• Capitulo Seis - Carta na manga

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ARIANA GRANDE BUTERA •

No momento em que eu cheguei em casa começou a falação dos meus pais e eu não estava nenhum pouco preocupada com isso, porque na realidade, eu já esperava algo do tipo.

— A família Milles já chegou e não havia nem sinal de você, Ariana. — Minha mãe me analisa. — Onde você esteve todo esse tempo?

— Eu não pedi para vocês chamarem eles, isso é totalmente problemas de vocês! — Bufo. — Eu não dou a mínima para a família Milles!

— Pois deveria, porque o filho deles Travis será o seu marido. — Meu pai sorri de canto. — Um marido deve colocar você na linha.

— É sério que essa é a forma que vocês encontraram de me punir? — Eu ri. — Me obrigar a casar com um cara que eu não gosto por causa dos negócios?

Não há como negar o quanto isso é previsível da parte deles.

— E de quem você gosta? — Meu pai debocha. — Do Castiel?

— E se for?

— Você nunca mais vai vê-lo! — Meu pai quase grita comigo. — Agora você vai para o seu quarto tirar esse cheiro de álcool de você, vai se arrumar e vai ser a menina mais dedicada e ansiosa para o casamento.

— Nem morta.

— Ariana, por favor. — Minha mãe praticamente me implora. — Faça o que o seu pai está mandando, não arrume mais problemas.

— Você passou a sua vida inteira seguindo ordens de homens, primeiro do seu pai que te obrigou a se casar e depois do papai que te colocou em uma linha de submissão! — Eu a olho nos olhos. — Isso é vida para você mãe, mas não para mim!

— Garota insolente! — Ele avança contra mim, mas não me bate. — Se você almeja que eu tenha algum respeito ou consideração por você, faça o que eu mando.

— Eu passei a minha vida inteiro tentando ser alguém que você gostasse, pai. — Balanço a cabeça em tom de negação. — Cansei de ser perfeita para você, agora eu quero ser eu mesma, não importa o que isso signifique.

As mulheres da minha família precisam de uma lição de feminismo e amor próprio, isso sim.

— Ariana, por favor.

Não que meu pai vá bater na minha mãe, mas sei que ela sofrerá as consequências pela minha desobediência.

— Não pense que ganhou essa porque decidiu vender a sua família por uma aliança no mundo dos negócios. — Eu o olho com desprezo.

— Eu iria deixar você escolher, mas você não me deixa escolha, Ariana. — Meu pai argumenta. — Sua atitude se tornou insustentável.

Me pergunto por que eu devo ser tão punida assim?

Pelo simples fato que eu sou uma mulher que decidiu ter o controle de sua vida em suas próprias mãos e transou com um cara?

Isso soa patético.

— Nós dois sabemos que não importa o que eu tenha feito, no final do jogo, você ainda sim me empurraria para o Travis. — Digo. — Sou um pedaço de carne sendo entregue a um par de enguias para te proteger.

Meu pai sempre quis forçar uma interação entre mim e o Travis, filho de um de seus sócios.

Como eu sempre fui a boa garota, os olhares da família dele focaram em mim como lobos famintos.

Ele gostou de mim, mas tudo o que eu conseguia fazer quando estava perto dele, era me segurar para não revirar os olhos.

— Faça o que eu mando. — É a última coisa que ele diz.

Ele sabe que eu estou certa.

— Não pense que ganhou, ainda só estamos começando. — Eu me viro e subo as escadas.

Eu ainda tenho uma carta na manga e ele se chama Justin.

Traditional FamilyOnde histórias criam vida. Descubra agora