Depois de um longo percurso para se formar em psicologia, Leela Smiths celebra com as suas amigas o seu novo trabalho que vai começar no dia seguinte. Quando chegam ao famoso bar frequentado por elas, Slow Strike, Leela é abordada por um homem extr...
"Acontece apenas que o nosso coração não foi feito para a tristeza. E por isso chega um dia em que descobrimos que já somos capazes de sorrir. "Tocar a vida para a frente" ".
Meia hora para mudar a minha vida, Alice Vieira
Ops! Esta imagem não segue nossas diretrizes de conteúdo. Para continuar a publicação, tente removê-la ou carregar outra.
Ela está bêbada.
James, Leela está bêbada.
-Nunca te faria isso.-suspiro, sem ter a certeza se ela me ouviu.
Leela hesita um pouco, mas por fim fecha a porta do meu carro e vai se embora. Caminha relutante até sua casa, e quando a vejo entrar, sou eu quem se vai embora.
Quando estaciono o carro na minha garagem, fico a pensar em toda esta cena que se passou no bar. Estou tão chateado e irritado! Como é que ela pode pensar que eu alguma vez lhe faria isso?
Mas também há uma pequena parte de mim que sabe que ela não é como outra pessoa qualquer. Leela é especial para mim, sem dúvida, mas usá-la dessa maneira? Para tentar esquecer Stacy? Nem eu conseguia sequer imaginar-me a fazer tal coisa, pelo menos intencionalmente...
Stacy era a minha confidente, claro, mas o que acontece agora? Ela sabe os meus altos e baixos, recaídas, tristezas e mágoas... E eu sei que tenho de seguir em frente, mas a questão que me atormenta dia e noite é sempre a mesma!
Como é suposto fazer isso?
-PORRA!- grito batendo com os meus punhos no volante do meu carro.
Eu preciso mesmo de ir dormir. O que eu realmente quero é que este dia acabe e a única maneira de o fazer é fechar os olhos, esperando que amanhã seja melhor.
Sem Stacy, sem Leelas, e por amor de Deus sem Colins.
***//***
Acordo e sinto uma grande dor de cabeça. Apesar de ter adormecido quase instantaneamente quando cheguei à minha cama, parece que não dormi nada durante a noite. Sinto-me tão cansado, que a primeira coisa que faço é dirigir-me à cozinha e beber um café.
-Deus, vai ser dia longo...- suspiro e ponho a caneca na pia.
Visto-me para ir para o trabalho e agarro nos projetos que a nossa empresa vai apresentar hoje. Podemos dizer que este dia é tão importante, que finalmente me sinto um pouco mais à altura do meu pai para o substituir.
Mas por outro lado é difícil, tudo isto não era possível sem ele, e agora, nem sequer está cá para ver os frutos do seu trabalho.
Mal chego à empresa, sou bombardeado por jornalistas. Apesar do meu cansaço, tento pôr o meu sorriso, mais cordial e responder algumas das perguntas. Por mais que odeie jornalistas, entendo perfeitamente que o acontecimento de hoje não é só importante para mim, mas também revolucionário para todo o mundo.
