( 5 )

101 12 6
                                    

Aquela merda foi divertida p'ra caralho.
Aparentemente você podia fingir que conseguia pensar com a cabeça de cima.
Ou então era tudo premeditado.

Você é uma droga, James.
E eu fiquei viciada.

— vai sair com ele de novo?

Eu confesso que fui uma idiota com Haila. Ela havia sido a única figura amiga para mim e eu sabia que ela sentia isso. Era verdadeiro e recíproco, só que eu estava falhando.
Eu sempre fui uma vaca com ela e só notei isso quando em vez de meus pais, Haila foi a única a me visitar aqui na prisão.

— vai ser só uma festa, relaxa.

— hum.— se aninhou na minha cama comendo sua pipoca enquanto eu me vestia.

Eu sei que só você vai ler isso. Eu espero que pelo menos se dê ao trabalho de fazer isso.
Mas se alguma menina algum dia ler isso aprenda: nunca troque sua amiga por namorado. Nunca misture as coisas. Sempre tente equilibrar.
E eu sei que é difícil e que todos estamos susceptíveis a fazer isso.
Mas tentem equilibrar as coisas.
Muitas vezes amizades são destruídas por isso.
Muitas vezes relações acabam, e acredita que na maioria são os amorosos.
Se você der sorte, terá um bom amigo — e acredite, isso é difícil e precioso— e se não der, você perde os dois.

Voltando... Eu deixei Haila numa sexta a noite por você.
Eu estava fazendo isso constantemente.
Você consumiu também a porra das minhas sextas feiras.
Você consumiu tudo de mim, até a porra do meu dia preferido.
Hoje eu odeio sextas feiras por isso e porque nas sextas feiras a comida da prisão é a pior possível.

Eu posso falar disso, não é?
Isso te incomoda?
Porque a mim, me incomoda o fato de eu não poder te culpar por isso.
A culpa sempre será minha.
Eu te dei esse poder, James.
E eu espero que realmente eu o tire depois que deixar tudo nessa carta.
Acho que preciso que você o leia então, talvez eu o envie.

Haila ficou em minha casa. Ela se negou a ir, e acho que essa culpa é sua.

Eu não sabia por onde andava Paige depois daquele dia. Havia a visto uma ou duas vezes sempre com a pior expressão em minha direção, mas nada além disso.
Mas o importante era que ela não estava no seu pé e você estava no meu.

Eu estava cercada de homens onde vocês conversavam animadamente. Eu falava as vezes, mas na maioria me limitava a beber.
Naquela noite algo me incomodava mas não sabia o quê.
Hoje, eu sei que era o sentimento de nós parecermos um casal. A necessidade de você demonstrar isso me tocando constantemente e me chamando de babe.
Quando todos sairam — a maioria para transar— você se virou para mim e disse:

— você é alcoólatra?

— não, porque?

— porque você bebeu mais do que todos aqui.— dei de ombros— eu não sei porque vocês gostam dessa merda. Isso vai matando lentamente porra. Beber, perder a porra do controle sobre você, tudo isso. Essa merda é muito romantizada, mas é muito errado.

Você tinha razão, mas eu bebendo não me deixava tão errada quanto querer estar com você.

— e você não bebe?

— não.

Aqueei a sobrancelha.

— E aquele Jack Daniels era o quê?

— algo para te conquistar. Uma desculpa para me aproximar.— você falou sorrindo de lado sem mostrar os dentes.— eu não bebo, Harleen.

— hummm...

Meu próximo movimento foi deixar a garrafa de lado — não que eu quisesse— e te encarar curiosa.

— James O'Connell. Uns vinte eee..dois anos.— arrastei a lingua— uma figura perfeita de um badboy que namorava a ruiva popular da universidade. Não bebe, o que é estranho, mas tem uma moto, o que compensa.

Você pode não lembrar ou nem ter se apercebido daquilo, mas sua rizada nem me permitiu piscar.
Eu queria tudo. Não queria perder nenhum momento, nenhum reflexo ou expressão.
James O'Connell era lindo, dono de uma perfeição que fazia jus ao legado dos badboys.

E você também conseguia ser mais viciante que droga ou álcool.

Então em menos de dez minutos, eu estava em sua cama.
Nós estávamos nús, e eu estava sobre seu corpo quente.
Eu conseguia sentir meu ser pedindo por aquilo. Eu precisava ter você para mim, James. Era como se eu fosse uma viciada e estava em abstinência há um bom tempo.

Seu membro me invadiu quando eu sentei lentamente sentindo cada centímetro e tentando me acostumar com aquilo.
Eu amava sexo.
Você amava sexo.
E juntos, nós eramos uma explosão.

E então, nós colídimos, amor. Foi naquele momento.

With love, addictedOnde histórias criam vida. Descubra agora