Odum já estava ficando sem paciência, por isso decide colocar um de seus capangas para seguir Cristal. A moça se levanta animada porque o tempo que passou com Alberto lhe fez bem. Ele era o único que conseguia fazer ela feliz até mesmo no meio de uma tempestade que sua vida tinha se tornado. Depois de tomar seu café ela segue para o trabalho. Durante o trajeto ela se sente bastante incomodada com a sensação de que alguém a estava seguindo. Mesmo no trabalho ela ainda tinha essa impressão de estar sendo vigiada, mas pode ser coisa de sua cabeça, por isso ela decidiu se focar no trabalho para ver se tirava essa ideia da cabeça.
Alberto estava na porta da loja a espera que Cristal saísse pois eles tinham marcado uma saída para aquela noite, Cristal continuava a não querer passar muito tempo em casa, ela ainda estava magoada por aquilo que seu pai fez.
Cada ação de Cristal e Alberto era anotada pela pessoa delegada para vigiar Cristal, ela ainda sentia que estava a ser seguida mas decidiu pôr na sua cabeça que era o cansaço a pregar-lhe uma partida, mas ela não estava tão cansada assim e se tivesse prestado mais atenção notaria o capanga de Odum.
A felicidade de Cristal e Alberto era grande por estarem juntos, mas o perigo infelizmente estava perto. O caçador que os observava anotava cada passo de Cristal e agora sabia que havia alguém com quem ela se importava é essa informação poderia ser muito útil.
O capanga se afastou do casal e decidiu sair correndo para contar a novidade para seu chefe.
Ao ouvir aquilo, Odum ficou enraivecido e decidiu mandar um dos seus soldados para ver onde estavam naquele momento. Ao ouvir que Cristal estava com outro homem, Odum ficou tão cego de raiva que partia o que via pela frente, ninguém iria querer estar a sua frente naquele momento, ele estava descontrolado mesmo tentando de tudo para não se descontrolar totalmente afinal de contas, Cristal seria o seu troféu, seria a esposa perfeita para ele, mas saber que ela estava nos braços de outro homem o deixava desestabilizado. Ele então mandou mais um dos seus soldados mas dessa vez iria para a aldeia, ele iria deixar um sinal ao rei, ele iria obrigar o rei a cumprir com o que havia prometido, ele estava cansado de esperar.
Os capangas de Odum já sabiam exatamente qual habitante da cidade fazia parte de clã devido a habilidade especial que tinham de ver além das aparências. Então rapidamente começaram a atacar pessoas do clã em vários pontos da cidade. A notícia do massacre se espalhou rápido e os membros do clã decidiram cobrar uma posição. O Rei na verdade sabia o que deveria fazer, mas estava a todo custo tentando adiar. Ele sabia que assim que Cristal chegasse teria que dar a notícia a ela e não era nada fácil, porém ele tinha que dar uma posição para que assim fosse amenizar as coisas. Ela sabia que não deveria ser uma decisão somente dele, mas em tempos de crise às vezes temos que tomar decisões difíceis.
Cristal e Alberto estavam juntos em uma lanchonete a jogar conversa fora uma vez que Cristal não queria ir para casa tão cedo, ela não sabia das mortes. Em todo o caminho que percorriam Alberto sentia como se estivessem a ser seguidos, ele virava e não via nada acabando por descartar a ideia e pôr em sua cabeça que era somente paranóia. O capanga de Odum continuava a seguir o casal apontando cada coisa na sua cabeça, tudo que ele pudesse extrair seria extremamente útil, ele estava tão distraido que não havia notado quando o casal saiu da lanchonete, ele manteve os olhos fixos neles e quando notou que estava a fazer algo errado tratou de correr dali para fora, o casal ia atrás dele mas acabaram por o perder em um beco sem saída. Cristal sabia que isso tinha haver com Odum mas ela não diria nada para Alberto porque ela tinha medo de o perder por estes motivos, ela já estava envolvida demais, então optou por se manter calada.
Já estava ficando tarde por isso Cristal decidiu se despedir de Alberto e ir para sua casa. Ela etava bastante apreensiva porque se sua suspeita estivesse certa talvez Alberto corresse pedigo e ela também porque conhecia a fama e o gênio de Odum e sabia que paciência não era o forte dele. Cristal chega em casa e seu pai está na sala com uma cara nada amigável.
—Que bom que você chegou. Precisamos conversar.
—Acha que eu já sei o tema. É sobre aquele ogro.
—Não o chame assim. Ele será seu marido.
—E eu tenho escolha?
—Se eu fosse você consideraria uma honra. O povo vai te agradecer.
—Mas é minha felicidade onde fica?
—Que te importa a sua felicidade? A felicidade do nosso povo vem primeiro
—Olha pai sinceramente. Quero deixar bem claro que não concordo.
—Pois acho melhor você concordar ou eu mesmo tomarei minhas providências.
Cristal sai da sala e fica pensando em seu quarto. Se era isso que eles querem talvez tenham uma surpresa amanhã. Mais calma Cristal se deita com a mente fervilhando de ideias.
Cristal não conseguia dormir, sempre que fechava os olhos ela imaginava Odum a beijá-la, a tocar no seu corpo e isso a deixava repugnada. Ela então decidiu que seria a mulher forte que nasceu para ser e não se deixaria abater ou comandar por homem nenhum, ela iria fugir desse casamento, ela havia esquecido o quanto o povo sofreria com isso, ela só pensava em se livrar daquilo, então decidiu que naquela noite iria fugir e convenceria Alberto a viajar para bem longe dali, ela só queria viver a sua vida. Ela saiu do castelo pelos fundos, no máximo silêncio possível, o que ela não sabia era que o capanga de Odum ainda estava de olho nela e a viu a fugir, ele não iria criar confusão mas iria segui-la para ver até onde iria, era uma perseguição incansável.
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Cristal
FantasyCristal é a princesa do Clã Argus e acaba se apaixonando por um humano o que deixa seu pai muito irritado. Ele então decide fazer aliança com o líder dos caçadores em troca de pouparem seu povo. Será que o casal vencerá as barreiras e ficará junto...