Back to the Future (fanfic Avalance)

Ava é uma boa mãe?

Sara já estava a caminho da sala de comando quando Gideon informou sobre a chegada de Ava, o que fez seu estômago saltar de uma maneira que ela não sabia se era ou não desagradável. Nos últimos três dias por pura influência de Avril, e só por isso, elas haviam trocado pequenos beijos no rosto e abraços amigáveis a fim de satisfazer a menina. Dessa forma as visitas de Ava se tornaram um tanto quanto interessantes.

Avril, como sempre, vibrou ao ver a mãe e correu ao seu encontro para ser pega no colo, não perdendo tempo antes de pousar a cabeça em seu ombro e se aconchegar ali. Sara se aproximou e, por puro instinto desenvolvido aqueles dias, se inclinou para beijar o rosto de Ava.

- Não – a menina reclamou – Na boca.

Sara podia jurar que ouviu seu pescoço estalar, tamanha a rapidez com que se virou para a menina.

- Quem te ensinou isso?

Avril levantou as mãozinhas como em sinal de rendição e um sorriso sapeca brincou em seus lábios.

- Não conto.

Ava permanecia em choque, as bochechas coradas, olhava de Avril à Sara e então de volta para a menina enquanto abria e fechava a boca como um peixe fora d’água. A mulher mais alta balançou a cabeça como que para desanuviar a mente antes de virar para Sara.

- Deixando de lado que meu bebê sabe o que é um beijo na boca, o que ela está vestindo e porque está igual a você?

- Gostou? Li sobre “Tal mãe, tal filha” na internet e pedi para Gideon fabricar isso.

Dessa parte Sara estava bem orgulhosa. Avril usava uma camisa preta, jeans escuros e até uma bota preta de couro, para completar havia prendido o cabelo da menina em um rabo de cavalo como o seu.

- Na verdade, me assusta bastante o fato dela estar vestida de forma idêntica a você.

- Por quê?

- Ela é teimosa como você e tenho certeza que pode ser tão destrutiva quanto. O mundo não está preparado para duas Saras Lance – Ava deu uma boa olhada na filha – Ainda mais uma que pode ser terrivelmente fofa para escapar das encrencas.

Sara riu mesmo sem querer provocar a mulher.

- Ela se parece com você também e é bem mandona, mas convenhamos que colocar um desses terninhos nela quebraria o clima.

Ava bufou, mas algo em seu olhar demonstrava que ela não estava de fato chateada com a situação. Sara achou a coisa toda muito engraçada e leve o suficiente para quebrar o constrangimento que sua filha causou ao pedir um beijo na boca, não que fosse a coisa mais terrível do mundo, mas ainda assim...

- Tudo bem – Ava cedeu – É meio fofo ver vocês duas assim.

- Meio?

- É fofo.

- Só fofo? – Sara insistiu.

- Ok, Sara, é muito fofo. Satisfeita?

- Muito. Ainda é hora do almoço e consegui fazer você admitir que eu sou fofa.

- Não – Avril corrigiu – Eu sou fofa.

- Isso mesmo – Ava sorriu, feliz e presunçosa – Ela é fofa e você está vestida igual a ela, só isso.

Sara se virou para Avril e apertou de leve o nariz da menina.

- Sua pequena pestinha.

- Não foi pra isso que eu vim. Finalmente terei um final de semana inteiro de folga e pensei em gastá-lo com Avril, definitivamente não é uma boa ideia que ela interaja com mais pessoas já que não pertence a este tempo, mas tem esse parquinho próximo ao meu apartamento em que não haverá problemas.