Capítulo 21 - Pressentimentos

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Ei, babies! Como estão?

Voltei o mais rápido que pude. Antes de ler, saibam que:

1. Esse capítulo conta com o desenrolar do sequestro da Camila e é fundamental para tudo o que vem depois;

2. A história não acabará com o fim do mistério. Temos coisas para acontecer depois disso;

3. Eu tenho uma segunda temporada pronta na minha cabeça. As garotas na faculdade, uma nova Camila na vida adulta, nossos casais precisando lidar com dilemas diferentes e com novas ameaças também. Provavelmente, seria escrita em primeira pessoa para que vocês se aproximassem mais das meninas. Vocês leriam? Acham que vale a pena?

Beijos.

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Você conhece aquela sensação de simplesmente acordar em um dia e sentir, dentro de seu peito, uma angústia terrível?

E não importa que o Sol esteja brilhando lá fora, que os pássaros cantem e as crianças brinquem pela rua, você apenas sente essa pressão latente e nada do que faça pode explicar ou parar essa sensação.

Era exatamente assim que Lauren Jauregui se sentia naquela manhã.

- O que foi, Jauregui? A Mila te colocou pra dormir no sofá, é? - Dinah provocou, enquanto faziam o caminho até a escola.

- Por que eu faria isso, Chancho? O sofá da sala é pequeno demais. - Camila respondeu, ainda com dificuldade em entender ironias.

- Dinah está brincando, Mila. - Normani tranquilizou-a. - É só que a Lauren realmente acordou com cara de quem comeu e não gostou hoje. - Normani piscou para Dinah, que riu baixinho. - Quer dizer, olha esse biquinho de mal humor. - a garota apontou para os lábios comprimidos de Lauren.

- Eu tô bem, tá legal? É só uma sensação. Eu não sei explicar. - Ela levou a mão até o peito. - Vocês já sentiram uma angústia, um aperto, bem aqui?

- Ahhhh você não vai infartar aqui não, né, garota? - Dinah perguntou, abrindo a janela ao lado de Lauren. - Toma um vento nessa cara pálida. Parece uma vampira, não toma um pingo de Sol, depois vem me falar em aperto no peito... Era só o que faltava mesmo.

- Eu sei como é isso. - Camila comentou brevemente. - Eu costumava sentir todos os dias, quando algo ruim iria acontecer. É um pressentimento, Lolo. - Ela esticou a mão para Lauren, segurando os dedos da outra entre os seus.

- AH PRONTO! Você já viu que nesses filmes de terror é sempre a engraçada que morre, né? - Dinah interrompeu, ajeitando sua bolsa. - Eu, hein! Esse corpinho tá jovem demais pra bater as botas, me dá licença que eu vou descer.

- Dinah, ainda faltam dois pontos até a escola. - Normani tocou no braço da maior, cuidadosamente.

- E a gente vai andando. - Ela deu uma boa olhada para Normani, como quem deixa claro que não há escolha. - Deixe a família Adams aí curtir as premonições matinais, porque isso já me deixou nervosa. - ela deu sinal para descer. - Vejo vocês na entrada.

Lauren deu de ombros, porque não entendia o motivo para uma simples conversa ter feito Dinah descer do ônibus daquela forma. E Camila revirou os olhos, de forma engraçada.

- Ela odeia a minha intuição. - a garota de olhos chocolate comentou.

- É mesmo? Eu nem sabia que você era intuitiva. - Lauren devolveu.

- É, eu costumava ser. Quer dizer, naquele dia eu acordei com essa sensação de que algo estava para dar errado. Eu disse a ela. - Camila franziu o cenho. - Não me lembro totalmente do que eu disse ainda. Mas eu disse.

A garota do porão - CamrenOnde histórias criam vida. Descubra agora