Capítulo 23

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Grace quase correu atrás de Hamish assim que ele saiu na noite passada. Fora tão burra e orgulhosa, mesmo que não aceitasse o pedido de Hamish, ainda assim continuaria a espera-lo. Mas estava decidida, iria até sua casa e conversariam novamente, de forma racional agora. Quer dizer, era o que tentava se convencer enquanto seguia em uma carruagem de aluguel a casa de Hamish. Ele morava em Holborn, um bairro bastante movimentado por se tratar de uma área para advogados e grupo comerciais. Mas ao parar na frente da casa ficou encantada, parecia uma casa de campo perdida entre os pedaços de pedra em volta. Era pintada de cores pastéis e rodeada por um jardim lindo, com flores de várias cores e tipos. Desceu da carruagem ainda encantada, abriu o portão e foi até a porta da frente. Seus sentidos foram invadidos por tantos cheiros diferentes e inebriantes.Antes de bater, a porta foi aberta e a Sra Byrnes a recebeu com um sorriso contagiante.

- Senhorita Grace, ela disse, entre, por favor. O patrão volta logo, foi resolver alguns assuntos antes de partir, a senhorita já soube, suponho.

-Sim, já soube, conversei com Hamish ontem a noite.

- Fiquei tão triste ao vê-lo receber aquela carta, sei que sentiu muito pelo cunhado e a irmã, mas acho que ele temeu realmente foi sua reação.

- Minha...

- Grace, ela ouviu Hamish dizer ao entrar na casa, está tudo bem? Aconteceu alguma coisa?

- Não, ela disse sorrindo timidamente, eu só queria conversar com você. Mas se está muito ocupado...

- Não, de maneira nenhuma, sempre estarei aqui para você. E então se lembrou da presença da senhora Byrnes que sorria. Sra Byrnes, por favor, leve o chá ao meu escritório.

- Claro, sim senhor, ela respondeu se retirando ainda sorrindo.

-Venha, ele disse lhe apontando o caminho, por aqui.

Eles seguiram em silêncio enquanto Grace olhava toda a casa admirada pelo bom gosto e simplicidade elegante. Tudo na casa parecia ter uma função, nada fora escolhido aleatoriamente. Eles entraram no escritório que era completamente masculino, tudo ali vibrava da energia de Hamish, ainda estava quente pela lareira, e Grace viu um sofá muito confortável, que mais parecia uma cama com uma coberta ainda jogada por cima.

- Você dormiu aqui?, ela perguntou se aproximando do sofá.

-- Bem, sim, fico muito tempo aqui, mas que no meu próprio quarto, então as vezes acabo dormindo aqui.

Ele seguiu para uma outra poltrona mais próxima da lareira, pois após a chuva intensa da noite passada, o clima esfriara novamente.

- Por favor sente-se, ele disse apontando uma poltrona a sua frente. Ela obedeceu e a Sra Byrnes voltou com uma bandeja com chá, biscoitos e pãezinhos e em silêncio a colocou sobre a mesinha a frente deles.

- Obrigada, disse Hamish, é só isso. Sra Byrnes sorriu para Grace e saiu da sala fechando a porta, algo nada discreto.

Grace pegou a xícara e foi servi-los sorrindo com o gesto nada sutil da governanta.

- Sua casa é linda, ela disse, na verdade é perfeita.

- Você acha, ele disse a observando, quando me mudei para cá não queria nada muito extravagante. Era a casa de um advogado, ele perdera a esposa e decidiu se mudar para o campo para ficar próximo da única filha que acabara de ter um bebê. A reformei quase toda por dentro, mas o jardim quis deixar intacto, parece que estou chegando em casa realmente quando o vejo.

- Eu entendo você, assim que a vi senti o mesmo.

Eles passaram alguns minutos apenas se observando e tomando chá, ambos tentando organizar as palavras certas a dizer.

- Eu pensei no que você me disse ontem, ela disse, tenho duas condições.

- Estou ouvindo.

- Bem, primeiro quero que me faça uma promessa, Você me pediu para esperar por você, eu farei isso, mas quero que me prometa que voltará por mim.

Ele  de levantou e a puxou para um beijo intenso, fazendo com que as pernas de Grace ficassem bambas e o seu desejo explodisse. Ela agarrou sua nuca o trazendo para mais perto intensificando o beijou.

- Eu prometo Grace, prometo com meu corpo e alma que voltarei para você. Me diga Aonach, o que mais quer de mim?

Ela se afastou um pouco, apenas alguns centímetros para conseguir olhar em seus olhos, e ao ver seu desejo estampado ali também, se sentiu renovada ao falar:

- Quero que faça amor comigo.


Uma Promessa e Nada maisOnde histórias criam vida. Descubra agora