• Capitulo Um - Você arruinou essa família

442 24 46
                                    

• ARIANA GRANDE BUTERA •

Eu estava farta de regras, talvez seja por isso que eu sempre fiz questão de quebra-las.

Para a minha família sempre haveria um código a ser seguido, beber socialmente e apenas champanhe, transar apenas depois do casamento, nunca mudar o modelito e isso significava estritamente que mais de uma guloseima por dia era proibido.

Códigos do passado, eu diria, afinal, estamos no século XXI, mulheres bebem tanto quantos os homens ou até mais e não problema nisso, mulheres gostam de ter orgasmos e isso não deveria ser concedido apenas aos homens terem o direito de obte-los antes do casamento, mulheres podem ter o corpo que elas quiserem porque não precisam de homens para acha-las bonitas.

Somos o que somos e quem não estiver bem com isso que procure outra, opção que não vai faltar.

— Isso foi.. uau. — Castiel murmura ainda ofegante quando me puxa para os seus braços.

Eu nunca segui essas malditas regras, mas sabia o quanto elas eram importantes para a minha família, então fazia questão de ignora-las atrás dos holofotes, porque na frente deles, eu era a boa garota que todo mundo esperava que eu fosse ser.

— Sim. — Eu pego meu celular, ainda nua na cama do meu motorista.

Éramos um lance casual, mas eu sabia que era assim porque eu queria, porque se dependesse dele já seríamos um casal assumido.

— Quais os seus planos para você? — Ele levanta da cama e veste a sua cueca. — Precisa de mim?

— Por que? — Questiono, ainda sem desviar os olhos do meu celular.

— Seu pai me deu o dia de folga hoje. — Ele dá os ombros. — Por isso tivemos algo mais intenso e não apenas uma rapidinha antes de voltar ao trabalho.

Algo intenso, ele quis dizer uma foda a mais.

— Não sei. — Digo, sem importância. — Mas se eu precisar de você, eu te aviso.

Mal termino de completar a frase quando a porta do meu quarto é aberta abruptamente, meus pais estão lá e eu basicamente por reflexo cubro o meu corpo ainda nu.

— Eu sabia! — Meu pai grita. — Eu te disse, Marta, eu te disse que eles estavam tendo um caso.

Eu via a decepção nos olhos dos meus pais, mas eu estava mais com raiva de ter sido pega do que necessariamente arrependida por ter quebrado as regras.

— Por Deus, filha. — Minha mãe praticamente corre até a cama, me puxando para fora da mesma, me ajudando a me enrolar no lençol. — Que pecado.

— Dá um tempo, mãe! — Eu me livro dos seus braços.

— Você arruinou essa família. — Meu pai alega.

— Eu arruinei essa família? — Eu não seguro a minha risada de escárnio. — Só por que eu transei?

Eu sabia que provavelmente estava piorando as coisas, mas agora eu não me importo.

— Você sabe o que pensamos disso! — Meu pai parece estar com repulsa. — Desde quando essa merda anda acontecendo?

— Richard! — Minha mãe o repreende.

— Você falou merda, Deus não vai mais te receber no céu de braços abertos! — Debocho. — Essa merda acontece desde que eu decidi que estava na hora de perder o lacre.

— Por Deus, Ariana. — Minha mãe me encara, severamente.

— Você, fora da minha casa! — Meu pai encara Castiel com ódio. — Você está demitido.

— Você não pode fazer isso! — Eu quase grito quando noto Castiel abaixar a cabeça.

— Eu sou o dono dessa casa e sou seu pai, eu posso fazer o que eu bem quiser. — Meu pai é autoritário.

— Essa merda aqui, todo o tempo escondida foi para poupar vocês dois, mas quer saber? — Eu me aproximo do meu pai, olhando para ele fixamente. — Eu estou cansada de ser a garotinha do papai.

Meu pai levantou a mão, eu que nunca tinha apanhado, senti que esse momento tinha chegado.

— Richard, não. — Minha mãe quase implora. — Ela é nossa filha.

— Você me envergonha, Ariana. — Ele murmura, com desprezo.

Castiel começou a recolher as suas coisas em silêncio e eu me neguei a abaixar a cabeça.

— Você ainda não viu nada, papai. — Eu sorrio. — Se você acha que jogar por debaixo dos panos é ruim o bastante, espera até eu mostrar a vocês o meu verdadeiro jogo.

Eu deixei o quarto do nosso motorista, ainda nua enrolada apenas em um lençol, não esperei pela resposta e nem pelo o que estava prestes a acontecer.

Eu apenas joguei, porque de uma coisa eu sabia, se meus pais não souberam aceitar o meu modo bom de fazer as coisas, eles sem dúvidas não estavam prontos para conhecer o ruim.

Eu não contava que teria uma ajuda especial com isso, a ajuda de Justin.

Traditional FamilyOnde histórias criam vida. Descubra agora