Capítulo 27

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- Empurre! Gritou Grace para Helena, já esta vindo Lena mais um pouco.

- AH MEU DEUS!!! Gritou Helena e Addam ao mesmo tempo, ao ter a mão apertada pela esposa que se contraia de dor ao sentir seu bebê chegando.

- Você nunca mais vai me tocar Addam, nunca. AHHH.

- Sinto muito amor. Dr Dave, não temos nada a fazer para ajudar.

- Creio que não Addam, isso somente Helena pode fazer. Mas já está terminando, Grace, pegue uma toalha limpa por favor. Vamos Helena, na próxima onde de dor, empurre com toda sua força.

Com um último esforço, todo o quarto foi tomado por um choro alto e forte. Uma sensação de alívio invadiu todos presentes. Dave pegou a tolha que Grace lhe entregava e embrulhou o pequeno corpinho em seus braços após limpar e cortar o cordão que o prendia a mãe.

- Parabéns, disse ele entregando o bebê a Helena, é uma perfeita e linda menina.

- Menina, disse Addam emocionado ao ver o rostinho de sua filha.

- Eu te disse seu bobo, Isabela. Bem vinda meu amor, bem vinda. Addam beijou a cabeça de Helena que se encostou em seu ombro, acariciou os dedinhos da mão de sua filha e disse:

- Sim você disse querida, obrigada.

- Na próxima teremos um menino, tenho certeza.

- Mas você disse que não me deixaria toca-la novamente.

- Me desculpe por gritar.

- Está tudo bem, descanse agora.

Grace observava sua irmã tão feliz com sua família, ela merecia toda a felicidade do mundo e mais, a amava muito. 

- Você está bem?, disse Dave ao seu lado. Ele se tornara uma figura constante em sua vida, sempre presente e amigo, realmente tinha carinho por ele.

- Estou, só... De repente sentiu-se enjoada e correu para fora do quarto, não conseguiu alcançar nada e vomitou no chão do corredor.

- Grace, ela ouviu Dave chamando-a, Grace, venha vou te ajudar.

- Ah meu Deus que vergonha, ela disse ainda zonza, não sei o que houve.

- Vou te levar ao seu quarto, venha.

Ele a carregou ao seu quarto  e a deitou na cama a olhando preocupado.

- Posso te examinar Grace? Tenho reparado que você não tem se alimentado bem e anda indisposta. Pode não ser nada, mas me deixaria mais tranquilo se tirássemos a dúvida 

- Estou bem, disse ela confusa, só preciso descansar. Estava preocupada com Helena e o parto. Mas vou melhorar agora, prometo.

- Tem certeza? Se precisar de qualquer coisa é só me avisar.

- Está bem, prometo que te avisarei.

Os dias passaram tranquilos, Grace enjoava sempre de manhã mas passava o restante do dia bem. Os filhos de Albert tinham opiniões diferentes em relação a Isabela. Charles, a achava adorável, e sempre ficava aflito ao vê-la chorar. Já John não ficava muito perto e perdia a calma quando ela chorava, chegou até mesmo a sugerir que a devolvessem, pois chorava muito, com certeza viera com defeito.

A cada 15 dias uma carta de Hamish chegava, sem falta, e logo em seguida o respondia. A saudade apertava cada vez mais e mais, a fazendo se sentir solitária. Nas cartas contavam tudo que lhes acontecia, Hamish descrevia como era sua casa e toda a paisagem que a cercava, assim como sua família. Grace ansiava por conhece-los e por revê-lo novamente, estava terminando de escrever, quando sentiu uma vertigem muito forte, como as vezes acontecia, esperou passar e voltou a escrever, pensou se deveria contar, mas decidiu por não faze-lo, não queria preocupa-lo, mais tarde conversaria com Dave em busca de uma consulta, deveria ser apenas alguma fraqueza de seu corpo. Então selou sua carta e estava indo entrega-la ao criado, quando se sentiu mal novamente, a tontura veio mais forte e ela se segurou na parede para não cair, sentiu uma mão segurando suas costas, viu ser Dave e depois mais nada, desmaiou.

Uma Promessa e Nada maisOnde histórias criam vida. Descubra agora