A um passo da liberdade

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~Algumas semanas se passaram~
(S/n)- pela milésima vez Chara! EU NÃO TENHO CHOCOLATE!
(Chara)- tem sim! Eu consigo sentir o cheiro do cacau em você!
(S/n)- é o cheiro do meu shampoo retardado!!
Saio correndo da sala com o Chara na minha cola, me tranco no banheiro e pego o meu pote de shampoo. 
Depois de pegar o shampoo e uma escova de banheiro para me defender eu destranco a porta e o Chara entra na sala, começando a me revistar.
(Chara)- onde você meteu essa porra de chocolate?
(S/n)- eu escondi no meu couro cabeludo-- eu ergo o shampoo-- é só meu shampoo Chara!
Ele para e pisca lentamente para mim absorvendo a nova informação
(Chara)- sério?
(S/n)- sério. Olha aqui-- eu me inclino e deixo minha cabeça perto da sua cara.
Ele cheira meus cabelos de leve, depois que percebe o cheiro de chocolate ele enfia a cabeça em meus cabelos e fica ali, parado com a cabeça enterrada na minha cabeça.
(S/n)- Não vai sair do meus cabelos?
(Chara)- Não-- ele enfia ainda mais o rosto nos meus cabelos-- Você ganhou mais dois mil pontos comigo, você sabia?
(S/n)- sério que se eu quiser fazer você me abraçar é só eu usar coisas com cheiro de chocolate?
(Chara)- se você usar coisas desse tipo eu não vou só te abraçar honey 
Ele me solta bem relutantemente e para na minha frente, fazendo uma expressão de quem lembra algo óbvio que havia esquecido 
(Chara)- ah! Eu lembrei de algo... importante, que devia ter te contado-- ele olha ao longe, como se estivesse divagando sobre o assunto e se devia cita-lo ou não 
(S/n)- e o que você queria me dizer?
(Chara)- ...Eu.... esqueci...
(S/n)- de novo?
(Chara)-...sim...
(S/n)- tudo bem, caso lembre me conte okay?
(Chara)- ookaay

(Sans's pov)

