• Capítulo Trinta-Oito - Morto para mim

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ARIANA GRANDE BUTERA •

Quando o dia nasceu, a minha cabeça estava latejando por causa de todo o álcool que eu havia tomado. Olhei ao meu redor e Castiel ainda estava dormindo serenamente ao meu lado.

É claro que ele ignorou tudo de ruim que eu havia dito no momento em que eu bati na sua porta com duas garrafas de whisky. Eu precisava esquecer e Castiel sempre foi uma boa distração.

Vesti a minha roupa e peguei o meu celular.

Havia muitas ligações, tanto de Justin quanto dos meus pais. Meu telefone começou a tocar e o nome de Justin estava brilhando na tela, anunciando que ele estava me ligando.

— Bom dia. — Escuto a voz do Castiel.

Eu não sei se foi a minha movimentação no quarto ou se foi a ligação que o fez acordar.

— Bom dia. — Jogo o celular que ainda está tocando na minha bolsa e recolho o meu sapato.

— Deixa eu adivinhar, você conseguiu o que você quer e agora você está indo embora? — Ele arqueia a sobrancelha. — Isso é baixo até para você.

— Se você quisesse me dar algum tipo de sermão, tinha que ter me dado ontem quando eu bati na sua porta com o rabo entre as pernas. — Reviro os olhos. — Não enche meu saco que eu estou sem paciência.

— Agora você vai voltar para ele? — Ele me questiona.

É claro que depois de algumas biritas, a minha boca ganhou vida própria e eu acabei contando a ele o que houve entre mim e o Justin.

— Ele está morto para mim, mas acho que vou precisar ser um pouco mais clara já que ele não para de ligar no meu celular. — Bufo.

— O que vai fazer agora? — Ele indaga.

— Nada que seja da sua conta, agora, tchau.

Me viro e deixo o seu quarto, mas não antes de ouvir ele dizendo.

— Se quiser repetir isso, basta aparecer aqui.

Dou risada enquanto coloco meus óculos escuros que sempre ficam na bolsa.

Deixo a casa do Castiel e no momento que eu entro no meu carro, meu celular começa a tocar novamente.

— O que foi, inferno? — Eu pego o mesmo e atendo com toda a fúria dentro de mim.

— Ariana? No momento em que a voz da Amberly preenche a linha, eu suspiro. — Está tudo bem?

— Me desculpa, eu achei que fosse outra pessoa.

— Essa pessoa por acaso é o Justin? — Ela pergunta.

Como você sabe? — Franzo a testa, mesmo sabendo que ela não me vê.

— Ele está na minha casa, ele me disse que te ligou mil vezes e você não atendeu, ele está preocupado com você e achou que você me atenderia. — Ela suspira. — Eu não estou entendendo nada, eu sequer sabia que ele tinha noção de onde ficava a minha casa.

— Eu não acredito que ele pôde ser tão baixo assim. — Eu estou fervendo de ódio. — Seja como for, você vai ficar sabendo de tudo quando eu chegar aí.

É claro que ele usou seus contatos para conseguir informação sobre a Amberly, é isso que significa ter poder, você não procura, você manda alguém fazer o serviço.

— Por que eu estou sentindo que essa conversa não vai ser boa? — Amberly suspira. — De qualquer forma, estamos te esperando.

— Chego em 10 minutos. — Desligo o telefone.

O plano inicial era ir para outro lugar, mas já que Justin quer tanto a minha atenção, ele vai tê-la e garanto que ele não vai gostar.

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