Capítulo 10: Vasos fora de contexto levam a invasão de propriedade

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Acordo com o som do telemóvel a tocar, mas quem será a estas horas?

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Acordo com o som do telemóvel a tocar, mas quem será a estas horas?

A tela mostra um número que não reconheço, mas decido atender na mesma porque pode ser alguém importante. Fico completamente perplexa quando me apercebo que é o senhorio do apartamento de James a ligar-me, e fico ainda mais chocada quando ele me conta que James está descontrolado e a destruir praticamente o apartamento todo.
Desço rapidamente as escadas e procuro pelo raio das chaves do carro, assim que as encontro saio porta fora.

James é boa pessoa, mas desde a morte do nosso pai que ele tem andado cada vez mais descontrolado, e eu nunca consigo bem dizer algo para acalmá-lo, então normalmente conto com a ajuda de Liam, de quem me tornei próxima desde estes ataques do James.

Ponho o telemóvel a chamar para ele e enquanto o ele não atende, entro nesta cadeia de pensamentos sobre o meu pai. Mesmo apesar de ele ter sido meu padrasto, sempre o vi como um pai, ele e James foram a coisa mais próxima que tinha de família para além da minha mãe. Sinto imensas saudades dele, mas ao mesmo tempo compreendo o porquê de ele estar a reagir assim, durante muito tempo foi sempre ele e o seu pai, e sei que para ele, perdê-lo foi como perder o seu porto de abrigo. Uma lágrima solitária corre pela minha face, e sou trazida de volta à realidade pela voz de Liam.

-Kim? O que se passa?

-O James, outra vez.- digo suspirando. -Poderias vir ter ao apartamento dele?

-Kim, agora não me dava muito jeito, desculpa. Mas tu consegues ajudá-lo, ultimamente ele tem andado a progredir e a ficar mais controlado...- interrompo-o.

-Sim, tinha-me esquecido completamente do teu encontro com Samantha! Desculpa vos ter incomodado. Dá cumprimentos à Samantha! -quando estava prestes a desligar a chamada quando o Liam chama-me.

-Kim? A Mantha está a dizer que te pode passar o número da Leela se precisares, posso mandar-te mensagem se quiseres... - interrompo-o imediatamente.

-Não é preciso, como disseste não deve ser preciso. Para além disso não vou estar a incomodá-la!

-Mas, só para garantir que não precisas de nada. - recebo logo uma mensagem com vários números. - Adeus, e boa sorte.

Encaro a mensagem e digo a mim mesma que consigo fazer isto, mas por outro lado ele deve estar mesmo furioso ao ponto do seu senhorio me ligar. Respiro fundo e marco os números, mas uma voz masculina atende.

-Telemóvel da senhora Leela Smith, em que posso ajudar? -fico confusa, e começo a ouvir a voz de Leela atrás. -Trav, devolve-me o telemóvel!.- alguém toma o telemóvel, e ouço a voz de Leela.-Estou?

Nem acredito que estou mesmo a fazer isto, provavelmente ela estava com o namorado e fui interromper algo, mas tenho de me voltar a concentrar.

-Olá Leela! Aconteceu algo...-ela interrompe-me e soa preocupada.

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