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(Continuação...)
Assim que acabo de lhe colocar a ligadura o toque da campainha soa pela casa.
- Deve ser a minha melhor amiga, espera aqui.
- Eu se calhar também vou andando, não quero estar a chatear- ele diz começando a vestir as calças.
- Que disparate, não dás trabalho nenhum.
Faço-lhe um breve sinal para aguardar e desço as escadas, abrindo a porta a Lilian.
- Bem, estava demorado - diz ela num tom brincalhão e puxa-me para um abraço reconfortante,
- Estava a tratar do Harold.
- Harold? Perdi alguma coisa? - ela pergunta com os olhos arregalados.
- Eu acidentalmente embati com o carro nele, graças a Deus está bem, ficou apenas com joelho esfolado.
- Pobre rapaz, no mínimo devias convidá-lo para jantar - ela diz sorrindo, o que me faz dar-lhe um leve encontrão.
- Parva.- nesse momento Harold desce, ligeiramente coxo e com uma expressão um pouco tensa.
- Bem Lilian, este é o Harold - assim que ele termina de descer as escadas encaminha-se a ela dando-lhe um rápido beijo.
- Como estava a dizer à Emily, tu devias ficar para jantar! É o mínimo.
- Não quero mesmo estar a incomodar. - ele diz levando ao mão ao cabelo.
- Não incomodas nada, ficas e não se fala mais no assunto. - Lilian afirma e vai até à cozinha.
Não posso deixar de me sentir ligeiramente curiosa em relação a ele, talvez este jantar ajude a minha curiosidade.
Acabamos por ficar sozinhos na sala e com um ambiente um pouco constrangedor no ar, decido dizer algo numa tentativa de quebrar o gelo.
- A minha melhor amiga é uma pessoa muito extrovertida espero não te ter deixado pouco à vontade- afirmo
- Não, de todo, ela parece ser super simpática eu creio que não estou habituado é a tanta hospitalidade.
- Acho que era o mínimo. Então mas e tu moras por aqui?
- Oh, sim, eu moro a uns quarteirões daqui - ele afirma.
- Estás cá há muito tempo? Com quem vives? - coloco a mão na boca ao perceber o quão invasiva estou a ser - Desculpa, parece que estamos num interrogatório.
- Não te preocupes - ele diz rindo - eu moro sozinho, há já algum tempo.
Sinto-o um pouco distante, talvez o passado dele também não tenha sido algo propriamente feliz, como o meu. Não consigo decifrar bem o que ele me transmite, e isso é curioso, as pessoas costumam de ser fáceis de ler, mas ele parece tão doce mas tão sombrio ao mesmo tempo.
- Então e tu não vives com os teus pais?- ele questiona.
- Eles morreram, há bastante tempo- confesso.
- O que aconteceu? Se não te importas que pergunte.
- Eles morreram num incêndio. -
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Perfect Ilusion
FanfictionEmily, uma jovem de 18 anos, perdeu os pais num incêndio quando ainda era bebé, de alguma forma conseguiu sobreviver e passou a vida a viver com a sua tia, até agora. Finalmente a sua vida parece começar a ter um rumo, os seus sonhos parecem finalm...