Cristal

Capítulo 4

Cristal acordou meio sonolenta essa manhã. Geralmente ela acordava animada mas como ontem tinha sido um dia corrido ela só chegou em casa e capotou na cama.

Ela levanta, se arruma e faz seu café da manhã dessa vez um pouco mais reforçado que o normal, pois precisava de energia.

Após comer segue seu caminho na direção do trabalho. Chegando lá tudo estava tranquilo e tratou logo de organizar tudo. A loja era bem espaçosa e havia sempre muito trabalho especialmente em dia de muito movimento.

Quando já era hora de fechar a loja, ela decidiu ficar por mais um tempo para arranjar umas coisinhas que faria com a dona da loja.

Durante o caminho para casa Cristal andava cautelosa olhando para todos os lugares a procura de alguém e nada, a rua estava deserta e ela sabia muito bem o quão perigoso era ficar na rua aquela hora e sozinha,  se sentia observada e olhava para todos os cantos a procura de alguém enquanto andava mais rápido que o normal era quase como se estivesse a correr.

Cristal sentia que alguém a observava, mas passou a achar que era o seu cérebro que estava a brincar, pois tinha acontecido umas quantas vezes e nada demais veio depois, ela tentava manter a calma mas não estava a conseguir, então começou a acelerar cada vez mais até sentir o seu braço preso e o seu corpo bater contra o corpo de alguém, aquela pessoa cheirava a bebida,  tentaou soltar-se, mas não conseguia então optou pelo golpe baixo, infelizmente a pessoa se protegeu.

—O que foi princesinha? Está com medo? Não precisa eu só te quero mostrar o meu amor...

—Não toca em mim —  ele a agarra e  ela tenta dar um chute entre as suas pernas e tentar fugir, mas ele a pega pelo cabelo e tenta a todo o custo amarrar o pulso dela, mas ela sempre arranjava uma maneira de o atrapalhar e então ela dá um soco bem no meio do rosto dele que faz com que fique com o nariz quebrado, cristal mesmo assim não desiste de tentar salvar-se e dá-lhe uma cabeçada, infelizmente não foi forte como ela queria, pois ela estava a recuperar-se do golpe que havia sofrido, ela começou a gritar quando ele retirou uma faca de sua cintura e fez um corte na sua perna rasgando a sua pele e a calça...

—Não chores princesa, eu serei cuidadoso contigo —ele dizia enquanto ria dela e rasgava a peça de baixo, ela estava exposta, ela chorava, não podia gritar ou algo parecido então ela só chorava, tinha medo de aquela seria a tão lembrada primeira vez dela.

Ele havia rasgado a roupa íntima dela, a deixando sem nada no seu corpo, rasgou o sutiã e a calcinha que ela usava, ela via-se perdida e já pensava em mil maneiras para se suicidar, ela sempre sonhou com o momento em que perderia a virgindade e sonhava que fosse com alguém que realmente amasse e não com um bêbado zé ninguém a estuprá-la...

Larga ela...— depois disso ela viu o corpo do homem que quase a violou a ir de encontro com o chão e a ser espancado por outro homem, a única coisa que ela conseguiu fazer foi esconder o corpo com os pedaços de roupa que estavam no chão, ela chorava copiosamente e foi ali, entre as lágrimas que ela viu o seu salvador e não era ninguém mais ninguém menos que Alberto, ele pegou o seu casaco e passou pelo corpo dela — Calma eu não te quero fazer mal...

Ele a ajudou a levantar e a pôs nos seus braços, ela não tinha forças para andar, gastou todas elas a tentar livrar-se daquele homem que só queria destruir a vida dela.

Alberto então levou-a para casa deixando que ela indicasse o caminho.

Minutos depois eles haviam chegado, os seguranças logo o levaram de encontro o rei e ele explicou tudo o que houve e o rei agradeceu-lhe por ter salvado a sua filha enquanto ordenava as empregadas para que cuidassem dela.

Cristal estava muito abalada, mas seu pai que estava espumando de raiva. Ele pediu a um de seus desenhistas que entrevistadas a menina e ele mandaria um de seus guardas ajeitar as coisas. Mesmo sua menina não tendo sido violada aquilo que uma afronta que não ficaria impune. Após uma rápida conversa com a moça o retrato falado ficou pronto e o rei colocou um dos seus para ir atrás do bandido. Seu maior tesouro era sua menina e ninguém iria fazer nenhum mal contra ela.

O guarda saiu a procura do tal homem e após uma vasta procura o encontrou num bar. Eles trocam desaforos e o homem e empurrado contra a parede. O guarda esboçava um sorriso cínico e levemente irá fazendo cortes no homem na face e em seus braços.

— Então você gosta de violentar meninas indefesas não é mesmo?

—Eu.. não... elas que me provocam.

—Pois bem, temos meios interessantes de punir sujeitos como você. — O guarda desceu sua espada até a virilha do homem e sem nenhum dó cortou o membro dele. O guarda ficou ali alguns instantes olhando e admirando a dor do homem e por fim num ato de bondade atravessa o coração do homem matando-o.

O guarda se afasta do local fingindo que nada aconteceu e transmite a notícia ao Rei que sua filha estava vingada.

Cristal decide se trancar no quarto, porém seu ódio dos homens havia aumentado. Apesar disso um homem escapava de sua ira, era Alberto que para sua surpresa mesmo parecendo tão arrogante foi capaz de um ato de bondade e ela jamais esqueceria isso.

Ela se deitou naquela noite com muitos pensamentos em sua mente, porém guardando de modo bem vivo o que aconteceu. Infelizmente para ela coisas sombrias ainda estavam vindo lhe assombrar como se fossem fantasmas, por isso sua noite não foi das mais tranquilas.