• Capitulo Quatro - Você não é amiga dos caras que transa?

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• ARIANA GRANDE BUTERA •

Eu não fazia ideia de que horas eram, mas sabia que a claridade começou a me incomodar. Abri meus olhos devagar, deixando com que a luz entrasse nos meus olhos devagar.

A minha cabeça estava latejando e eu definitivamente não reconhecia o lugar onde eu estava.

Puxei o lençol que me cobria e notei que eu ainda estava nua, olhei ao meu redor e vi o garoto que eu havia conhecido ontem a noite deitado do meu lado, dormindo serenamente.

Levantei da cama com cuidado, vesti a minha roupa e peguei o meu celular, haviam inúmeras chamadas dos meus pais, mensagens de negócios e algumas da Amberly.

— Droga. — Praguejei.

Como posso ter deixado minha melhor amiga na boate?

— Você não está planejando ir embora sem se despedir né? — A voz rouca de Justin me assusta um pouco.

— Na verdade, eu estava. — Sou sincera com ele.

— Não vai aceitar nem um café? — Ele arqueia a sobrancelha.

— Aceito. — Dou os ombros.

Justin levanta da cama — então noto que ele está apenas de cueca —, ele deposita um beijo na minha bochecha e sai do quarto, provavelmente para me preparar um café.

Fico um pouco surpresa pelo o seu ato, mas não deixo isso me abalar, apenas recolho meus saltos e o sigo.

— O que você costuma comer pela manhã? — Ele pergunta, enquanto mexe na sua geladeira.

— Eu quero só o café. — Eu me sento em uma das baquetas.

— Você parece preocupada. — Ele comenta enquanto começa a fazer o café.

— Digamos que eu saí da minha casa após declarar guerra contra o meu pai e não voltei até agora. — Digo, rindo. — E agora ele está me ligando sem parar.

— Família complicada, suponho. — Justin coloca uma xícara na minha frente. — Se for o caso, eu entendo.

— Tenho certeza que seja qual for a sua experiência com famílias complicadas, a minha ganha. — Dou os ombros.

Justin serve café para mim e para ele, então se senta na minha frente.

— Acho que sou capaz de entender.

— Eu te conheci ontem a noite, tivemos uma transa sem compromisso e eu não estou esperando mais que isso. — Sou evasiva. — Você não precisa fingir que se importa com os meus problemas porque tirou a minha calcinha.

Ele começa a rir e eu não seguro a minha confusão.

— Falei algo engraçado?

— Eu sou um ser humano, você está preocupada e eu estou tentando ser gentil. — Ele diz, simples. — Não estou fingindo que me importo com você porque transamos ontem a noite.

Eu bebo um pouco do café que ele fez, isso sem dúvidas está muito bom.

Talvez eu esteja mais agradecida pelo café do que pelo oferecimento de um ombro amigo. O café pelo menos me fará pensar melhor.

— Não me leve a mal Justin, até porque você parece ser um cara legal, mas a última coisa que você quer fazer é se meter no meio da minha família extremamente complicada. — Dou os ombros. — Acredite em mim.

— Você pode ter razão. — Ele me olha nos olhos. — Mas, se precisar de alguma coisa, pode contar comigo.

— Não me diga que você quer ser meu amigo? — Eu sorrio de canto.

— Você não é amiga dos caras que transa? — Ele ri.

— Não, mas algo me diz que você pode ser muito útil. — Eu tenho um sorriso estranho no rosto agora. — Até onde você está disposto a ir para ser meu amigo?

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