CADU

CAPÍTULO 4 - COISAS DE GAROTO

O dia tinha sido de muita chuva, e após a aula Cadu foi lá pra casa para podermos jogar o novo jogo que minha mãe tinha comprado pra mim. Ele era o único amigo que ia lá em casa - aquela era praticamente sua segunda moradia assim como a sua era a minha.

Passamos pela cozinha, demos um beijo em Iolanda e fomos direto para o meu quarto. Poucos minutos depois minha mãe apareceu na porta com uns lanches e aproveitou para dizer que iria dar uma saída e não sabia quanto tempo iria demorar.

"Juízo, meninos" foi sua única recomendação para a gente. Ela sabia que se nos deixasse ali jogando videogame, ali iríamos permanecer o resto do dia. Nessa época Cadu tinha seus dezesseis anos enquanto eu tinha acabado de completar os dezessete. É uma fase um tanto quanto... reveladora para alguns adolescentes, se é que me entendem.

Após longas horas jogando o mesmo jogo, Cadu disse estar cansado e se jogou na cama puxando um gibi do meu criado mudo. Sempre gostei de colecionar gibis e HQs. Desliguei a televisão e fui para a cama também, ao lado dele. Não tínhamos a maldade que muitos tem hoje em dia, quer dizer, nós crescemos juntos, já até tomamos banho juntos então isso não é nada pra gente.

Deitado e olhando para o teto, essa era a minha posição na cama. Tinha uma música tocando no rádio bem baixo e distante, não me recordo qual era.

- Quero te mostrar uma coisa, mas você não pode contar pra minha mãe ouviu? - Cadu falou bem sério. Eu apenas concordei. O garoto foi até sua mochila e tirou algo de lá e voltou correndo pra cama. Era uma revista, uma revista pornô. Devo confessar que fiquei surpreso ou não sei bem qual minha reação, nunca tinha visto nada parecido. O mais próximo de ver alguma parte íntima de mulheres era em livros de ciências na escola.

- Eu achei isso na gaveta do meu pai, tinha várias lá - ele falava enquanto foleava a revista com bastante interesse e curiosidade. Tinha várias mulheres peladas em várias posições que eu jamais imaginaria ser possível um ser humano ser capaz de fazer. Com algumas folhas passadas comecei a ver graça naquilo tudo, a achar interessante. Cadu e eu ficamos lado a lado enquanto um fazia comentários eróticos.

Em uma página apareceu uma mulher loira e com ela tinha dois homens. Estes se beijavam enquanto ela segurava com vontade o pau de cada um. Foi a primeira vez que vi dois caras se beijando e não sei explicar bem o porque de eu ter gostado bem mais.

Cadu me pediu para segurar a revista enquanto ele abria a fivela do seu cinto deixando sua calça aberta logo em seguida.

- O que você está fazendo? - fiquei desconfortável diante aquilo, porém curioso.

- Uma coisa que vi em um vídeo que meu assistia na televisão noite passada - explicou. Cadu passava sua mão por dentro da calça e por cima da cueca alisava o seu pênis que tinha um tamanho diferente do normal - Faz também - sugeriu.

- O quê? - eu não sabia o que fazer, nunca tinha feito algo parecido antes. Cadu me disse o que fazer e foi aí que senti o prazer do toque. Meu pênis também estava ereto, duro como uma pedra. Só mais tarde eu vim a entender que isso era o tesão.

Com a revista no nosso meio, Cadu e eu tocávamos nossos pênis com nossas mãos e eu podia sentir diversas sensações prazerosas ao mesmo tempo passando por meu corpo. Cadu tinha abaixado totalmente sua calça e eu fiz o mesmo. Ele, apesar de aparentar ser tímido, parecia saber mais que eu sobre tais coisas. De repente senti sua mão sobre a minha e ela ia me guiando por um caminho que eu tinha medo, receio de seguir. Afastei, mas ele a pegou de novo a levando até sua perna. Me pediu calma. Se achegou para mais perto de mim e olhando bem nos meus olhos, Cadu colocou minha mão em seu pênis. Não era tão grande, e nem deveria pra idade dele, mas era um pouco grosso. Era estranho segurar aquilo, tinha uma textura e um cheiro meio... anestésico. Ainda olhando em meus olhos, Cadu fez o mesmo e agarrou meu pau com sua mão gelada. Senti um frio correr meu corpo com seu toque.