43. Ninguém excluído

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No capítulo anterior:

-- Park Jimin!?

Os dois amantes olharam assustados para a porta onde Hoseok estava parado com as duas mãos cobrindo a boca, pálido e perplexo como se estivesse numa cena de crime. Sua voz soava cortante e ferida.

-- Hobi!! - Ao vê-lo, um tsunami de pânico, vergonha e culpa desabou sobre Jimin, que se sentiu terrivelmente mal pelo rumo que as coisas tinham tomado. Ele o amava. Hoseok é a pessoa em que Jimin mais confiava, se o perdesse por causa desse deslize com Yoongi, viver se tornaria um fardo pesado demais para suportar.

***

Jimin, instintivamente, empurrou Yoongi para fora dele com os pés e virou-se na cama, dando-lhe as costas. A vergonha do mais velho lhe doía mais do que o golpe brusco em seu ombro machucado, a ponto de nem conseguir olhar para Hoseok. Ele só queria se esconder e chorar.

O loirinho saltou da cama e atravessou o quarto em direção à porta, enrolado apenas em um lençol.

-- Não me toca, Jimin! - disse Hoseok, estendendo um braço com as palma da mão para frente. "Por que os dois resolveram fazer sexo?" Pensamentos desconexos vagavam pela sua mente e a realidade se arrastava para uma dimensão diferente onde a falta de regras roubava o seu fôlego e o levava ao desespero.

-- A senha...como entrou? - Jimin perguntou, tão confuso e apavorado quanto o moreno enojado a sua frente.

Formando um vinco profundo entre as sobrancelhas, ele lhe mostrou o celular, de onde controlava todas as senhas da casa.

-- Combinamos que você iria me buscar no aeroporto de carro, mas a caralha do seu telefone estava desligada! - reclamou Hoseok aumentando a voz, tentando organizar o seu caos interior.

-- Desculpa, Hobi! Me perdoa! Eu te amo!

Jimin desrespeitou o pedido de distanciamento e se jogou sobre Hoseok, o abraçando pela cintura. Suas lágrimas molharam o tecido da camisa cara, mas nem assim o corpo rígido do moreno cedeu. Ele o empurrou com o máximo de gentileza que a sua raiva permitia e saiu dali em direção ao outro quarto.

-- Terminem o que estavam fazendo antes do imbecil aqui atrapalhar.

Sentindo-se um verme, Jimin grudou as mãos sobre a rosto, capturando as lágrimas o melhor que pôde, enxugando o rosto com a ponta do lençol.

-- Você também me considera um erro? - O olhar de Yoongi era de pura desolação quando parou um instante de jogar as roupas na mala aberta em cima da cama para encarar Jimin com uma mão na cintura.

-- Pra onde você vai? - perguntou ele, substituindo o lençol que cobria seu corpo por um roupão aveludado preto. Yoongi bem que tentou evitar a cobiça, mas o corpo de Jimin o atraía como um imã.

-- Para um Hotel até o meu novo lar ficar pronto. Você pode ir visitar o meu cafofo quando quiser - forçou um sorriso, evitando atear mais fogo ao incêndio dramático já iniciado.

-- Você vai me odiar se eu ficar com ele?

-- Não, Mochi.

-- Sr. Min... não vá embora. Se você é um erro, então o mundo é que está errado.

Yoongi elevou um sorriso terno e acariciou o queixo de Jimin com seu polegar e indicador. Ele era adorável.

-- Você é tão doce, sabia? Vou criar uma bebida com mel em sua homenagem - disse Yoongi, tentando diminuir um pouco a aflição do jovem, que corou, lisonjeado.

Seesaw Connection [yoonseokmin]Onde histórias criam vida. Descubra agora