(Frisk)- quando você acha que vai ficar pronto? 
(Sans)- para ser honesto eu não sei...-- digo guardando os tubos de ensaio e me virando na direção do Frisk -- tudo depende de como as cobaias vão se comportar-- pisco em sua direção
(Frisk)- eu já fiz a minha parte-- ele põe a mão no peito, orgulhoso-- agora só falta o Chara e a parte dele
Escutamos um barulho e olhamos para a porta do laboratório. E falando no diabo...
(Chara)- vocês sabem que falar nas costas de uma pessoa é errado não?
(Frisk)-{podemos dizer que com base no seu histórico... não tem problema}
(Chara)- Você sabe que não precisa ter vergonha na minha presença né?-- ele passa por onde estou e põe a mão no ombro do Frisk -- eu já tô acostumado com sua voz
(Frisk)- é meio que força do hábito-- diz com um sorriso amarelo.
(Sans)- okay, chega de conversa e vamos continuar com o que começamos-- digo me levantando e indo até uma mesa um pouco afastada-- temos que continuar com os exames no Frisk -- digo pegando um arquivo com a letra "F" e jogando na direção do Frisk -- é voce Chara...
(Chara)- eu tenho que fazer a extração eu sei-- vejo ele levantar os olhos aos céus-- só não sei se vai dar certo por ser a minha alma
(Sans)- vai dar certo exatamente porque É a sua alma-- digo pegando o arquivo de letra "C" e abrindo-o 
(Chara)- Você não entende-- vejo ele se aproximar e já fico desconfortável com a proximidade, não posso tirar da minha cabeça o quão ele é perigoso-- minha alma está meio corrompida, eu não sei se juntar a minha alma a do Frisk vai ajudar. É bem provável que a minha metade só corrompa a metade do Frisk e de tudo errado
(Sans)- se sua alma é corrompida ou não isso não importa-- digo suspirando aliviado-- nós precisamos de uma sétima alma, não importa se é corrompida ou não.
(Chara)- entendo...
(Sans)- então, tem algo a mais que queira saber ou podemos começar?
(Chara)- vamos logo com isso, quanto antes começarmos mais cedo terminamos
Saio da sala, deixando os dois lá sozinhos e atravesso os corredores do true lab até chegar onde queria... a máquina de extração de determinação.
Eu realmente não queria fazer isso, tenho traumas do que eu passei nesta máquina. Coisas que só eu sei, bem só eu e ele...
Balanço a cabeça, afastando as lembranças ruins. Eu vou até o visor que tinha perto dela indicando que estava inativa.
(Sans)- se eu não fizer, ninguém faz 
E com isso eu me viro e logo eu ligo a máquina.
Sons de engrenagens podiam ser ouvidos por todo o laboratório, o que era pra ser uma conquista que acalmaria a todos só conseguia aterrorizar os poucos que se aventuram aqui embaixo.
(Chara)- ja está tudo pronto?
(Sans)- sim está. Mas temos que esperar um pouco, se a utilizarmos agora podemos sobrecarregar a máquina e você sairia ferido
(Chara)- como se você não quisesse que isso acontecesse né?
(Sans)- Chara...
(Chara)- se ja está tudo "pronto" eu vou buscar o Frisk.
E com isso ele sai da sala.
(Sans)-*suspira*
Ele nunca irá me perdoar. Bem eu muito menos mas...
Tudo teria sido diferente se ele simplesmente tivesse me escutado... mas não! Pra que me ouvir não?
Sou interrompido nos meus devaneios com uma leve batida na parede atrás de mim.
(Frisk)- então? Está tudo pronto?
(Sans)- sim, no máximo vinte minutos até podermos usar ela-- digo olhando para a máquina que me assombrou por anos
(Frisk)- Você está bem? Deve ser difícil-- sinto uma mão em meu ombro-- eu sei que sou a pior opção mas... se quiser eu te ajudo Sans.
(Sans)- eu tô bem kiddo não se preocupe -- sorrio para ele, mesmo que eu tente eu sei que ele consegue ver que o sorriso é falso -- mas e você? Não teve nenhuma alteração drástica na sua alma recentemente?
(Frisk)- Não... Eu estou bem calibrado haha
(Sans)- Não sei mas eu acho que você está mentindo Frisk
(Frisk)- eu não estou mentindo Sans!
(Sans)- olha-- eu me aproximo dele e boto minha mão em seu ombro. Ele está nervoso e com os ombros rígidos-- Você sabe bem que pode confiar em mim, não sabe?
(Frisk)- eu se-sei sim! Eu só... n-não é nada!
(Sans)- certeza?
(Frisk)- absoluta!
Eu solto o seu ombro e vou verificar o visor da bendita máquina, vendo que faltava poucos minutos para poder ser usada
(Sans)- Você sabe que eu vou fazer você confessar o que está me escondendo não?-- digo olhando sobre meu ombro e vendo ele ficar nervoso novamente.
(Chara)- tudo bem, tudo bem vamos logo com essa merda-- diz sussurrando algo no ouvido do Frisk logo em seguida, que o deixou mais desconfortável ainda-- eai esqueleto, Já ta tudo pronto?
(Sans)- tenha um pouco mais de paciência Chara
(Chara)- desculpe mas desde que me lembro minha alma é de determinação, não paciência igual a sua.
Simplesmente o ignoro e continuo a avaliar o visor, analisando mentalmente tudo que poderia dar certo e tudo que poderia dar errado
[...]
(Sans)- okay, pode entrar-- digo abrindo para que ele pudesse subir-- olha, isso vai doer muito, então qualquer cois-
(Chara)- eu sei, qualquer coisa é só eu berrar para que você pare e você vai continuar-- diz tirando o casaco que usava e ficando somente com sua camiseta e entrando na máquina
(Sans)- espera aí
(Chara)- que foi?! 
Ele me olha com impaciência. 
Eu pego os receptores e um gel para poder rastrear os movimentos da sua alma e saber o estado dela.
Eu me aproximo e ergo os objetos em questão para ele
(Sans)- tire a blusa.
(Chara)- que? Por quê?
(Sans)- sério, tira. Você vai me agradecer por ter feito o que te falei quando tudo tiver começado 
(Chara)-*suspira* tudo bem -- ele tira a camiseta e eu começo a passar o gel-- que mer-!
(Sans)- cala a boca-- eu boto os receptores nele e depois de me certificar que estava bem grudado e estava em estado funcional eu dou permissão para que o Chara volte para o extrator.
(Frisk)- olha, vai doer no início... e no meio... E bem... no fim-- diz tentando confortar o irmão-- mas olha, depois que tudo acabar nós vamos finalmente ser livres!
(Chara)- eu estou ciente disso-- diz levantando os olhos ao céu e rindo -- e valeu pelas palavras... animadoras Frisk 
(Frisk)- sempre ao seu dispor!
(Sans)- vem cá Frisk-- digo puxando ele para longe do extrator
(Frisk)- que? O qu-
(Sans)- é melhor não ficarmos por perto. O poder latente da alma do Chara é mais perigoso do que o seu
(Frisk)- ahn...
(Sans)- Não que sua alma seja fraca Frisk, longe disso-- digo sorrindo de forma gentil pra ele-- a sua alma é mais controlada, e bem, podemos dizer que isso é melhor do que ter uma alma sem controle nenhum
(Frisk)- não precisa se explicar, eu entendo-- ele sorri mas logo para, olhando com um olhar de dor para o irmão que estava se contorcendo de dor dentro da máquina-- eu não sei s-se... não sei se con-
(Sans)- ta tudo bem não precisa olhar.
Eu o puxo para um abraço o deixando esconder o rosto no meu casaco.
Eu e o Chara não nos damos muito bem faz tempo, mas mesmo assim é desconfortável ver o quão doloroso é esse processo. 
Desvio meu olhar quando escuto os berros dele me atingirem, sinto o corpo do Frisk tremer e ele me abraçar mais forte
(Sans)- calma, ta tudo bem...
(Frisk)-*sussurra* nem c-comigo foi assim tão gr-grave
(Sans)- como eu te disse, a alma dele é mais densa. A alma dele se recusa a ser extraída de todos os jeitos possíveis. É isso que torna a extração tão dolorosa
[...]
(Frisk's pov)

*BLAM* 

Eu solto o Sans imediatamente ao ouvir o baque
(Frisk)- CHARA!
Eu corro até ele e o seguro perto de mim, ele estava sangrando muito, mesmo após a explicação do Sans eu não entendo como ele pôde sair de lá tão mal
(Chara)- já não basta eu estar todo fudido e agora eu tenho que te escutar gritar com essa sua voz de menina...?
(Frisk)- Você está bem que alívio!
(Chara)- qual é Frisk você está me sufocando!
(Sans)- que fofo esse amor entre irmãos-- diz se aproximando de nós dois com um tubo de ensaio cheio com uma substância vermelha dentro -- mas sabe, acho que vou ter que interrompe-los 
(Chara)- d-deu certo?-- diz grunhindo ao se sentar no chão com um olhar de expectativa.

(Sans)- deu certo-- ele levanta o tubo-- com isso aqui nós vamos ser livres, finalmente

A dangerous choiceOnde histórias criam vida. Descubra agora