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  Acho que comprei a loja inteira de  artigos para bebês. Quanto mais comprava, mais coisas eu via e queria, Castiel nem sonha com isso, afinal, estou deixando tudo que é do bebê em meu apartamento.

É isso que dá me juntar a Dyana!

   Estou pensando que se o meu filho  não usar tudo isso, eu posso doar para instituições de caridade.

— Essa criança vai ditar a moda.  

  Eu rio da cara de Philip, ele passou para me visitar e está assustado com as pilhas de coisas espalhadas pelo  quarto de hóspede.

— Não acredito que você deixou ela  fazer isso, Dyana.

Dy, no canto do quarto, ri.

— Na verdade... eu a ajudei!

— Deus!- Ele balança a cabeça  enfaticamente— Não sei como Castiel  não pira.

— Ele é muito mais empolgado que eu e outra, ele não sabe que estou fazendo isso, Phil.

— É, meu irmãozinho é um paizão, mas não sabe das nossas travessuras.

— Um pai babão, não se esqueça!- Digo acrescentando.  

  Phil balança a cabeça numa negativa. Encerramos o assunto quando um lindo e exuberante Castiel entra pela porta do meu apartamento.  

Hum, ele não está com uma boa cara!

— Tudo bem? Como foi no treino?- Vou até ele e beijo seu rosto.

Ele, por sua vez, está rígido, mal me abraça.

— Sim. Foi bom!

— Pensei em ficarmos por aqui hoje,  que tal?  

Ele me encara sem expressão alguma, e meu coração gela por dentro.

— Você já decidiu isso!- Fala com rispidez.

  Então sai, indo cumprimentar sua irmã e meu amigo. Fico parada no meio da sala, sem reação, até que Dy vem até mim.

— Está tudo bem? Ele parece irritado, será que foi porque eu enviei as fotos das roupinhas que compramos?

Franzo o cenho.

— Não sei- É tudo que digo— Ele  simplesmente chegou assim.

— Isso é típico dele, seu maior defeito é engolir as coisas que está sentindo.

  Confirmo com a cabeça e vamos para  a cozinha, jantar a comida maravilhosa que Phil trouxe. Depois que os dois vão embora, Castiel vai assistir tevê e eu resolvo ir abrir as  sacolas de compras.

  Ainda não tenho como organizar todas as coisas do meu filho, porque não comprei os móveis e ainda não foi decidido onde vamos morar, em definitivo, por este motivo, meu quarto de hóspedes está abarrotado de coisinhas para bebê. Sorrio ao pegar o primeiro presente do  Phil para o meu filho: um coturno minúsculo, junto com calça e jaqueta  minúsculas, típico de um rockeiro! 

  O presente da Judy é diferente: um  smoking, com sapatinhos minúsculos e gravata borboleta, ela disse que é igual a um dos que Castiel tem.

  Sorrio, porque é verdade, ele tem um igualzinho. O Castiel vai morrer de orgulho por esta criança!

  Deixo a peça de lado e acaricio minha barriga protuberante, esse bebê cresce rápido, e se mexe rápido também, as vezes sinto umas fisgadas violentas. Não vejo a hora de vê-lo, de saber com quem se parece, se terá o sorriso do pai, os meus olhos, enfim... 

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