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  Abro os olhos, não estou em casa, viro de lado e uma muralha em forma de homem está deitado ao meu lado, me inclino um pouco mais para perto, suas mãos apertam meu quadril  possessivamente, eu posso realmente  me acostumar com isso!

  Castiel é bom, ele é meigo, inteligente, carismático, gentil, e isso mexe com o meu coraçãozinho. Acredito muito que tenha algum propósito para ele está aqui comigo, para estarmos juntos.  

  Cansada de pensar, eu beijo seus dedos que estão em seu rosto e ele se mexe um pouco, tão fofo!

Tenho vontade de mordê-lo, e por que não?

Descaradamente, eu mordo seu mamilo esquerdo e ele geme.

— Você não dorme?- Ele fala sem abrir os olhos.

— Não com você!  

Ele ri. 

  Mas é verdade, pra quê dormir se eu  posso simplesmente aproveitar a compainha desse homem delicioso?

Não faz sentido dormir!

— Temos um passeio hoje, lembra?

Como esquecer?  

  Vamos ficar com os gêmeos, Miguel e Micael, em pleno sábado. Enquanto Dyana namora um pouco com Magno, seu "super marido", como ela mesma fala.

— Vamos ficar com os meninos, eu  lembro.

— Então levanta essa bunda bonita ou não vamos chegar a tempo, eu já disse que Dy é paranóica com horário?  

Sorrio.

E quem não seria com duas crianças  em casa?

— Okay, senhor, me convenceu, vou  levantar- Digo— Aceita uma rapidinha no chuveiro?

  Seus olhos nublam de desejo e seus lábios se repuxam num sorriso manhoso.

— Só se for agora- Ele joga os  cobertores para o lado e corre para o  banheiro, me puxando no processo.  

  Depois do banho, me ponho a vestir  roupas adequadas para a ocasião, opto por um jeans, uma camiseta e meu sapatenis predileto: vermelho com strass.

  Quando levanto o olhar, depois de ajeitar o jeans no tornozelo, encontro Castiel me observando.

— Nunca te vi usando saltos, você não gosta?  

É mesmo!

Desde que o Castiel me conheceu, ele  nunca me viu usando sapatos de salto.

— Não gosto- Resumo.

Em parte essa é a verdade.

— Desculpa a pergunta, só fiquei  curioso.

Ele se vira para entrar em seu closet e  eu suspiro.

— Para contrariar minha mãe!

— O quê?- Castiel se vira bruscamente.

Expiro.

— Tudo começou em minha  adolescência, a minha mãe tentava me enquadrar nos "padrões femininos", e para contráriá-la, eu passei a usar roupas e sapatos "menos femininos"- Explico melhor— Com o tempo, aprendi a me gostar assim, e a história é essa.  

Castiel me encara, está com semblante fechado.

— Não importa o que você veste ou  calça, seu físico não importa pra mim, Naomi, porque eu gosto mesmo é da  mulher forte e determinada que você  se mostra ser todos os dias.

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