𝙰𝚏𝚝𝚎𝚛 𝚁𝚊𝚒𝚗 | 𝚉.𝙹 (𝙲𝙽𝙲𝙾)

Día Trescientos diez - más un miembro de la familia.

- Amor? - Gio ouviu a voz sonolenta de Erick ao outro lado da linha.

- Que amor, garoto? Você tá louco? - A cacheada perguntou fazendo careta enquanto colocava o telefone no viva voz.

- Oh, me desculpe, Gio! - O rapaz respondeu baixo. Tinha acabado de acordar e mal conseguia raciocinar. - Eu não verifiquei quem estava me ligando, até porque são três da madrugada... - Fez uma pausa - São três da madrugada, Gio, a Dani tá bem? - Perguntou preocupado.

- Olha... - Fez uma pausa para encarar a amiga no banco da frente. - Para quem está quase parindo, podia estar pior. - Dá de ombros e outro lado da linha fica mudo.

- Vai se foder! - Daniela fala em seguida a fala de Gio. Estava de olhos fechados tentando mentalizar coisas boas e sua filha em seu colo para, talvez, amenizar a dor.

- Parindo? Quem está parindo? - Erick pergunta depois de um tempo mudo.

- EU, ERICK! Não está vendo o filho nascendo aqui? - Ouviram a voz de Richard resmungando. A divisão dos quartos tinha caído entre eles dois e mais um, provavelmente.

Richard sempre ficava no quarto com dois meninos, apesar de gostar estar sempre o mais sozinho possível, quando se tratava de meninos.

- O que está acontecendo? - Ouviram uma terceira voz embargada. Zabdiel acordando assustado.

- Aí gente, que saco, a Daniela está em trabalho de parto. Homem é burro, viu?! - Luna suspirou sem paciência.

Estava ultrapassando o segundo sinal vermelho e tinha certeza que, se nessa noite não perdesse a carteira, nunca mais perderia.
Luna, Angel, Gio e Dani estavam dormindo juntas na casa de Daniela já que os meninos viajaram a pouco mais de uma semana para fazerem shows fora de Miami, mas ainda sim nós EUA. Era feriado no dia seguinte, portanto, nenhuma teria trabalho.

A volta dos meninos seria no dia seguinte e Laura decidiu que viria ao mundo um dia antes de seu pai chegar na cidade. Não foi uma ideia tão abominável já que as tias eram inúmeras vezes mais equilibradas do que Erick e não desmaiariam na sala de parto ou na recepção, coisa que certamente aconteceria se os meninos estivessem presentes.

- Díos mío, mi hija, mi hija?! - Erick Exclamou ao, finalmente, entender que era pai.

- Sim, Erick! Quer que eu desenhe?! - Daniela resmungou, estava com muita dor. - Desculpa, eu te amo. - Se desculpou por ter sido grossa.

- Está tudo bem, eu também te amo! - Erick respondeu sereno e Daniela suspirou. Talvez a voz dele fosse a única coisa que a acalmasse.

Erick pedia inúmeras desculpas por não estar ali e acusou a filha de ser apressadinha demais já que ele viajou sem nenhuma preocupação porque faltava um pouco menos de um mês para data prevista de que Laura nasceria.

O resto do caminho foi de conversa entre os três meninos e as quatro meninas. Acalmavam Dani que só tentava se concentrar em não surtar.

Horas depois conheceram Laura Beatrice Schneider Arista. Uma bebê com os olhos incrivelmente escuros, como os da mãe, boca e nariz idênticos aos do pai. Com choro agudo e alto.

Giordana ficou na sala com Daniela, gravou o necessário para que tivessem aquele momento guardado. Tiraram algumas fotos e depois todas ajudaram Dani enquanto Laura era examinada. Par sim bebê prematuro ela era incrivelmente saudável e atenta. A qualquer som diferente virava os olhos para tentar entender o que estava acontecendo.

Dia 30 de maio agora tinha um significado maior para o grupo de amigos, era o segundo bebê que existia dentre eles e o que lhes fazia perceber que o tempo passa muito rápido.