quem é viva sempre aparece, não é mesmo? não tenho nem desculpa esfarrapada pelo meu sumiço mas vou tentar aproveitar a quarentena pra aparecer mais, juro.
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Para Juyeon, o final de semana só começava quando ouvia a primeira reclamação de Sangyeon no dia. Dessa vez, não foi diferente.
Ainda não era nem nove da manhã, Juyeon estava sozinho na cafeteria, já que o novo funcionário simplesmente não havia aparecido e acabou sobrando tudo para ele, para sua sorte (ou não), o expediente estava tranquilo, então, não poderia ser tão ruim, certo? Errado.
Estaria tudo bem, tudo tranquilo, se Juyeon não tivesse acidentalmente jogado uma vassoura na direção de Sangyeon ao ser chamado de intrometido apenas porque o mais novo estava ouvindo a briga de um casal perto do balcão ao invés de lavar os pratos sujos. A situação não seria tão ruim assim se a vassoura realmente tivesse batido em seu chefe, pena que Sangyeon tinha bons reflexos, Juyeon tinha muita força e a torneira não era a mais resistente.
Resumindo o que acabara de acontecer: louça quebrada pelo chão, água por todo canto e o salário de Juyeon, com toda a certeza, iria para o conserto da pia.
Sangyeon encarava o Lee com ódio em seus olhos, o mais novo engoliu em seco, soltando uma risada nervosa, o desemprego estava próximo. O mais velho apenas saiu da cozinha e disse estar com alguns problemas na cozinha para os poucos clientes, afirmando que o que consumiam naquele momento era por conta da casa. Quando todos foram embora, o chefe de Juyeon voltou para a cozinha, onde o outro coreano encontrava-se, ainda sem se mover do lugar onde estava anteriormente.
— Eu só vou perguntar uma vez, e eu peço sinceridade. — Disse com extrema calma em sua voz, preocupando ainda mais o empregado. — Juyeon, você é burro?
— Não. Sim. Talvez. Na realidade, eu não faço ideia, é uma pergunta complicada. — Tentava enrolar o mais velho a qualquer custo, com medo do rumo que aquela conversa poderia tomar, como, por exemplo, a sua demissão.
Se estivessem em um desenho animado, estaria saindo fumaça dos ouvidos de Sangyeon naquele exato momento, pois ele tinha a total certeza de que iria surtar em menos de um minuto. Então, apenas olhou para a cara do mais novo por alguns poucos segundos, transparecendo a raiva em seu olhar e saiu da cozinha, deixando um Juyeon amedrontado para trás.
Durante o resto do dia, o gerente da cafeteria apenas falou com o mais novo quando foram limpar o chão da cozinha, para avisar que um encanador chegaria durante a tarde e que deveria ficar lá, esperando-o já que o próprio Sangyeon não poderia ficar por algum motivo que Juyeon não tinha o menor interesse, mas que logo voltaria.
Até ser sete da noite, o encanador estar prestes a ir embora havia mais de uma hora e Sangyeon não ter voltado ainda. Só tinha um único problema.
O pagamento do encanador.
— Ele tá quase voltando, eu juro! Na realidade, já era pra ele ter voltado, deve ter acontecido alguma coisa e ele não chegou ainda por isso! — Praticamente implorava, nervoso com a carranca do homem mais velho. Mataria Sangyeon assim que o homem fosse embora. — Quer um café? É por conta da casa, ó!
— Tá de noite. Tudo o que eu realmente quero é tomar um banho, jantar e dormir. Mas eu não posso porque sinto que estão tentando me passar a perna, então, daqui eu não saio até receber meu dinheiro.
— Moço, eu juro pro senhor que a gente não vai te passar a perna, o Sangyeon que é meio burro mesmo, mas ele é super honesto e nunca passaria a perna em ninguém. Nem mesmo no senhor. — Ao ver o olhar indignado do homem de meia-idade, tratou de retratar-se. — Não que o senhor mereça uma coisa dessas, muito pelo contrário! Mas é que o desgraçado do… — Antes que pudesse continuar a reclamar de seu chefe, Juyeon foi cortado por um revirar de olhos e a voz brava do grisalho.
— Olha, garoto, eu não tenho tempo nem idade mais pra aguentar essas coisas não. Se você brigou com seu namorado ou sabe-se lá o que vocês chamam as coisas hoje em dia, não é problema meu e tudo o que eu quero é o meu pagamento, sinceramente, eu não aguento mais nem ouvir a sua voz.
Juyeon estava em choque e, antes mesmo que pudesse pensar em alguma boa resposta para o que havia ouvido, a porta foi aberta e o Lee sentiu-se ainda mais aliviado que o encanador (o qual estava quase emocionado por finalmente poder ir embora, mas mesmo assim saiu de dentro da cafeteria reclamando do que ele acreditava ser um casal e a demora para sair de lá).
Quando o homem finalmente foi embora, quem estava com medo agora era Sangyeon. Juyeon parecia que iria matá-lo apenas com um olhar e ele não duvidaria que o mais novo pudesse realmente fazer isso.
— Onde diabos você se meteu, Sangyeon? — Revoltado, Juyeon jogou um pano de prato que estava perto de si no mais velho.
— Será que você poderia parar de jogar as coisas em mim? — Irritado, Sangyeon jogou o pano de volta no mais novo, aproximando-se do mesmo. — Ou será que essa sua cabeça esquentadinha não consegue lidar com o que os outros dizem sem se meter? — A cada palavra, o mais velho se aproximava ainda mais do outro. — A sua cabecinha egoísta não consegue entender isso?
— O egoísta aqui sou eu, então? Olha bem pro dia que a gente teve e me diz se o egoísta fui eu. Sinceramente, cala a porra da boca, Sangyeon. — Empurrando o mais velho, Juyeon falara irritado.
— Se quer me ver calado tanto assim, me cala. — Cruzando os braços, o outro arqueava uma de suas sobrancelhas.
— Ótimo. — Foi tudo o que o mais novo disse, repetindo as ações de Sangyeon.
— Ótimo.
E, quando Sangyeon estava prestes a dar mais uma resposta irônica, sentiu os lábios de Juyeon junto dos seus.
O Lee não sabia por que fez isso, muito menos por que tinha gostado, mas queria continuar. E isso o confundia. E foi por isso que, depois de segundos naquele selar, ele saiu correndo em direção à casa da única pessoa que podia ajudá-lo, Kevin.
o wattpad trocando meus travessões por hífen, vou chorar.
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(re)inventar
FanfictionOnde Kevin precisa aprender a seguir em frente e, finalmente, reinventar-se. moonbae | sunmoon | shortfic