Eternos

Capítulo 1 - O começo de tudo

Um garoto comum que vive em uma cidade escondida no Canadá, sem muitos prédios e nem muitas coisas de cidade grande, no auge dos seus 17 anos, Ryan tem tudo o que quer e precisa. Tem pais ricos, é bonito, inteligente, se dá bem na escola e todos ao seu redor o amam. Aquele tipico adolescente, jogador de futebol, que acha que pode conseguir tudo o quer, mas talvez ele esteja um pouco enganado.

Ryan Di laurentti, esse é seu nome, tem o charme que encanta, mas a arrogância que o destrói, bom, talvez ele não seja tão amado assim.

- Filho, acorda vai se atrasar - Melissa Di laurentti, mãe de Ryan, bate na porta o apressando.

- Já vou, da pra me deixar em paz, que merda!!

O pai escuta o filho gritar do banheiro e vai até o quarto.

- Abra a porta agora!!! - o pai fala mais alto, batendo na porta com força.

Ryan se dirige até a porta e a abre, com certo temor do pai, ele desvia o olhar.

- Olhe em meus olhos Ryan, é melhor respeitar sua mãe e a mim, não somos seus amigos e da próxima vez que nos desrespeitar vai perder o que voce mais ama - o pai de Ryan, John Di laurentti, o ameaça.

- Você não tem esse direito!! - Ryan rebate.

John furioso, tapeia o rosto de Ryan, que fica imóvel.

- Já disse que não sou seu amigo, não queria ter que te bater, mas você precisa aprender a me respeitar, garoto - ele se vira e vai para o trabalho em seguida.

A mãe de Ryan se entristece pela situação e abraça o filho, que desdenha do seu carinho.

- Me solta, estou atrasado, é melhor eu ir tomar banho.

A vida de ninguém é tão perfeita assim, tudo tem um preço, inclusive tudo que ele tem. Ryan é adotado, descobriu a algumas semanas os documentos na mesa do escritório de seu pai.
Adoção, era essa a palavra que Ryan nunca vai esquecer, eles, seus pais tão amados, na verdade não eram seus pais. Desde esse dia infeliz, Ryan nunca mais foi o mesmo, amoroso e carinhoso, agora a arrogância, ignorância e soberba, o dominavam.

- Já estou indo, não me espere, vou voltar tarde hoje.

Melissa o observa ir embora, ainda pensando em como tudo poderia ter sido diferente, se eles tivessem sempre dito a verdade sobre a criança que eles adotaram.
Mas tudo bem, todos nos carregamos segredos e mentiras, ninguém nos conhece totalmente, apesar de que a verdade sempre aparece, seja ela boa ou ruim.

Ryan pega o seu carro e dirige até a escola, enquanto escuta uma música alta e fuma um baseado. Algo que nunca havia feito antes, mas agora faz, talvez por estar com raiva ou triste por ter descoberto mentiras tão pesadas, ou por que agora ele se sentia...perdido.

Quando ele chega na escola, estaciona o carro na vaga de estudante e se dirige até a sala de aula. Se senta na última carteira, da fila do meio e deita a cabeça sobre a cadeira.

- Ryan!! - ele escuta chamarem seu nome.

- Que bom saber que está dormindo na minha aula - diz o professor em tom de ironia - detenção e nada de jogo hoje.

- O que?! Tá de sacanagem.

- É melhor sentar e calar a boca, se não fica a semana inteira sem jogar.

Ele se senta e fica calado durante toda a aula.
Quando toca o sinal, ele se levanta em direção a porta, mas o professor o interrompe.

- Ryan! Na minha mesa por favor.

Ele dá meia volta e pergunta.

- O que foi?

- Pode se sentar aqui por favor? - o professor aponta para uma carteira.

Ryan vai até a carteira, mas não senta, apenas se escora.

- O que está acontecendo com você? Não era assim, nunca foi de dormir na minha aula, de umas semanas pra cá você tem estado totalmente diferente, quer me dizer o que está havendo?

- Não, aliás, seria melhor se o senhor cuidasse da sua vida.

Como um idiota, Ryan sai da sala revoltado.
E é abordado no corredor por seu ex-amigo, James Hasel.

- Vai agir assim agora?

- Ah, me deixa em paz vai.

- O que tá fazendo? Tá agindo como um idiota, entrou pro time de futebol, dorme durante as aulas, não fala mais comigo e nem com a Bryanna. Nem sei mais quem é você.

- Nem eu sei James, nem eu sei... - ele sai andando em direção a cantina.

Logo em seguida, ele pega seu almoço e se senta com os outros jogadores. Todos eles intertidos na conversa, enquanto Ryan está com a cabeça em outro lugar, seu corpo esta presente, mas sua alma não.

Até que um dos garotos coloca o pé na frente de uma garota, para ela cair. Rapidamente ela da um mortal e a bandeja permanece intacta com seu almoço em cima.

- Se eu perdesse meu almoço, você iria pagar caro - ela diz irritada.

Todos ficam a encarando e ela se senta tranquila em uma mesa para almoçar.

- Quem é ela? - Ryan pergunta curioso.

- Ainda não sei, parece que é nova - um deles palpita.

- É nova sim, veio transferida do México - um confirma.

- México, porra! Veio de longe - ele fica intrigado com a garota.

Todos continuam almoçando, após terminar de almoçar, Ryan vai em direção a garota, que está na mesa ao lado e começa a fazer perguntas.

- Veio do México?

- Se já sabe, por que pergunta?

- Para ter certeza. Qual seu nome?

- ... - ela fica em total silêncio.

- Qual seu nome garota? Responde! - Ryan insiste.

- Não sei se você percebeu, mas eu não estou afim de dizer, agora vaza e não enche.

- Só saio quando me dizer seu nome - ele puxa uma cadeira e se senta.

Ela se levanta em seguida e diz:

- Então fique sentado, idiota.

Ryan se levanta, vai até ela e segura seu braço.

- Me diz seu nome.

Ela rapidamente, segura o braço dele e o golpeia, fazendo-o girar.

- Tambom, então não diz - Ele diz segurando o braço que está doendo, devido ao golpe.

O professor aparece e os observa.

- Pra direção, os dois.

- Pode me dar uma ajudinha? - Ryan pergunta, estirado no chão.

Ela o ignora e passa por cima.

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"Quando te vejo, não sei o que acontece, mas algo me trás até você."