• Capítulo Oito - Por favor, sem perguntas

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• ARIANA GRANDE BUTERA •

A minha noite definitivamente foi um porre, eu nunca estive tão entediada e só o que me salvou foi a troca de mensagens com Justin.

Mas infelizmente, meus pais não foram os únicos a perceberem que eu não estava nenhum pouco interessada nesse maldito jantar. Por sorte da minha família e azar meu, os pais de Travis e ele estavam animados demais com esse casamento para se incomodarem com o meu comportamento ruim.

Contudo, quando a família Milles deixou a minha casa, eu apenas cruzei os meus braços e esperei que todos os ataques viessem.

Eu já estava acostumada com ele e precisava ser forte se quisesse ganhar essa.

— Que tipo de completamente horrível foi esse que você teve essa noite, Ariana? — Meu pai me encara, com raiva. — Eu não sabia onde enfiar a minha cara com os olhares que os pais do Travis me davam.

— E como uma filha que está sendo empurrada como moeda de troca deve se comportar? — Debocho. — Sorrindo para eles, fingindo que eu estou adorando a ideia de me casar com esse idiota do Travis?

— Ariana, por Deus. — Minha mãe não aprova o meu comportamento.

— Você está se mostrando uma verdadeira decepção para essa família, Ariana. — Meu pai murmura. — Eu estou prestes a infartar com esse seu comportamento.

— Pois você deveria estar feliz que eu participei dessa merda de jantar por sua causa! — Eu digo, firme. — Você deveria estar feliz que eu não gritei aos quatro ventos o quanto eu odeio essa aliança e esse casamento arranjado.

Eu sei que eu estou a um passo de chorar, mas eu me nego a derrubar uma lágrima sequer por causa da minha família, pelo menos na frente deles.

— Você deveria se orgulhar do marido bom que arranjamos para você. — Meu pai diz, furioso. — Eu não posso acreditar que minha filha prodígio, rica e desejada, está rebelde assim por causa de um motorista.

Não adiantava o quanto eu erguesse a minha voz, para ele, tudo sempre seria por causa do Castiel.

Mas será que ele não entende que isso tudo é por minha causa?

— Eu desisto de tentar conversar com você, papai. — Pego as chaves do meu carro e a minha bolsa.

— Onde você pensa que vai? — Ele questiona.

— Para qualquer lugar que me deixe bem longe de vocês. — Eu quase cuspo as palavras. — Porque se o significado de família para vocês é ser aprisionada a um casamento que eu não quero e me orgulhar disso, eu dispenso essa família.

— Ariana, filha..

Minha mãe tenta se aproximar de mim, mas eu me afasto ainda mais dela.

— Você sabe que eu estou certa, mas é submissa demais para ir contra o papai. — A olho. — Você aceitou isso, eu não pretendo cometer esses mesmos erros.

Não espero a resposta de nenhum deles, apenas saio da minha casa.

As lágrimas inundam meus olhos na medida que eu ligo o carro e saio cantando pneu.

Eu tinha opções, mas só havia uma pessoa que eu sei que não me faria perguntas no momento que abrisse a porta para mim.

Eu precisava ver o Justin.

Dirigi até a casa dele, estacionei o carro em frente de seu prédio e subi as escadas como se meu corpo precisasse disso, limpei as minhas lágrimas no momento em que toquei a campainha e rezei para que ele estivesse em casa.

— Ariana? — A surpresa em seu rosto quando ele abriu a porta, foi evidente.

— Por favor, não me pergunta nada, só me deixa entrar. — Eu pedi.

Ele não disse mais nada, apenas abriu espaço para que eu entrasse e fechou a porta quando eu já me encontrava na sala.

— Você está bem? — Ele não segura sua pergunta. — O que aconteceu?

— Por favor, sem perguntas. — Eu segurei o seu rosto e o beijei.

No início, ele ficou surpreso, mas não hesitou em retribuir o meu beijo.

Nunca pensei que faria sexo para se vingar do meu pai, isso é loucura, mas ainda sim é tudo o que eu preciso agora.

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