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-Me desculpe- Ariel disse- Eu sei que fui um idiota, e também um assediador em potencial, então se você quiser me bater eu não vou fugir nem revidar- se sentou novamente olhando para os olhos brilhantes de Victor tentando ler os pensamentos do garoto.

A resposta demorou um pouco, mas quando veio chocou Ariel.

Um grande tapa estralou em seu rosto mas logo apos um beijo em sua boca, Ariel não estava entendendo nada, sabia que merecia aquele tapa, mas e sobre o beijo? Realmente não estava entendendo.

Victor não se separou de Ariel mas sim soltou seu peso sobre o outro que se deixou deitar no chão com o menor por cima, se soltaram quando o ar fez falta, Victor sentado sobre Ariel e ele deitado no chão, confuso.

-O que foi isso?- peguntou, ainda ofegante.

-Você merecia- Victor virou o rosto, estava corado e não queria que Ariel o visse, pode sentir o maior se sentando e passando os braços por sua cintura o apertando contra si.

-Mas porque me beijou?-perguntou, sua boca encostada no pescoço de Victor dando pequenos beijos ali, o garoto estremeceu.

- P-Por que e-eu queria, e p-por mais que vo-você tenha sido horriv-vel talvez eu tenha enxergado um la-lado bom- disse simplesmente, Victor levantou sua cabeça para olha-lo mas foi a sua vez de esconder seu rosto  no pescoço do outro.

-Ei, olhe aqui para mim -pediu baixinho, relutante Victor levantou sua cabeça e encarou Ariel.

Oh, deus , o garoto era tão bonito, seu cabelo, sua pele, seus olhos, sua boca, ele era perfeito.

Sim, foi naquele momento que Victor encontrou sua inspiração e também que percebeu que estava apaixonado. A primeira vez em anos, e dessa vez não deixaria a pessoa amada escapar por entre seus dedos como fez da ultima vez.

-Muito obrigado- disse e beijou Victor.

Um beijo longo e lento, com desejo e paixão vinda de ambas as partes.

Mas esse beijo logo se transformou para algo rápido e desesperado, era algo bom e envolvente mas Victor gelou quando percebeu aonde aquele beijo levaria.

Se separou do beijo empurrando Ariel que não entendeu o que estava acontecendo.

-E-Eu ainda não e-estou pronto- o garoto parecia preste a chorar, Ariel podia ver o medo em seus olhos- Me des-desculpe, sé-

-Xiiiu, não precisa se desculpar, eu posso esperar pela eternidade três vezes para te ter pra mim- Ariel beijou a testa de Victor e acariciou seus cabelos, se abraçaram por alguns minutos em silencio.

-A gente ainda não terminou o trabalho- Victor sussurrou, estava com a cabeça na curva do pescoço de Ariel que suspirou em concordância.

-Eu não quero sair daqui- Ariel reclamou, estava confortável daquele jeito mas eles precisavam terminar o trabalho.

Apos algumas reclamações eles voltaram a fazer o trabalho , parara algumas vezes para beber água ou usar o banheiro. 

///

Após algumas horas o trabalho estava totalmente completo, até mesmo com capa, Victor já tinha arrumado suas coisas para ir embora mas não queria.

Não haveria ninguém o esperando e geralmente de fim de semana sua irmã levava 'amigos' ,estranhos, para passar a noite, Victor não gostava de escutar gemidos a noite inteira.

- Já ta na minha h-hora- Victor se levantou e se esticou um pouco, pegou a bolsa e a colocou nas costas, pronto para ir embora.

-Eu te acompanho- e foi isso que fez, Ariel acompanhou Victor até a porta mas quando o garoto foi abri-la ele a fachou com suas mão, encurralando Victor novamente.

Aquilo havia se tornado um habito, mas ainda não estava estabelecido como ruim ou bom.

Ariel beijou Victor quando o mesmo abriu a boca para se pronunciar, foi um beijo demorado e lento para, como se o maior não quisesse que o outro fosse embora e realmente não queria.

-Fica comigo aqui- Pediu apos o beijo, suas testas colada uma na outra, suas respirações entrelaçadas no ar , os cabelos de Ariel tocando o rosto de Victor - Confia em mim, eu não vou tentar nada- pediu.

-E-eu sei que n-não vai- Victor deu seu voto de confiança.

Ele gostava de Ariel e confiava nele, por mais que havia acontecido algumas coisas quando chegou na escoa, mas se aquele voto fosse quebrado Victor nunca mais o perdoaria.

Ele era muito traumatizado com essas coisas, mas mesmo assim confiava em Ariel.

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