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Louis nunca deixou de pensar no acordo feito seis anos atrás, as vezes ele se pegava pensando em como seria Harry Edward Styles, o rei sangrento. As coisas que ele sabia sobre o mesmo vinham de histórias repetidas pelos seus criados.

Ele sabia que este acordo era inteiramente político, e foi necessário após a morte de sua mãe.

- Milorde? - alguém bate na porta de seus aposentos.

- Entre. - ele diz em um tom suave.

- Milorde, o seu pai me pediu para trazer o seu traje. - o criado diz, colocando um belo conjunto de vestes na poltrona.

- Tudo bem, você já pode ir.

Louis estava na janela de seu quarto olhando para a carruagem elegante e com belos cavalos ferozes que acabara de chegar. Lá fora estava frio, o vento forte indicava isso, mas ainda estava uma linda manhã de inverno. Louis tirou os seus olhos do jardim e da carruagem misteriosa e por alguns minutos observou a veste entregue para ele. Era um conjunto púrpura com detalhes dourados nas mangas e no abdômen, não era uma roupa para um dia comum e ele sabia para o quê estaria se vestindo.

O jovem se vestiu e logo desceu para o salão principal procurando saber se este era seu último momento no lugar que ele passou toda a sua vida, mas isso não precisava ser confirmado, ele já havia se preparado para isso. Todos os detalhes daquela fortaleza estavam em sua cabeça, ele decorou tudo o que pôde sobre o seu lar e as pessoas que amava durante esse tempo, para que não se esquecesse, tudo já tinha sido planejado e revisado milhares de vezes para esse momento.

E lá estava uma coisa planejada que ele tinha muito medo, no salão principal se encontrava dois homens, o seu pai e outro bem jovem, provavelmente a pessoa que estava naquela carruagem para te levar. Louis agiu como foi ensinado em suas aulas e como as pessoas sempre esperavam dele, ele deveria ser responsável com os seus deveres como primogênito.

- Filho, este é o sir Malik, ele foi enviado pelo rei Edward para te levar. - seu pai disse rapidamente assim que viu seus olhos de curiosidade.

- Milorde. - disse o rapaz fez uma reverência. - Vossa majestade o rei aguarda para a cerimônia.

- Pai, as minhas coisas já estão prontas, peça para os criados levarem-nas para a carruagem, - ele diz rapidamente e sem questionar a rapidez com que isso estava acontecendo. - eu não quero me despedir de minhas irmãs. - Louis diz de uma forma dura, ele supôs que seu pai diria isso vendo os gestos do mesmo, ele já tinha pensado nessas coisas há muito tempo e assim seria melhor para todos em seu íntimo ele sabia poderia voltar para Doncaster em uma breve visita logo depois da cerimônia.

- Tudo bem. - o mesmo tentou dá um sorrisinho de coragem, mais para si mesmo do que para Louis.

O garoto com um destino marcado foi conduzido para a carruagem que aguardava lá fora, ele adentrou a mesma sem olhar para trás. Depois de alguns minutos esperando, sir Malik o avisa que tudo está pronto para a partida. E assim Louis vai embora deixando um grande pedaço de seu coração, sua família sempre teria um pedacinho dele.

Demoraria um dias para chegar em Leeds com a velocidade dos cavalos que estavam puxando a carruagem, mas era um caminho bastante perigoso.

Louis deu uma boa olhada em seu acompanhante, seu rosto jovem era como um espelho para ele, fazendo com que ele visse seu destino. Ele estava indo se casar com um homem que nunca viu na vida, um homem que todos temiam, inclusive ele. E não sabia como lidar com aquilo. Seus estudos e planos eram só isso, tudo teoria e ele iria viver a prática pela primeira vez em um dias.

Quando o sol se pós Louis se permitiu cochilar, pois as noites anteriores não formam muito boas para si.

- Milorde? - Ele escutou alguém chamar. - Milorde? - Ele abriu os olhos e ele se acomodou em seu acento, sir Malik fez o mesmo. - Estamos próximos de onde a guarda real e o rei vão nos encontrar.

Os fatos em seguida aconteceram de forma rápida e desagradável.

A carruagem parou de repente, o jovem Malik se assustou, Louis percebeu que essa parada não estava planejada. Eles ouviram um gemido vindo do lado de fora.

- Milorde se abaixe, não deve ser nada. - sir Malik disse.

O menor seguiu o comando dado a ele. Sir Malik abriu a porta da carruagem e saiu para averiguar o que havia ocorrido na noite escura, deixando Louis sozinho.

- Quem está aí? - Sir Malik grita. - Pelos deuses! Quem fez isso?

Louis ouviu o jovem acompanhante dizer, ele sentiu algo bater muito forte contra a carruagem, fazendo ela balançar e os cavalos se agitarem. Ele continuou abaixado. Louis ouviu alguns passos em direção a porta da carruagem, ele esperava ser sir Malik, mas para a sua infelicidade uma figura irreconhecível aos seus olhos abriu a porta com uma espada na mão.

- Boa noite senhor. - um homem horrível o saúda com um sorriso no rosto.

- O que você quer? - Ele diz com pânico na voz, Louis sabe muito bem que tipo de pessoa ele é e o que ele quer.

- Você vai descobrir gracinha! - o homem diz e o puxa de uma forma brutal para fora da carruagem onde se encontra sir Malik caído ao lado da carruagem e vários outros homem armados com espadas, arcos e flechas, suas vestes esfarrapadas os denunciam, eles são saqueadores. Eram de nível miserável e repulsivo.

Louis não sabe o que fazer, ele está com medo, ele nunca havia passado por situação semelhante em Doncaster, a cidade era tão bem protegida.

- Leve o que quiser, por favor não me machuque! - ele diz tentando soar o mais digno possível.

- Nós vamos levar tudo! - Diz um dele chegando mais perto.

Havia em torno de vinte homens, todos estavam observando e rindo daquela cena. O homem colocou Louis de joelhos no chão e o segurou pelos cabelos com brutalidade. A respiração de Louis ficou pesada, seus olhos não aguentavam segurar as lágrimas, mas ele não conseguia gritar o pânico o dominava.

- Corte a garganta dele e mande um recado para aquele rei imundo! - Disse um deles que estava mais distante, fazendo com que os outros gritassem em concordância.

- Por favor, n-não, n-não, por favor... - Louis implorou entre as lágrimas.

- Cala a boca! - Disse o homem que o segurava pelo cabelos e todos deram gargalhadas.

Porém Louis continuou a suplicar, o garoto sentiu algo bater bem forte em sua cabeça fazendo sua visão ficar embaçada, segundos depois ele ouviu gritos e em seguida sentiu seu opressor soltar seus cabelos.

- Ele está bem? - Uma voz preocupada e ofegante grita para alguém em meio aos gritos e sons de duelo.

E isso foi a última coisa que Louis conseguiu se lembrar desse dia.

prometido ao rei Onde histórias criam vida. Descubra agora