Como sempre, o relógio biológico de Ava a despertou antes de Sara na manhã de sábado e a luz mortiça que adentrava pela janela lançava um brilho sobrenatural sobre a loira, como se ela fosse salpicada por pó de fada durante a noite. Apesar de estar quente sob as cobertas e com Sara pressionada contra ela, o ar do quarto estava gelado pela geada da manhã e Ava precisou se desvencilhar com cuidado dos braços da namorada, sorrindo quando Sara gemeu e agarrou um travesseiro em seu lugar.
Caminhou até a janela e a fechou o mais silenciosamente possível, não se incomodando nem um pouco com sua nudez. Não era como se houvesse muitas pessoas vagando pela floresta àquela hora e todas as lendas deviam estar tão adormecidas quanto Sara.
Ava voltou para a cama e puxou Sara para seus braços, o que foi muito mais fácil do que afastá-la. Mesmo dormindo, Sara parecia reconhecer Ava pelo cheiro e buscá-la durante a noite, talvez fosse só mais uma coisa de lobisomem mas ela gostava de pensar que era apenas por ela.
- Você está fria – Sara reclamou em um resmungo.
- Você deixou a janela aberta.
Sara resmungou algo ininteligível e voltou a esconder o rosto no pescoço de Ava, suspirando como se quisesse ser engolfada pelo cheiro. Ela entendia o apelo de deixar a janela aberta e poder olhar as estrelas enquanto ambas caíam lentamente no sono, quase sempre após o êxtase do sexo apaixonado, o som da floresta que pululava de vida noturna era como uma cantiga de ninar tão antiga quanto a própria terra e era cativante tanto pela delicadeza quanto pela brutalidade.
- É cedo – Sara reclamou, o som abafado por continuar colada em seu pescoço – Volte a dormir.
Ava não respondeu, permitindo-se se aconchegar junto à Sara e aspirar seu cheiro reconfortante que a embalavam confortavelmente; ela cheirava à pinheiros, mel e algo selvagem que era apenas Sara; Ava não demorou a cair no sono novamente, embalada pelo aroma da namorada e o calor agradável do quarto.
A próxima vez que acordou Ava sentiu um arrepio percorrer seu corpo exposto e o calor quente e úmido da língua de Sara traçando seu abdômen.
- Sara... – suspirou – O que está fazendo?
Sara não respondeu, continuou distribuindo pequenos beijos e mordidas pela barriga de Ava até chegar à suas coxas e gentilmente afastá-las para se posicionar entre elas; Ava ofegou quando a namorada não perdeu tempo brincando e foi direto ao seu clitóris, passando a língua pelo feixe de nervos antes de fechar os lábios e sugá-lo.
Ava agarrou os cabelos da namorada para mantê-la no lugar e rebolou contra seu rosto, em reposta ao estímulo Sara cantarolou em aprovação e enterrou o rosto nas dobras encharcadas de Ava.
- Não pare! – gemeu.
Sara segurou as coxas da namorada e redobrou seus esforços até que o corpo de Ava convulsionou com o orgasmo.
- Bom dia – Sara sorriu e beijou a coxa da namorada – Dormiu bem?
- E acordei melhor ainda. Vem aqui.
Sara subiu e a beijou, fazendo com que Ava provasse seu gosto nos lábios da namorada.
- Eu não posso – Sara gemeu e se afastou quando Ava tentou aprofundar o beijo – Vou fazer seu café da manhã e pensei que poderíamos planejar nosso dia juntas.
- Você me acordou, me deu orgasmo e vai fazer o café da manhã? Uau!
- Você tirou a sorte grande – a loira menor sorriu e lhe deu um beijo rápido – Com vontade de comer algo?
- Você.
Ava sorriu e tentou puxar a namorada para mais um beijo, mas Sara apenas lhe deu uma rápida mordida nos lábios e se afastou mais uma vez. Ava permaneceu na cama e assistiu Sara se levantar nua, o corpo perfeito emoldurado pela luz da manhã, e gemeu em desgosto quando a namorada vestiu um robe.
VOCÊ ESTÁ LENDO
Fome de Loba (Fanfic Avalance)
FanfictionAva Sharpe viu sua vida mudar ao ser pega em uma emboscada no meio da noite, ao pensar que sua vida terminaria ali ela ganhou uma nova chance pelos dentes afiados de uma loba. Mas ao apaixonar-se por Sara Lance, Ava precisará decidir entre compartil...