The first guy (or the one where Frank gets jealous) - EPÍLOGO

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oi bbres!!! como prometido, aqui está o epílogo, e espero que ele responda algumas perguntas e dúvidas que vocês têm, rsrs.
de primeira, aviso que: eu não deixo claro se o Frank diz sim ou não. isso é pra continuar assim. segundo: os pais do Gerard sabem. as coisas mudaram muito na vida dos dois por causa disso, e esse epílogo se passa um tempo depois da viagem, acho que um ano, mais ou menos. os pais do gerard não aceitaram muito bem mas a elena (que eh rycah) ajuda o gerard financeiramente também, então eles não passam necessidade. isso não tá na história, eu só tô contando pq alguém poderia ter essa curiosidadekk
enfim, enjoi! espero que tenha ficado do agrado de vocês. obs: se tiver algo que queiram saber, podem perguntar que eu tento responder!

Eles estavam indo para a fila do supermercado, a coisa mais mundana que existe. Frank pensou mais tarde, engraçado como certas coisas acontecem. Como a morte da Eleonor em The Good Place, sendo atropelada por uma fileira de carrinhos de supermercado.

Um que ele arrastava agora, calmamente procurando a marca de grão de bico que ele gostava. Gerard tinha ficado no outro corredor, dizendo que tinha esquecido de pegar o sabão em pó para as roupas. Frank sorriu internamente ao perceber como eles ficaram caseiros rapidamente, menos a parte do casamento de fato e de sexo missionário.

Claro que havia sexo, só não era frequentemente missionário. Não era uma posição que eles gostavam muito.

Enfim.

Ele achou o grão de bico e deu a volta com o carrinho, indo atrás de Gerard. Frank conferiu a lista, os olhos presos no papel rabiscado e amassado, e ele não percebeu quando bateu em alguém com o carro. 

“Desculpa!” Ele se apressou em dizer, erguendo a cabeça e encontrando algo bem agradável aos olhos. Ele era alto. Bem alto. Frank poderia facilmente enfiar a cabeça no suvaco dele. Tinha cabelos longos, de um castanho queimado, com restos de uma tinta vermelha. Ele pensou Kurt Cobain, a covinha no queixo e tudo. Só que os olhos eram castanhos, quase pretos, cheios de uma coisa que parecia ternura, mas era grossa demais. O tipo de ternura comum em mães solteiras. 

“Sem problema.” Ele sorriu devagar, os dentes amarelados de cigarro e os lábios meio grossos secos e mordidos. Eles ficaram se olhando por dois segundos até Frank descer os olhos e ver a mão dele segurando o cotovelo de Gerard. Gerard. Ele estava aqui. Gerard estava aqui e conhecia esse cara. Gerard estava aqui e conhecia esse cara muito bonito.

“Gee.” Frank se viu sibilando entre dentes. Ele não estava com raiva, só confuso. Ele ficou com raiva quando Gerard olhou pra ele, piscando algumas vezes como se somente agora tivesse visto Frank ali. “Eu tava te procurando, sabe.”

“Uh--” Gerard gaguejou e Frank ergueu uma sobrancelha. O cara continuava segurando o cotovelo do artista e não parecia que ia soltar tão cedo. “É, foi mal eu encontrei o…” 

“Adam.” Ele soltou o cotovelo, graças a Deus, Frank pensou, chegou a respirar aliviado, então a mesma mão veio estendida na sua frente, mesmo que o carrinho ainda estivesse pressionado o quadril de Adam. Frank se esticou um pouco, irritado por ter que ficar nas pontas dos pés pra apertar a mão grande desse cara. “Desculpa por rouba-lo de você, só fazia tanto tempo, sabe?” Ele tinha aquela voz aveludada e Frank quase se deixou levar por ela. Quase.

“O que fazia tanto tempo?” Ele não podia deixar de lado.

“Uh, Frank. Eu e Adam. A gente se conhece há…” 

“Tem uns anos. Só fazia tempo que não o via, só isso. Coincidência estranha, né?” 

“Mundo pequeno.” Gerard concordou com a cabeça, enfiando as mãos vazias — Onde estava o sabão em pó?! — nos bolsos. “Foi bom te ver, de todo jeito.”

Head Over HeelsOnde histórias criam vida. Descubra agora