A Tribo

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Após sairmos da mansão entramos na floresta apenas sabendo a direção da suposta tribo, a floresta era densa e o caminho muito difícil, escolho ficar quieto durante o caminho mesmo que seja sufocante e quase impossível eu ficar quieto " eu gosto de falar, eu gosto de suar meu talento natural para o deboche " penso e dou um sorriso disfarçado

- Olha, aqui tem uma trilha. Diz Torvi apontando a direção.
- Até que enfim, meus pés agradecem e minha bota tbm.

O anão chatinho continuou calado, já estou enjoando desse povo estranho que não entende meu humor Negro.

Perco a noção de tempo quando me perco em meus pensamentos, pensamentos muitos confusos, o gostoso do jardim, a gostosa da cozinha, meu eu interior grita por liberdade mas tenho q me conter, os outros não sabem e é melhor que não saibam isso pode colocar muita coisa em risco, a vida deles, a minha vida então decido começar a pular para me distrair contando uma canção antiga.

"Knock, knock, knock
On the gates of hell
Ah-la-la-la-la-la-la-la-la"

Pulo enquanto canto e percebo que o clima fica mais leve mas sou interrompido pelo anão barbudo o zangado.

- O Dudu para com essa merda já estamos chegando.
- Não sou obrigada a escutar voce desafinando querido. Complementa Torvi.
- Aaaaaaaa meu nome é Abadu não Dudu. Digo sério olhando para os dois.
- Olha lá, deve ser a tribo. Aponta Torvi.
Olhamos de longe e vemos alguns seres, não são exatamente humanos, bem eles tem o formato de uma humano, mas tambem seus corpos são cobertos por penas e em suas cabeças há um bico, já ouvi falar desses seres são chamados de Arakocra, uma espécie a beira da extinção. Não sei muito sobre eles.

- Vamos observa-los de longe até sabermos se representam uma ameaça. Fala Oskar em um tom bem caltelozo oque não adianta porque saio correndo entrando pelos portões da tribo.
- Olaaa passarinhos, nossaaa como vocês são grandes não é mesmo. Consigo oque queria, agora todos estão olhando para mim.
Não demora para Oskar e Torvi chegarem.
- Você está maluco entrando assim na casa deles. Diz Oskar entrando tbm haha.
Dois dos arakocras vem em minha direção.
- Ei moço. Digo levantando a mão e acenando.
Eles chegam a nós.
- Ei quem são vocês e porque vc está gritando. Diz um deles olhando para mim.
- Nos desculpe não queríamos entrar assim, nosso amigo aqui é meio atrapalhado. Fala Torvi olhando para mim.
- Blá blá blá, me erra Torvi só quis ser amigável com os pombos.
- Não somos pombos, somos arakocras. Diz um deles.
- Eu sei oque vocês são, já ouvi falar da sua espécie, como anda a extinção? Falo dando um sorriso de canto.
- O que vocês querem aqui?
- Estamos investigando o sumiço de alguns gados de uma mansão a oeste daqui. Diz Oskar.
- Que mansão? Não tem nenhuma mansão a oeste daqui e nós nem comemos carne fresca, nos alimentamos de carniça e toda noite aparece carne podre para gente que por coincidência é a oeste também.
Quanta merda dita do bico desse passarinho, quer dizer que sou louco então? Está de brincadeira penso e paro em sua frente.
- O queridinho ou voces nós falam a verdade ou eu vou lançar uma praga em suas terras e será o fim para vocês. Digo o ameaçando
- Não precisa disso por favor, somos um povo pacífico e estamos dizendo a verdade. Diz o pombo menor.
- Calma adabu. Não precisa fazer isso.
- É Abadu porra, olha nós viemos do oeste e posso garantir que tem uma mansão lá eu não sou louco. Digo já irritado.
- Não queremos confusão. Diz o pássaro.
- É o seguinte vamos levar um docês com a gente para provarmos que tem uma casona pra lá.
Haai meu ouvidos gritaram agora, anão analfabeto.
- Mas não saímos da nossa tribo, somos seres noturnos, só saímos para pegar comida lá.
- Mas hoje vocês vão abrir uma excessão periquito.  Já imaginou que tem uma grande lista de piadas para passarinhos.
Os dois conversaram entre si e depois nos deram a notícia que de um deles iria nos acompanhar até a mansão.
- Otimo, então podemos ir? Quanto antes formos, mais rápido descobrimos esse problema. Fala Torvi se virando e começando a andar em direção a saida.

Nós quatro deixamos a tribo e pegamos a trilha da qual nós trouxe até aqui, dessa vez não quero cantar, só quero esfregar a cara daquele tucano na bosta de um dos bois, meus pensamentos são interrompidos pela Torvi que começa a tocar um mini violão. Até que ela toca bem, mal acabo de pensar nisso e ela acaba dando uma desafinada sinistra que chegou a me dar arrepios.
- haii inferno, dá para parar de me torturar? Parece até o céu.
Ela só me ignora e guarda o violão.
Andamos por umas duas horas até que avistamos a mansão, mas assim que o pássaro com dedos viu ficou aterrorizado, como se tivesse visto o diabo e olha que eu já vi e ele é um gato.
- Pela mãe, esse lugar é amaldiçoado, corram.
Então ele sai voando em direção a tribo.
-Mas que porra foi essa. Falo sem entender nada. - esse aí é mais louco que eu. Falo e continuo a andar em direção a mansão.
Torvi e Oskar não dizem mais nada só continuam andando.

Tiefling: uma aventura DemoníacaOnde histórias criam vida. Descubra agora