- Você só pode estar de brincadeira com a minha cara. - diz Sophia ao segurança na porta do seu camarim.
- Não estou, ele está lá fora e diz que tem o seu crachá.A pausa do almoço de Sophia foi interrompida por Mark, o segurança, trazendo a notícia que havia um cara esperando por ela na entrada do set e ele tinha o cartão de acesso dela. Só podia ser ele, o cara da boate. Ela ainda não acreditava que tinha dado o cartão a ele por vontade própria, mas o fato dele saber até o endereço do set lhe incriminava completamente. A pessoa que ela se tornava bêbada lhe dava nos nervos.
- Eu vou lá com você. - Ela diz.
Ainda cercado por alguns seguranças, o mesmo garoto da festa a esperava junto à barra de contenção. Ele sorri ao vê-la, mas ela não devolve o gesto, apenas faz um sinal com a cabeça para que o segurança o deixe entrar. Antes que ele chegasse perto o bastante para falar qualquer coisa, ela faz um aceno com uma cabeça para que ele a siga e o leva até seu camarim.
Agora, o observando à luz do dia, Sophia daria uns 17 anos de idade para ele, o que ela torcia para que fosse só um chute muito errado. O garoto parecia animado e não percebia a frustração no semblante de Sophia, que se sentou o mais longe possível dele, visto que era um camarim pequeno.
- Primeiro de tudo, como você tem o meu cartão?
- Nossa, bom dia para você também. - O sorriso convencido dele desapareceu.
- Olha, me desculpa, mas eu não tenho muito tempo. Por favor, me diz logo o que você quer.
- Você não se lembra, não é?
- Me lembro do quê?O menino deu um riso curto e jogou o cartão em cima da mesa de maquiagens.
- Você me deu o endereço de onde você trabalhava e o cartão de acesso ontem, na festa. Você disse que queria que eu viesse te ver. Não sou nenhum psicopata, se quer saber.
Sophia já sabia que foi isso o que aconteceu, mas ainda assim, ouvir isso da boca dele a deixou sem ação. Por que diabos ela tinha feito isso? Ela sequer lembrava do nome do garoto. É isso, ela definitivamente havia chegado no fundo do poço. Nunca, em toda a sua vida, ela havia se entregado a esse ponto para alguém que mal conhecia. Uma coisa era dar o telefone e nunca atender as ligações, outra coisa era dar o endereço do trabalho e, pior ainda, o cartão de acesso.
- Olha... - Sophia levou a mão ao rosto e fez uma careta para lembrar o nome do garoto que o segurança havia acabado de falar.
- Kyle.
- Isso, Kyle. Me desculpa, tá? Isso foi um erro, eu não estava no meu juízo perfeito ontem e...
- Pensei que você seria diferente.
- Desculpe, o quê?
- Pensei que você fosse ser especial. Eu senti que a gente tinha... uma química.Sophia segurou o riso.
- Mas agora eu percebo que você é exatamente igual a todas as outras...Vadias de Los Angeles.
Ele disse isso? Ele não disse isso. Disse? Não é possível que ele tenha tido essa audácia. Sophia sentiu seu sangue começar a ferver, o garoto continuava a encarando com ar convencido.
- Pra mim chega. - Sophia se levantou completamente possessa e foi para cima dele, apontou o dedo no rosto do menino e disse:
- Garoto, quem você pensa que é para me ofender desse jeito? Sai daqui! Agora! - À princípio, Sophia fica um tanto assustada com suas próprias ações, pois nunca havia agido tão agressivamente assim. Ao passo que também nunca havia sido insultada desse jeito, ao menos, não pessoalmente.
- Eu vim para outra coisa, mas...
- Some daqui! - ela dá as costas para ele e leva as mãos às têmporas, como se desse a chance dele sair sem perturbá-la mais. Só que ao invés disso, o teimoso Kyle se aproxima dela e tenta abraçá-la por trás.
- Eu não vou embora agora, só vou depois que você...
- Eu não acredito! Seu idiota... - Sophia se desvencilha dos braços dele, vermelha de raiva, abre a porta e começa a gritar no corredor. - SEGURANÇA!
- Estou decepcionado com você. - O menino se aproxima lentamente dela, com as mãos para trás.
- SEGURANÇA! - Sophia gritou ainda mais forte, mas quem apareceu foram Dylan, Tyler e Daniel.
- O que está acontecendo? - Dylan perguntou.
- Esse garoto está me incomodando e se recusa a sair.
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𝑩𝑹𝑶𝑲𝑬𝑵 𝑷𝑹𝑶𝑴𝑰𝑺𝑬𝑺
FanfictionO amor anda por caminhos tortuosos quando se escolhe ser artista. Sua vida se torna pública, é inevitável. Isso tudo pode se tornar cansativo para qualquer pessoa normal. Apesar de estarem sob o olhar sedento da mídia o tempo inteiro, Dylan O'Brie...