Kongpop acorda com os pássaros cantando. Ele sente como se cem pinos espetassem suas pálpebras e há uma pulsação constante em suas têmporas. Sua mandíbula, onde o punho de Arthit o atingiu ontem, também está um pouco dolorida.
Ele se senta na cama, esfregando os olhos para afugentar os últimos vestígios de sono e observa os arredores: há roupas espalhadas por todo o chão, sua mala está quase completamente esvaziada em um canto da sala, ao lado de um vaso quebrado.
As lembranças da noite anterior voltam, dominando-o e ele acha que pode vomitar. No banheiro, ele joga água fria no rosto e no pescoço, depois apoia as mãos nas beiradas da pia e olha no espelho. Sua visão gradualmente se torna mais desfocada quando sente lágrimas quentes caírem em seu rosto que ele percebe que está chorando.
"Deus o que eu fiz?"
Ele não espera que seu amante atenda, mas liga de qualquer maneira. Ele espera, o coração batendo alto em seus ouvidos. Seu P' desligou o telefone de propósito ou o celular está sem bateria, Kong suspeita que seja o primeiro.
Ele começa a limpar a bagunça que fez em um acesso de raiva depois que seu namorado saiu no outro dia. Ele está sentado no chão, dobrando distraidamente camisas e calças e colocando-as dentro da mala quando o telefone toca. Ele quase tropeça nas próprias pernas com pressa para alcançá-lo e atendê-lo.
"Olá!"
"Ai' Kong, bom dia. Você tem algum tempo hoje?"
"Oh ... Oi, Fai. Por quê?"
"Eu estava pensando que todos nós poderíamos ir até a praia. E desta vez você deve levar sua noiva com você. Pete, Chai e eu estamos morrendo de vontade de conhecê-la."
"Desculpe, Fai, eu estava me preparando para voltar para Bangkok. Obrigado pelo convite, no entanto. Talvez da próxima vez."
"Kong, você parece estranho. Está tudo bem? Por que você está saindo tão cedo? Você ... por acaso, brigou com sua namorada?" - Fai continua.
"Não ... eu ..."
"Você quer falar sobre isso? Você sabe que minha casa fica a apenas um quarteirão da sua. Eu tenho seus biscoitos e chá favoritos, se você quiser vir." - ela insiste.
O jovem está prestes a recusar, mas muda de ideia no último momento. Talvez fosse bom conversar com alguém. Ela é uma das amigas de infância dele, deve ser fácil discutir os problemas dele com ela.
***
A mãe de Fai o cumprimenta na entrada. Ela parece quase a mesma de quando ele ainda era criança e costumava sair na casa deles, exceto por algumas rugas nos cantos dos olhos e cabelos grisalhos.
"Entre, Kongpob. É tão bom vê-lo novamente."
"Da mesma forma, senhora Thahom. Obrigado por me receber."
Fai está esperando por ele no jardim. Ela tem o cabelo amarrado em um coque na cabeça e está usando um vestido esvoaçante com grandes flores amarelas impressas. Ela está regando as plantas no quintal e, quando vê a amigo, afasta a mangueira e caminha em direção a ele. A preocupação nubla seu rosto bonito.
"Vamos sentar e conversar." - ela diz, guiando-o para as cadeiras brancas do gramado à sombra. - "O que aconteceu?"
Kongpop olha para ela. Ele abre a boca para falar, mas não consegue encontrar as palavras certas, não sabe por onde começar.
Você brigou com sua noiva, não brigou."
"Fai, eu ... eu sou o culpado, eu estraguei tudo." - Kongpob engasga com as lágrimas e levanta as mãos trêmulas para cobrir o rosto. Ele não pode acreditar que está chorando de novo.
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SOTUS - The Next Chapter (Tradução PT-BR) - Finalizada
FanfictionA Arthit e a Kongpob estão prestes a caminhar juntos para o futuro compartilhado. Poderia ainda haver outros obstáculos para impedir sua felicidade? O amor que sentem um pelo outro será forte o suficiente para ajudá-los a superar qualquer coisa? *...