Mas, qual é a minha sexualidade?

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Wooyoung

— Caralho. — disse sem nenhuma reação depois do que os dois me contaram. 

— Cuidado com quem você come. — San riu.

— Cuidado aonde você goz- 

— Calem a boca! — disse envergonhado.  

Basicamente se eu tivesse um filho, ele poderia herdar meus poderes e esse ciclo amaldiçoado nunca iria acabar, pois quem nascia com esse dom só vivia até os 22 ou menos e eu tinha 21. Meu aniversário era daqui três semanas. Os fantasmas queriam meus testículos — ou o meu esperma mesmo — para engravidar as mulheres e conseguirem dominar os outros fantasmas, assim como eu fazia através da fala.

Meu Deus. 

— Por isso que estamos aqui pra te proteger. Sei que pode parecer difícil você saber que não pode nem pensar na ideia de ter filhos. — San finalmente mostrou um sentimento com de compaixão. 

— Ah, eu nunca nem gostei de ninguém mesmo e nem me relacionei com ninguém. — falei e os dois me olharam surpresos. — O que foi? Pensei que o Senhor já havia mostrado toda minha vida a vocês. 

— É, mas a única coisa que ele sempre nos priva é sobre amor e as relações de outras pessoas. — Jongho falou com um desânimo.

— Você... é virgem? — San perguntou meio envergonhado.

Se eu acabei de falar que nunca me relacionei com ninguém, então quer dizer que sim, né, seu burro.

— Sou, algum problema? — perguntei já esperando uma gracinha vindo do lado dele.

— Nenhum. — ele apenas respondeu e foi pra cozinha.

— Nem ligue pra ele. — assenti confuso pela sua reação e fui me deitar para tentar dormir. 

Só que não consegui. 

Aquilo era bizarro demais e eu estava com medo do que poderia acontecer e medo de morrer. Minha vida não era uma das melhores mas, eu ainda tinha fé que poderia mudar ainda mais quando meus "poderes" desaparecem aos 23 anos, mas se bem que agora na reta final, eu tinha mais chances de morrer.

Escutei a porta do quarto ser aberta.

— Desculpa, Jongho, na correria seu iogurte ficou lá. — falei pensando que se tratava dele.

— Ninguém liga pra aquele iogurte tosco. — para minha surpresa, quem falou foi San.

— Que susto, garoto! — disse rapidamente me levantando da cama e sentando. 

— Desculpa. — riu de um jeito fofo.

Meu coração bate mais rápido quando ele age assim e, muitas vezes me vejo pensando nele. Será que eu estou com demência? Porque apaixonado eu não quero estar por ele não.

— Ah, é... me desculpa por tudo que já falei pra você, sabe? Às vezes, não consigo controlar essa minha dupla personalidade e acabo descontando em você. — disse olhando pra baixo e brincando com seus dedos. 

Fofo, quer dizer, falso.

— Tudo bem, só espero que isso não se repita com muita frequência. — disse sorrindo e ele retribuiu. 

— Agora vamos dormir, pois amanhã tenho que ir para à maldita faculdade. 

— Ah é, qual curso vocês escolheram? 

— O mesmo que o seu, dança. 

Era pra eu ter ficado bravo, mas no fundo no fundo estava mais aliviado do que bravo, pois eles estariam por perto pra me proteger, afinal, depois do que eu soube, eu não queria mais ficar sozinho não. 

Punishment - ATEEZ WOOSANOnde histórias criam vida. Descubra agora