais velho. Tinha cabelos castanho escuro e também usava terno, mas nenhuma pasta. Donna semicerrou os olhos para enxerga-los melhor e, quando estava prestes a dizer que a cafeteria já tinha fechado, ela percebeu que um dos homens que entraram era Harvey.
- Ah... Nós já
- Ainda faltam – Harvey checou no relógio – dois minutos. – Ele sorriu irônico e Donna pôde sentir seu sangue fervendo. – Dois cafés expressos, por favor.
- Harvey, a moça disse que
- Não, está tudo bem. – Donna respondeu. – Pra tomar aqui ou pra levar?
- Se escolhermos tomar aqui, vocês vão fechar a cafeteria assim mesmo?
- E ficaremos lhes fazendo companhia até que terminem. – Donna abriu um sorriso, mas os dois homens puderam perceber que ela estava bem irritada.
- Pra levar. – O mais novo disse.
- Mais alguma coisa?
- Só os cafés.
Donna registrou o pedido e disse quanto daria tudo.
- Mas tudo isso? – Harvey levantou a voz. – Aumentou de repente?
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Never been touched [like this]
أدب الهواةdarvey au Harvey descobre Donna em uma cafeteria e sempre dá um jeito de pegar um café ali. O único problema é a amiga que trabalha com ela. No final, quem ganha o coração do advogado?