Capítulo 3

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O dia amanheceu cinzento. Cristal abre os olhos se espreguiça na cama e ao olhar para fora torce para não chover, pois dias assim eram monótonos e chatos além do risco de se molhar. Como ela saía cedo nem dava para dar bom dia pro seu pai, mas até era melhor assim evitavam de brigar.

Assim que chegou tratou logo de limpar a loja e colocar as coisas nas prateleiras, hoje era dia de promoção então possivelmente o lugar ficará bem cheio.

Ela trabalhava arduamente e sempre com o sorriso mais sincero no seu rosto, até ela avistar o Alberto, o homem que passou o dia anterior a olhar fixamente para ela depois que aquela discussão acabou, ela estava a rezar para que ele não aparecesse mas parece assombração, quanto mais fala mais aparece, ela estava irritada somente de olhar para a cara dele...

Ela foi em sua direção e perguntou-lhe:

—O que estás a fazer aqui?

—Eu vim para fazer compras como todo mundo aqui presente...

—Duvido, com certeza veio me infernizar e estressar com conversas e comentários machistas tal como ontem, eu peço que te retires—ela disse apontando para a porta de saída a espera que ele cumprisse com aquilo

—Eu não vou embora até porque quero aproveitar a promoção, princesa...— ele disse num tom meio rude e idiota e isso só a incomodava.

Em todo o local que ela ia, ele seguia com o olhar e ela sentia-se observada mas ele foi o mais discreto possível fazendo com ela não notasse que era ele. Alberto estava embasbacado com aquela mulher mesmo que não demonstrasse, ele sentia-se atraído e a queria ter só para ele, seu lado possessivo insistia que ela era a tal, ele pensava em mil maneiras de a conquistar, sempre que ela atendia algum homem ele ficava irritado pelos olhares que eles mandavam para ela...

Essa mulher despertava nele desejos fortes e por vezes um tanto obscuros. Como bom competidor ele sabia circular a presa até ela cansar e no momento certo ele daria o bote. Fazia tempo que algo dessa magnitude não tomava conta. Seus hormônios estavam altos e seu lado homem selvagem pulsava. Apesar de sua face neutra ele tinha a testosterona alta e isso quando se tratava de mulheres o deixava enlouquecido até um tanto quanto obsecado .

Cristal se sentia incomodada com essa atenção demasiada, mas nada do que ela tentava para afastar o homem parecia surtir efeito. Ele decidiu então tentar ignorar ele para ver se ao menos teria um pouco de paz. Aquele sujeito a irritava muito e suas atitudes não eram nada convidativas.

Cristal tentava se distrair com outros afazeres, porém em cada canto o olhar dele a acompanhava. Isso a deixava estressada e com medo ao mesmo tempo, mas claro que ela não deixaria aquilo assim, ela odiava ser o centro das atenções.

Enquanto isso Alberto continuava a observá-la, ele não se importava com o que ela queria, ficar ali a observá-la é o que ele queria afinal ele tinha voltado para a loja somente para a poder ver porque ele nem frequentava aquela loja antes daquela discussão

Cristal jamais se deixava abater em qualquer situação e não seria nessa que ela sairia perdendo. Ela ergueu a cabeça e decidiu fingir que aquilo não a incomodava e como uma verdadeira guerreira enfrentou a situação com pose firme.

Cristal de tão irritada que estava por estar a ser observada, largou o orgulho para o lado e foi pedir satisfação pois ela sabia que ela não estava ali para comprar alguma coisa porque já teria ido embora, a cada passo que ela dava a vontade dela de encher a cara dele com hematomas crescia, ela queria mostrar para ele que não se deve observar uma mulher daquele jeito, como se fosse o último pedaço de carne no talho...

—Porquê que não paras de olhar para mim?

—Eu—ela estava irritada por ele estar a fingir, ele sabia perfeitamente o que estava a fazer e agora finge...

—Para de me observar, não olhes para mim porque senão...— Ele interrompeu-a

—Senão o quê? Irás gritar por socorro sendo que eu nem te toquei? O que fará uma rapariga tão pequenina quanto tu? És somente mais uma mulher indefesa na face da terra...—aquelas palavras foram o incentivo que ela precisava, ela deu-lhe um soco nos testículos e ele curvou-se para proteger-se mas era tarde demais, o golpe havia sido certeiro e agora ele estava no chão cheio de dores.

— É o que mereces por ser tão escroto.

Cristal foi para casa e ao chegar correu para o seu quarto. Ela ainda não queria dar de cara com o pai, pois estava extremamente decepcionada com ele.

CristalOnde histórias criam vida. Descubra agora